Ensino Superior

Escola tradicional ou recente?  Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:41 hs.

08/11/2013 - Na hora de escolher a escola, há quem leve em conta o histórico de instituições mais antigas. Para especialista, um nome conhecido não é garantia de qualidade do ensino. No ano em que Brasília foi fundada, além das obras de Niemeyer, a capital abrigou suas primeiras escolas - boa parte delas, religiosas. Entre os pioneiros, estava um colégio paroquial localizado na Asa Sul, inaugurado em 1º de março de 1961. A concurseira Moema Fernandes, 35, estudou lá no final da década de oitenta e começo dos anos noventa. Hoje, sua filha Luana Fernandes, 13, cursa o ensino fundamental no mesmo lugar. A situação não é incomum. “Minha irmã e minha sobrinha também estudaram aqui”, conta Moema, que guarda boas lembranças do período que passou na instituição. Luana tem aula de educação física com o mesmo professor que a mãe teve e não vê nenhum problema nisso. “Acho legal, assim a gente se aproxima mais.” Moema admite que a própria experiência influenciou na decisão da escola de Luana. “Na minha época, a escola já era conhecida pela qualidade e hoje melhorou ainda mais, pois não é mais dirigida pelas freiras, então não tem aquela rigidez de antigamente”, justifica. Ainda assim, a tradição não foi o único fator observado. “Eu analisei com cuidado todos os pontos que considero importantes, como o projeto pedagógico e a relação da escola com a família. Se um colégio recém inaugurado também me oferecer o que eu busco, posso cogitar.” Na contramão Nos últimos anos, muitas novas escolas particulares surgiram no Distrito Federal - são 450 filiadas ao Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF). Segundo a pedagoga Cristiane Ferreira, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, tradição não é tudo. “Se a escola é nova, mas a família do estudante recebeu boas recomendações, deve sim ser considerada como opção, desde que se tome alguns cuidados”, defende. Ela lembra que leva tempo para que as escolas consigam indicadores de qualidade, mas que mesmo recentes, elas podem apresentar boas propostas e bons resultados. “Além disso, não é porque uma escola é antiga que ela necessariamente é de excelência.” O mais importante, para Cristiane, é que os pais nunca façam a matrícula sem antes visitar a escola. “Assim, é possível conversar com a equipe gestora, analisar a estrutura e observar se os alunos e funcionários parecem felizes. Também recomendo falar com os pais de alguns alunos”, conclui. O que procurar nas escolas recém-inauguradas? A pedagoga Cristiane Ferreira (PUC-SP) indica o que os pais não devem deixar de prestar atenção nas instituições de ensino - Autorização legal para funcionar - Professores habilitados para lecionar - Salas de aula bem iluminadas e arejadas - Participação de pais, professores e alunos nas decisões escolares - Projeto pedagógico disponível para consulta pública - Quantidade razoável de alunos por sala de aula - Bibliotecas, salas de informática e outros recursos e estratégias que favoreçam a aprendizagem dos alunos - Plano de carreira para os professores e condições de trabalho que incluam tempo para planejar aulas, corrigir exercícios e cursos de formação continuada - Equipe gestora atenciosa e disponível a atender pais e alunos, orientando-os em suas dúvidas - Contato direto com os professores - Preço (se estiver muito abaixo da média, é bom desconfiar)