quinta-feira, 23 de abril de 2015

Escola inclusiva

Em escolas projetadas para todos, a altura do mobiliário, o espaço entre as estantes e as mesas, a localização de bebedouros, o tipo de piso, as cores dos ambientes e outros cuidados garantem que as pessoas, não só com deficiência, possam se locomover com segurança e autonomia


Acesse o Intográfico: Clique Aquil


CONHEÇA: Anísio Teixeira

Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século 20, Anísio Teixeira (1900-1971) foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. Como teórico da educação, Anísio não se preocupava em defender apenas suas idéias. Muitas delas eram inspiradas na filosofia de John Dewey (1852-1952), de quem foi aluno ao fazer um curso de pós-graduação nos Estados Unidos. 
Dewey considerava a educação uma constante reconstrução da experiência. Foi esse pragmatismo, observa a professora Maria Cristina Leal, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que impulsionou Anísio a se projetar para além do papel de gestor das reformas educacionais e atuar também como filósofo da educação. A marca do pensador Anísio era uma atitude de inquietação permanente diante dos fatos, considerando a verdade não como algo definitivo, mas que se busca continuamente. 

Para o pragmatismo, o mundo em transformação requer um novo tipo de homem consciente e bem preparado para resolver seus próprios problemas acompanhando a tríplice revolução da vida atual: intelectual, pelo incremento das ciências; industrial, pela tecnologia; e social, pela democracia. Essa concepção exige, segundo Anísio, "uma educação em mudança permanente, em permanente reconstrução".
As novas responsabilidades da escola eram, portanto, educar em vez de instruir; formar homens livres em vez de homens dóceis; preparar para um futuro incerto em vez de transmitir um passado claro; e ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade. Para isso, seria preciso reformar a escola, começando por dar a ela uma nova visão da psicologia infantil. 

O próprio ato de aprender, dizia Anísio, durante muito tempo significou simples memorização; depois seu sentido passou a incluir a compreensão e a expressão do que fora ensinado; por último, envolveu algo mais: ganhar um modo de agir. Só aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que, chegado o momento oportuno, sabemos agir de acordo com o aprendido. 

Para o pensador, não se aprendem apenas idéias ou fatos mas também atitudes, ideais e senso crítico - desde que a escola disponha de condições para exercitá-los. Assim, uma 
criança só pode praticar a bondade em uma escola onde haja condições reais para desenvolver o sentimento. A nova psicologia da aprendizagem obriga a escola a se transformar num local onde se vive e não em um centro preparatório para a vida. Como não aprendemos tudo o que praticamos, e sim aquilo que nos dá satisfação, o interesse do aluno deve orientar o que ele vai aprender. Portanto, é preciso que ele escolha suas atividades. 

Por tudo isso, na escola progressiva as matérias escolares - Matemática, Ciências, Artes etc. - são trabalhadas dentro de uma atividade escolhida e projetada pelos alunos, fornecendo a eles formas de desenvolver sua personalidade no meio em que vivem. Nesse tipo de escola, estudo é o esforço para resolver um problema ou executar um projeto, e ensinar é guiar o aluno em uma atividade. 

Quanto à disciplina, Anísio afirmava que o homem educado é aquele que sabe ir e vir com segurança, pensar com clareza, querer com firmeza e agir com tenacidade. Numa escola democrática, mestres e alunos devem trabalhar em liberdade, desenvolvendo a confiança mútua, e o professor deve incentivar o aluno a pensar e julgar por si mesmo. "Estamos passando de uma civilização baseada em uma autoridade externa para uma baseada na autoridade interna de cada um de nós", diz ele em seu livro Pequena Introdução à Filosofia da Educação. 

Como preparar o professor para essa tarefa hercúlea da escola de hoje, ocupada por tantos alunos que não se contentam em aprender apenas as técnicas e conhecimentos mais simples mas também as últimas conquistas da ciência e da cultura? O que fazer quando eles exigem informações até mesmo sobre tendências indefinidas e problemas sem solução? Para responder a tantas questões, os educadores do mundo todo precisarão de novos elementos de cultura, de estudos e de recursos, propôs o pensador, que na prática instalou novos cursos para professores. Só assim, dizia, os mestres tentarão renovar a humanidade para "a grande aventura de democracia que ainda não foi tentada". 

Para ser eficiente, dizia Anísio, a escola pública para todos deve ser de tempo integral para professores e alunos, como a Escola Parque por ele fundada em 1950 em Salvador, que mais tarde inspiraria os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps) do Rio de Janeiro e as demais propostas de escolas de tempo integral que se sucederam. Cuidando desde a higiene e saúde da criança até sua preparação para a cidadania, essa escola é apontada como solução para a educação primária no livro Educação Não É Privilégio. Além de integral, pública, laica e obrigatória, ela deveria ser também municipalizada, para atender aos interesses de cada comunidade. O ensino público deveria ser articulado numa rede até a universidade. Anísio propôs ainda a criação de fundos financeiros para a educação, mas, mesmo com o atual Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), os recursos são insuficientes para sustentar esse modelo de escola.

Anísio Spínola Teixeira nasceu em 12 de julho de 1900 em Caetité (BA). Filho de fazendeiro, estudou em colégios de jesuítas na Bahia e cursou direito no Rio de Janeiro. Diplomou-se em 1922 e em 1924 já era inspetor-geral do Ensino na Bahia. Viajando pela Europa em 1925, observou os sistemas de ensino da Espanha, Bélgica, Itália e França e com o mesmo objetivo fez duas viagens aos Estados Unidos entre1927 e 1929. De volta ao Brasil, foi nomeado diretor de Instrução Pública do Rio de Janeiro, onde criou entre 1931 e 1935 uma rede municipal de ensino que ia da escola primária à universidade. Perseguido pela ditadura Vargas, demitiu-se do cargo em 1936 e regressou à Bahia - onde assumiu a pasta da Educação em 1947. Sua atuação à frente do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos a partir de 1952, valorizando a pesquisa educacional no país, chegou a ser considerada tão significativa quanto a Semana da Arte Moderna ou a fundação da Universidade de São Paulo. Com a instauração do governo militar em 1964, deixou o instituto - que hoje leva seu nome - e foi lecionar em universidades americanas, de onde voltou em 1965 para continuar atuando como membro do Conselho Federal de Educação. Morreu no Rio de Janeiro em março de 1971.


Nos anos 1920, com a crescente industrialização e a urbanização em todo o mundo, a necessidade de preparar o país para o desenvolvimento levou um grupo de intelectuais brasileiros a se interessar pela educação - vista como elemento central para remodelar o país. Os novos teóricos viam num sistema estatal de ensino livre e aberto o único meio efetivo de combate às desigualdades sociais. Esse movimento chamado de Escola Nova ganhou força nos anos 1930, principalmente após a divulgação, em 1932, do Manifesto da Escola Nova. O documento pregava a universalização da escola pública, laica e gratuita. Entre os nomes de vanguarda que o assinaram estavam, além de Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo (1894-1974), que aplicou a sociologia à educação e reformou o ensino em São Paulo nos anos 1930, o professor Lourenço Filho (1897-1970) e a poetisa Cecília Meireles (1901-1964). A atuação desses pioneiros se estendeu por décadas, muitas vezes criticada pelos defensores da escola particular e religiosa. Mas eles ampliaram sua atuação e influenciaram uma nova geração de educadores como Darcy Ribeiro (1922-1997) e Florestan Fernandes (1920-1995). Anísio foi mentor de duas universidades: a do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, desmembrada pela ditadura de Getúlio Vargas, e a de Brasília, da qual era reitor quando do golpe militar de 1964.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

5 dicas de filmes e livros para curtir no tempo livre

1) Coletânea de crônicas
Gláucia Carlos da Silva recomendou o livro O Amor que Acende a Lua (216 págs., Ed. Papirus), do escritor e educador Rubem Alves. “Impossível não se apaixonar por uma escrita tão fascinante quanto as desse autor!”, disse ela. Você concorda?
Veja o post aqui.
 2) É ficção, mas poderia ser real
A dica do Jonathan Ronyere da Silva é de cinema. O Substituto (2011, 98 min.), do diretor Tony Kaye, conta a história de Henry Barthes, um professor brilhante, mas que só queria cobrir as faltas dos colegas. Quando ele começa a trabalhar em uma escola pública violenta e desmotivada, passa a repensar sua relação com os alunos. Se você já assistiu, conte-nos o que achou!
3) De olho na formação
Essa é para quem quer aproveitar o descanso para estudar. Uma das embaixadoras do GENTE QUE EDUCA, Priscila Araújo  se lembrou do livro Vygotsky – Aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico, de Marta Kohl de Oliveira, (557 págs., Ed. Scipione), que conheceu nos tempos de faculdade. Você também leu a obra na graduação?
Veja o post dela aqui.
 4) Para todos os gostos
Já Alexandre Rodrigues da Silva não economizou e recomendou logo dez filmes relacionados à Educação! A lista, extraída do Portal Aprendiz, traz o famoso A Onda (2008, 107 min.), do diretor Dennis Gansel, e o documentário Ser e Ter (2002, 104 min.), de Nicholas Philibert.
Para ver a lista completa, abra o post do Alexandre.

5) Avaliação em foco
Marcos Roberto da Conceição participou de uma palestra recentemente e trouxe para a rede uma sugestão: o livro Manual de Desempenho Escolar: Análise de Leitura e Escrita (121 págs., Ed. Unisul), de Francisco Rosa Neto, Eliane Risson Santos e Josep Toro.
A obra descreve as diferentes etapas de leitura e da escrita nas séries iniciais do Ensino Fundamental, oferecendo subsídios para avaliar as práticas pedagógicas. Você acha que vale a leitura?
Para ver o post e ter acesso ao PDF completo, clique aqui.

Povos indígenas isolados do aprendizado



O guarani Edgar* tem 19 anos e não estuda desde os 12, quando terminou a primeira etapa do Ensino Fundamental. Ele vive na aldeia Y’hovy, em Guaíra, a 642 quilômetros de Curitiba, e sua história ajuda a entender os problemas da exclusão escolar de crianças e jovens indígenas no Brasil. A área em que mora fica na fronteira com o Paraguai e ainda não está demarcada, razão pela qual a maioria das aldeias da região não conta com uma escola oficial. Para crianças e adolescentes sobra a opção de estudar nas escolas "de branco" localizadas dentro da cidade. 

Surgem aí os primeiros entraves. O principal é a falta de documentos. Como nasceu do lado de lá da fronteira, Edgar* não possui certidão de nascimento brasileira e diz que, por isso, teve sua matrícula negada nos dois estabelecimentos de ensino em que tentou ingressar. Só entre os índios de até 10 anos no Brasil, mais de 30% não possuem qualquer registro civil, segundo o Censo Demográfico 2010. A ausência do documento não deve impedir o direito de aprender, mas por falta de informação a família do garoto não procurou outras instâncias e a Secretaria de Educação do Paraná diz não ter recebido denúncias a respeito. 

Enquanto a situação não se resolve, a saga do jovem começa a ser repetida por outro Edgar* da mesma aldeia, que, além de homônimo, tem uma história semelhante à do amigo. Nascido no país vizinho, o adolescente de 15 anos está prestes a terminar o 5º ano e terá de mudar de escola. Porém, já diz ter ouvido que em outras instituições não há vagas para quem, como ele, não tem documentação. "Não quero parar de estudar, mas já disseram que eu não poderei mais", afirma.


O drama dos dois guaranis não existiria se as orientações para a Educação Indígena fossem seguidas à risca. Por lei, o ideal não seria eles irem para a escola comum, e sim terem acesso a uma instituição oficial na aldeia. O direito a um ensino diferenciado, específico, intercultural, bilíngue/ multilíngue e comunitário é garantido por lei e está descrito na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em normativas do Conselho Nacional de Educação (CNE) e no Plano Nacional de Educação (PNE) 2001- 2010. 

Segundo Rita Potyguara, coordenadora-geral de Educação Escolar Indígena do Ministério da Educação (MEC), a criação de uma escola indígena independe da condição jurídica da terra. No entanto, de acordo com a Secretaria do Paraná, a questão fundiária é um grave obstáculo. Muitas aldeias de Guaíra estão em áreas de disputa judicial com os proprietários rurais da região, tornando as relações extremamente tensas. 

A solução viável no curto prazo seria matricular essas crianças em escolas regulares e ofertar na aldeia, paralelamente, um ensino focado nas tradições próprias. "Na falta de Educação Indígena apropriada, eles deveriam ter assegurado o acesso à instituição de ensino regular e frequentar as aulas de conhecimentos e práticas indígenas no outro período, mas em quase todas as aldeias o ensino é improvisado", diz Henrique Gentil Oliveira, promotor do Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR). Na aldeia Y’hovy, essas aulas são dadas em uma cabana precária, de chão de terra e paredes feitas de ripas de madeira velhas. Ali, a professora Paulina Martines ensina elementos da cultura guarani, como a medicina, os valores, a língua materna avá guarani e o dialeto mbyá. Dos 32 estudantes atendidos por ela, apenas 15 frequentam também as escolas da cidade a que têm direito por lei. 

Alunos guaranis aprendem danças indígenas na escola


Ismael Morel é professor de Educação Física na Escola Mbo'eroy Guarani/Kaiowa, aldeia de Amambai, sul de Mato Grosso do Sul. Em 2006, ele foi eleito Educador Nota 10 e recebeu o troféu do Prêmio Victor Civita por ter ensinado danças guaranis aos seus alunos - todos dessa mesma etnia. Sim, na aldeia de Ismael é preciso aprender na escola algo que, em tese, deveria fazer parte da tradição cultural. Por que isso acontece?
A resposta está no processo histórico pelo qual passaram todas as nações indígenas que aqui viviam antes da chegada dos europeus, há mais de 500 anos, e que tiveram contato com o chamado mundo civilizado. Os guaranis, em particular, eram nômades. Ocupavam extensas áreas de terra e estabeleciam suas aldeias ora num local, ora noutro, conforme as condições de subsistência. Eram um povo alegre e amistoso. Dançavam para comemorar, para batizar seus filhos suas sementes. Dançavam para reverenciar a natureza, dançavam nas cerimônias religiosas. Com os processos de catequização e escravização disparados no período colonial, essa cultura milenar e a sabedoria acumulada havia gerações foram sendo anuladas à força e à custa de milhares de mortes.
A situação dos sobreviventes de Amambai neste começo de século 21 é o resultado de uma degradação que parece não ter fim. O trabalho de Ismael merece destaque e reconhecimento porque tenta interromper esse curso tortuoso da trajetória de seu povo. Confinados numa área demarcada que garante pouco mais de 3,4 mil metros quadrados por indivíduo, os 7 mil indígenas que vivem na aldeia praticamente esqueceram a ideia do deslocamento nômade. Não há mais espaço para a caça e sobrou muito pouco da mata, o rio está poluído, alcoolismo e drogas penetram facilmente na comunidade. Missões religiosas marcadas por doutrinas cheias de impedimentos promovem uma neocatequese que solapa ainda mais a cultura guarani. Dançar, nem pensar. Para os que já abandonaram a tradição - quase metade da aldeia -, é pecado.
O grande peso social e cultural do trabalho de Ismael equilibra-se com sua função pedagógica. "A dança, na perspectiva curricular atual, é tema de Educação Física a ser explorado em toda a Educação Básica", afirma o professor Marcelo Barros da Silva, selecionador do Prêmio Victor Civita de 2006. Ismael, ao tratar desse conteúdo, teve a sacada de optar pela dança do próprio povo. O movimento que resulta das coreografias desenvolve a força, a agilidade e a percepção rítmica (e faz muito mais pela cultura guarani).

sexta-feira, 17 de abril de 2015

ESPECIAL - Dia do Índio

A cultura indígena que se fortalece na escola


A ideia de uma escola indígena capaz de respeitar e valorizar os conhecimentos e a cultura locais é recente no país. Na lei, o tema foi contemplado pela primeira vez na Constituição de 1988. Na prática, ainda há muito a construir. Isso porque garantir um Projeto Político-Pedagógico (PPP) específico para cada uma das mais de 200 etnias que existem no Brasil não é uma tarefa fácil. Cada povo possui uma história própria - inclusive no que diz respeito à assimilação ou à resistência contra a descaracterização étnica. Estima-se que o Brasil chegou a ter 10 milhões de índios. Hoje, eles são pouco mais de 800 mil, ou 0,4% da população (e apenas 2,2% dessas crianças que frequentam o 3º ano do Ensino Fundamental falam a língua indígena, um dos menores porcentuais entre os países da América Latina). Alguns ainda preservam a língua e os costumes. E a escola, que antes só trabalhava pela aculturação, busca agora valorizar a diversidade. NOVA ESCOLA visitou duas terras indígenas no Acre para ver como estudam os índios katukinas e puyanáwas. Nesta reportagem, você vai ver como as diferenças entre elas podem ajudar nesse processo de construção de escolas mais próximas das necessidades de cada povo. 

Nas seis escolas da Terra Indígena Campinas Katukina, cujo centro urbano mais próximo é o município de Cruzeiro do Sul, a 648 quilômetros de Rio Branco, os alunos são alfabetizados em noke vana, língua que pertence à família pano - encontrada na Bolívia, no Peru, no Acre, no sul do Amazonas e em Rondônia. Toda a proposta pedagógica tem como eixo norteador o fortalecimento da cultura e dos saberes locais, com aulas sobre o processo de demarcação do território, o uso dos recursos naturais e as técnicas de artesanato e pintura corporal. Até o 5º ano, as aulas são restritas à cultura noke koi - expressão que significa "nosso povo". A Língua Portuguesa e as demais disciplinas obrigatórias da Educação regular só são ensinadas a partir do 6ºano. 

Na zona rural de Mâncio Lima, a 617 quilômetros de Rio Branco, a realidade da Terra Indígena Puyanáwa é diferente. A língua puyanáwa está praticamente esquecida, resultado de um violento processo de repressão do início do século passado e por isso o português é predominante. Para essas pessoas, o grande desafio é resgatar a cultura e aproximá-la das crianças por meio do currículo escolar. "Mais do que discutir uma Educação diferenciada, defendemos que cada povo encontre o melhor caminho para atender às suas especificidades", diz Maria do Socorro de Oliveira, coordenadora da Educação Indígena no estado. Desde 2000, são realizadas reuniões entre os líderes das aldeias, pesquisadores, professores e técnicos da Secretaria para fazer a construção e revisão dos currículos e do PPP.


Formação de professores para Educação Indígena


No início de 2001, Peres Kaxinawá foi escolhido para se tornar professor na aldeia em que mora, no município de Santa Rosa do Purus, a 301 quilômetros de Rio Branco. Vivendo em uma região praticamente isolada, na divisa do Brasil com o Peru, o docente começou a lecionar antes mesmo de terminar a Educação Básica e foi, aos poucos, conciliando o trabalho e a formação oferecida pela Secretaria de Estado de Educação do Acre. "Na época, eu já tinha completado o Ensino Fundamental em uma escola no Peru e comecei a fazer o Médio junto com o Magistério", conta. O docente cursou também Licenciatura em Educação Indígena e hoje leciona para turmas de 1º a 9º ano em sua aldeia e atua como técnico da Secretaria, auxiliando outros professores. 

A história do educador é uma das muitas que compõem o grande quebra-cabeça dessa modalidade de ensino no país. O Brasil conta com 2.817 escolas indígenas de Ensino Fundamental, em que estudam 175.098 alunos e nas quais lecionam 14.715 docentes. São instituições espalhadas pelas diferentes terras indígenas existentes (veja o mapa na página seguinte) e que atendem crianças, adolescentes e adultos pertencentes a 305 etnias, com 274 línguas.



Formar professores capazes de dar conta de toda essa diversidade é uma tarefa complexa, compartilhada entre a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação (MEC), universidades, Secretarias Municipais e Estaduais e ONGs. 

De acordo com o professor André Lázaro, pesquisador da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), que esteve à frente da Secadi entre 2004 e 2011, "não se pode ter a ideia de uma formação em massa, como se todos os indígenas fossem iguais, pois não são". O especialista defende que o currículo incorpore tanto as dimensões do saber local quanto aspectos relativos à docência. "A Educação Indígena, assim como a não indígena, pressupõe um conjunto de procedimentos para os quais os professores devem ser preparados", explica. Para abordar esses aspectos, é preciso organizar programas específicos.


quinta-feira, 16 de abril de 2015

3 ferramentas gratuitas para salvar links da internet

Dicas para não perder os materiais que você encontra na rede



Você já se sentiu soterrado pelo volume de informação disponível a um clique? Não é uma sensação, é um fato: a cada instante, milhões de arquivos são criados e compartilhados na internet, seja por e-mail, trocadores de mensagem, sites ou redes sociais!
O infográfico abaixo, divulgado em 2014, mostra a quantidade de informação gerada em apenas um minuto. Clique na imagem para vê-la maior:

Não há tempo que baste para dar conta de ver tudo! É por isso que a chamada curadoria de conteúdo é cada vez mais valorizada hoje em dia. “Curar conteúdo” nada mais é do que selecionar e organizar referências relevantes. Você já deve ter cruzado com um material superinteressante para sua turma enquanto dava aquela checadinha noturna no Facebook, não é? Mas, como organizar esses links?
Tem gente que manda e-mail para si mesmo, que envia como mensagem para um amigo (“segura aí pra mim!”) ou que adiciona o link na barra de favoritos do navegador, o famosobookmark. Mas existem outras opções mais inteligentes e eficientes!
Conheça ferramentas gratuitas para salvar links:
1) Pocket


Organize em um só lugar aqueles materiais que você quer ler depois. Depois de fazer sua conta no Pocket, você pode atribuir “tags” aos seus links e também realizar buscas entre as referências salvas. Com aplicativo para os sistemas IOS Android, além do site, é possível usar o Pocket no celular e no computador.
O programa é basicamente uma lista de itens para ler – que é ótimo ter à mão quando você está em alguma fila ou no ônibus. Depois da leitura, você pode arquivar o item, para limpar o seu “banco”, mas ainda assim o link permanece salvo para consultas futuras.
Há também a extensão, que instala o Pocket no navegador, e salva links com apenas um clique!
Uma dica valiosa é criar uma rotina para organizar seu banco de links. Caso contrário, em pouco tempo você será soterrado pelos links que salvou – e a razão de catalogar e organizar essas referências era justamente diminuir a ansiedade causada pela avalanche de informações! :)
2) Evernote

O Evernote é um dos aplicativos mais completos para organizar seus dados, como notas, áudio, imagens e links. Na sua conta, é possível criar categorias para as notas e acessá-las do computador ou do celular.
Você pode baixar o aplicativo, disponível para os sistemas Android e IOS, e/ou baixar oprograma para computador. A extensão para navegador também facilita o uso da ferramenta. Há uma versão gratuita, com algumas limitações, e outra Premium.
Para conhecer outros usos do Evernote, acesse o post Chega de papelada – Conheça um aplicativo para ajudar você a se organizar. 
3) Delicious

É um dos mais antigos serviços de bookmark e também funciona como uma rede social. Nele, você pode salvar e compartilhar seus links, além de conferir o que seus amigos andam salvando.
As tags são igualmente utilizadas para organizar as referências, com o diferencial de que é possível pesquisar os links populares de cada tag, o que é muito útil para descobrir novos conteúdos! Clique aqui para ver as referências atreladas à #Educação. Pena que a maioria das tags está em inglês…
Assim como o Pocket e o Evernote, o Delicious pode ser acessado pelo computador ou celular, com aplicativos para Android e IOS, e também conta com a extensão para seu navegador.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Coordenador(a)... Agora é com você!!!

O que fazer quando o professor não tem condições de ser responsável por uma turma




Relato:

Há algum tempo, um grupo de mães pediu para conversar comigo, coordenadora pedagógica, e com a diretora da escola. Elas queriam falar sobre a professora de uma das salas de 5 anos. Naquele momento, o pedido não nos espantou, pois já havíamos recebido algumas reclamações de outras famílias. A questão era que, desde que tal docente assumiu a turma, no início daquele ano, ficou visível para nós que ela ainda tinha muitas dificuldades na prática em sala de aula.
Atendemos ao pedido e agendamos um encontro para dali a dois dias. Estávamos numa situação bem delicada, visto que já havíamos feito várias intervenções para nortear o trabalho da professora e qualificar sua atuação, mas não obtivemos sucesso. Ela continuava não conseguindo estabelecer uma boa dinâmica na sala de aula, despertar o interesse das crianças pelas suas propostas e envolvê-las nas atividades. O resultado era a turma “pegando fogo”: os pequenos corriam para o pátio ou para o parque, entravam em conflito e, a todo o momento, desafiavam a educadora, que sequer conseguia perceber tudo o que estava acontecendo no ambiente. Inclusive, algumas colegas que levavam suas turmas para o parque no mesmo horário que essa professora demonstraram muita preocupação com a segurança das crianças sob responsabilidade dela. Essas profissionais tentaram ajudá-la dando dicas, mas também não viram melhora.
Como eu disse, desde a primeira semana de aula estávamos tentando orientá-la. Conversamos pontualmente com a professora sobre como deveria ser a rotina e sobre quais intervenções eram mais adequadas nos diferentes momentos; assistimos a filmagens de outras salas no momento do diversificado (quando as crianças começam a se dispersar) para que ela tivesse uma boa referência de como montar os diferentes cantos e do papel do educador; conseguimos um horário para que ela observasse uma colega do mesmo nível numa atividade coletiva com as crianças; e eu mesma fui contar história para a turma dela duas vezes para que ela observasse como envolver os pequenos. Nossa última atitude havia sido procurar a gestão da escola em que a professora havia atuado no ano anterior para ter mais dados. Descobrimos, então, que a mesma história havia acontecido na outra instituição e, depois de muitas reclamações das famílias e intervenções da instituição, ela entrou de licença médica por muitos meses.
Na rede pública de ensino, resolver uma situação como essa não é nada fácil.  Como concursada ficaria na sala de aula mesmo se as crianças estivessem tendo muitos prejuízos de aprendizagem e até mesmo correndo riscos de se machucar. Procuramos a Secretaria de Educação e a orientação foi que registrássemos todas as vezes que orientamos a professora. Todos deveriam assinar os registros, inclusive ela. Só com tudo documentado seria possível abrir uma sindicância para verificar se a docente realmente não tinha condições de permanecer em sala.

Voltando ao encontro com as mães…

Recebemos o grupo sem a presença da professora e ouvimos as preocupações e as queixas. Relatamos nossas ações e fizemos um relatório para deixar a professora ciente do que aconteceu e também para anexar aos outros que seriam encaminhados para a Secretaria de Educação.
Desde a orientação que recebemos da Secretaria, passamos a tratar a situação mais sistematicamente, fazendo registros e orientações pontuais de duas a três vezes por semana.  Diariamente, acontecia algum incidente, como precisarmos retornar com grupinhos que estavam fora da sala, perdas de tênis e blusas e até algumas crianças que não queriam ficar naquela sala e choravam na entrada. Esse processo foi bem difícil, já que a professora ora parecia ter ciência de quanto sua atuação deixava a desejar, ora parecia não estar entendendo o que se passava. Seu comportamento não era dissimulado – ela realmente tinha muitas dificuldades.
Após três meses nessa situação e muita pressão das famílias, a docente tomou algumas providências e procurou ajuda médica. Ela recebeu um parecer que a fez ser readaptada, passando a atuar em função administrativa. Chegamos à conclusão de que essa professora não poderia ter sido aprovada no estágio probatório, que é um instrumento de avaliação do desempenho do funcionário público durante os seus primeiros dois anos de atuação.
Toda essa situação foi bem desgastante para todos, mas nós, como gestoras da escola, não poderíamos ter feito diferente, pois a responsabilidade com as crianças, as aprendizagens e o bem-estar delas estavam comprometidos. É claro que tudo foi feito com muito respeito à professora e, depois de algumas semanas, ela nos procurou para dizer que trabalhava mais feliz porque estava conseguindo fazer o que era esperado dela.
Por Leninha, Fonte: Gestão Escolar/Abril

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Resolver conflitos não envolve só negociação e ameaças


Se não parar com a conversa, vai ficar sem recreio!”. “Quando parar de fazer manha, eu te dou o brinquedo.” “Se não melhorar a letra, vou chamar seus pais”. 

É com frases como essas que muitos educadores e pais têm tentado resolver os constantes conflitos presentes nas relações com os alunos e filhos. Muitos dizem que “assim funciona”. Ok, mas por quanto tempo? A que preço? Pensemos sobre isso.

Na resolução de conflitos, são muitas as intervenções que podem ser adotadas e anegociação é uma delas.Entretanto, como profissionais de Educação, precisamos ampliar nossa visão sobre as estratégias possíveis para que possamos agir positivamente na formação de nossos alunos. Nesse sentido, é fundamental refletir acerca dos efeitos que desejamos alcançar com nossas ações.
Ao escolher a moeda de troca como ferramenta para alcançar os comportamentos desejados, a obediência (ou não) do sujeito continua externa e condicionada pelos prêmios ou castigos. Ou seja, enquanto a criança ou o jovem se sentir seduzido ou intimidado poderá agir de acordo com o que a autoridade espera. Mas tanto a teoria quanto a experiência nos mostram   que o poder pela sedução e pela intimidação provoca no sujeito uma ação movida pelo interesse (tanto em ter algo em troca, quanto para se ver livre do que se teme). Estamos falando, portanto, em fortalecer cada vez mais a heteronomia em nossos alunos. Nesse sentido, vale lembrar (novamente) daquele famoso objetivo presente em muitos projetos políticos-pedagógicos (PPP): “Formar alunos críticos e autônomos”, e perguntar: “Como? Agindo na contramão do objetivo?”.
Que fique claro: chantagens e ameaças controlam temporariamente a situação de conflito e precisam ser constantemente intensificadas para que continuem surtindo o efeito desejado. Com o tempo, deixam de intimidar e seduzir porque são reguladores externos. A autonomia se dá por autorregulação, ou seja, o sujeito escolhe agir corretamente pela adesão interna que tem aos valores socialmente desejáveis. Essa construção só é possível por meio de interações em que a relação não se dê pela coerção e sim pelo respeito mútuo, pela cooperação.
Então, como agir?
Uma resolução de conflito orientada para a construção da autonomia pressupõe mais a postura de um mediador do que de um negociador. Alguns cuidados precisam ser tomados para que esse momento seja também uma boa oportunidade no processo de formação. Vamos a eles:
- Evite falar pelos alunos, deixe que eles descrevam seus pontos de vista e sentimentos.
- Acolha as explicações sem, contudo, validar as ações.
- Evite propor uma resolução de imediato (a pressa é inimiga da perfeição!).
- Concentre-se no problema. Não “desviar”, nem traga episódios anteriores.
- Não tome partido, nem compare as crianças. Essas atitudes podem aumentar as hostilidades.
- Quando surgir um impasse, ofereça uma sugestão, pergunte se concordam com ela, se é justa e se alguém tem outra ideia. Defenda o valor do acordo mútuo e dê aos alunos a oportunidade de rejeitar as propostas, estimulando-os a buscar soluções cooperativas.
- E o mais importante e difícil para nós, educadores: não espere resultados rápidos e mudanças radicais em atitudes que, de certa maneira, precisam ser reconstruídas.

Em geral, as intervenções descuidadas e impulsivas contribuem para que os alunos, num outro momento, escondam situações de crise. Uma boa resolução atua sobre as causas do conflito e não sobre as consequências. O trabalho voltado para a formação e o desenvolvimento da personalidade considera como objetivo o processo e não somente os resultados.
Finalizando, o conflito tanto pode ser um terreno fértil para um trabalho construtivo, como também pode ser destrutivo para as relações. É nossa postura como educador que fará a grande diferença.

10 brincadeiras para experimentar com as turmas da creche e da pré-escola




1 - Cauda do Dragão

Material necessário 

Nenhum.


Desenvolvimento
Todos os participantes ficam em pé, em uma fila indiana com as mãos na cintura um do outro, formando um dragão. O primeiro integrante da fila, representando a cabeça do dragão, terá como objetivo pegar o último da fila, que representará a cauda. Ao sinal do educador, o "dragão" passará a se movimentar, correndo moderadamente, sob o comando da cabeça que tentará pegar a cauda. Esta, por sua vez, fará movimentos no sentido de evitar que isso aconteça. A brincadeira continuará enquanto durar o interesse das crianças.



2 - O feiticeiro e as estátuas

Material necessário
Nenhum.

Desenvolvimento
Os participantes ficam de pé, dispersos em uma área delimitada para a brincadeira. Um voluntário será o "feiticeiro" que perseguirá os demais. Ao sinal do educador, inicia-se a perseguição, e aquele que for tocado ficará "enfeitiçado": imóvel com as pernas afastadas, representando uma "estátua". Os outros companheiros poderão passar por baixo das pernas das "estátuas", salvando-as do "feitiço". Depois de algum tempo, o "feiticeiro" deverá ser substituído. O jogo prosseguirá enquanto houver interesse do grupo.

3 - Biscoitinho queimado

Material necessário
Um brinquedo.

Desenvolvimento
O educador esconde um brinquedo qualquer (o "biscoitinho queimado"), enquanto os participantes estão de olhos fechados. Depois grita: "Biscoitinho queimado!", e os outros têm que tentar encontrá-lo. Quando uma criança chega perto do "biscoitinho queimado", o educador grita seu nome e fala: "Está quente!". Se estiver longe, ele grita "Está frio!". Quem encontrar o brinquedo primeiro ganha.



4 - O carteiro

Material necessário
Nenhum.

Desenvolvimento
Os participantes ficam sentados em círculo. O educador inicia falando: "O carteiro mandou uma carta... (suspense) só pra quem está usando camiseta branca!". Todos que estiverem de camiseta branca trocam de lugar, mas não podem ir para o lugar ao lado. Quem não consegue trocar rapidamente de lugar, fica fora da brincadeira. A brincadeira prossegue com comandos variados: só pra quem estiver de cabelo solto, de cabelo preso, de anel, de relógio, de rosa, de azul... A brincadeira prossegue com a mudança do carteiro.

5 - Colher corrente

Material necessário
Colheres de sobremesa e caramelos.

Desenvolvimento
As crianças formam duas filas com número igual de pessoas. Elas ficam sentadas frente a frente, cada uma com uma colher de sobremesa. O primeiro da fila recebe na sua colher, presa com o cabo na boca, um caramelo, que deverá passar para a colher do vizinho. A brincadeira começa e, sob uma ordem dada pelo educador, cada um deverá passar o caramelo, com a colher na boca, para a colher do vizinho, sem ajuda das mãos, que devem ficar cruzadas nas costas. Toda vez que o caramelo cair, a criança pode recolhê-lo com a mão e continuar a brincadeira. Ganha a fileira que primeiro conseguir passar o seu caramelo de colher para colher até o final.

6 - Boizinho

Material necessário
Nenhum.

Desenvolvimento
As crianças formam uma roda, segurando com bastante força as mãos umas das outras. No meio da roda deve ficar uma das crianças, que vai ser o "boizinho". O "boizinho" deve pegar o braço das crianças da roda e ir perguntando: "De quem é essa mão?" A criança deve responder falando o nome de uma fruta ou um objeto, tentando distrair os participantes. Depois de fazer a pergunta a todos, o "boizinho" deve tentar romper a roda em algum ponto e fugir. Quando foge, os outros devem tentar capturá-lo. Quem conseguir é o próximo "boizinho".

7 - Tesouro perdido

Material necessário
Saquinho com balas.

Desenvolvimento
Uma criança deve ser o pirata, que vai esconder o tesouro. O tesouro é um brinde (balas, por exemplo), colocado dentro de um saquinho. Depois que o pirata esconde o tesouro, ele diz: "Vamos ajudar o pirata trapalhão?". É a senha para que as outras crianças comecem a procurar. Elas têm cinco minutos para encontrá-lo. Se não conseguirem, o pirata dá algumas pistas de onde o escondeu. Quando o tesouro é encontrado, a criança que o achou deve escondê-lo novamente. A cada rodada, novos objetos podem ser colocados no saquinho. Quem acha o tesouro pode ficar com ele ou dividir com o pirata e os outros participantes.

8 - A queda do chapéu

Material necessário
Um chapéu.

Desenvolvimento
Os participantes são organizados em círculo. Cada um recebe um número. O educador se coloca no centro do círculo, segurando um chapéu. Inicia a brincadeira atirando o chapéu para o alto e chamando um número. O participante chamado deve correr e pegar o chapéu antes que ele caia no chão. Se o chapéu cair no chão, o jogador sai da brincadeira e o educador continua no centro. Se o jogador conseguir pegar o chapéu, vai para o centro do círculo e continua a brincadeira.

9 - Apanhador de batatas


Material
Jornais e revistas, dois cestos de boca larga.

Desenvolvimento
Os participantes devem amassar várias folhas de jornal e revistas (serão as "batatas"). O educador deve distribuir as "batatas" em vários lugares. A um sinal do educador, os participantes, divididos em duas equipes, devem apanhar as "batatas" e colocá-las no cesto destinado ao seu grupo. Vence a equipe que apanhar o maior número de "batatas".

10 - Patins engraçados

Material necessário
Várias caixas de sapato sem a tampa, fita adesiva colorida.

Desenvolvimento
As crianças ficam uma ao lado da outra na sala ou no pátio. Demarque com a fita adesiva a saída e a chegada. Distribua duas caixas de sapato para cada criança (serão os patins). Ao sinal do educador, as crianças deverão escorregar até a linha de chegada.


sexta-feira, 10 de abril de 2015

Celular em sala de aula: proibir ou não?


Uma proposta de lei em análise na Câmara dos Deputados reacendeu a discussão sobre o uso de celular em sala de aula. A PL 104/15 proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, como celulares e tablets, nas salas de aula da Educação Básica e Superior de todo o país.
A justificativa do projeto diz que “para preservar a essência do ambiente pedagógico” cabe a proibição de todos os equipamentos que “desviam a atenção do aluno do trabalho didático desenvolvido pelo professor”. (Para ler a íntegra do projeto de lei, clique aqui.)
A lei também estabelece que aparelhos só serão permitidos em sala de aula se fizerem parte das atividades didático-pedagógicas e forem autorizados pelos professores. De qualquer maneira, professores discutem se a proibição é a melhor maneira de tratar do assunto em sala de aula e se a lei não vai na contramão das discussões sobre uso da tecnologia para aprendizagem e sobre a necessidade de formação dos professores nesta área.

Para você Professor...

Você Sabia...

Que existem sites que trazem como propostas cursos e mini cursos online para professores e que muitos destes são gratuitos e disponíveis 24horas???


Pois bem, a internet é um meio de comunicação e uma rede de informações que pode trazer para você e sua escola muitos benefícios. Há algum tempo cursos à distancia (EAD) estão ganhando espaço e credibilidade entre profissionais, principalmente, da educação. Tais cursos abordam diversos temas e conteúdos, de acordo com suas escolhas e objetivos. 

Logo abaixo você encontrará um de nossos parceiros, a Revista Nova Escola, que possui uma página especial com cursos em diversas dimensões. Basta você clicar e conferir.


Site: http://www.cursosnovaescola.org.br/eduead/

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Tecnologia Assistiva


Programas Gratuitos
Voltado para esse movimento de inclusão das pessoas com algum tipo de deficiência, o Governo Federal  disponibiliza gratuitamente no site da Câmara dos Deputados , vários links para download de tecnologias assistivas.
Um deles é o eViaCamque possibilita o controle do mouse por meio de movimentos da cabeça. Com a ferramenta, o clique do mouse é acionado fixando-se por alguns segundos o ponteiro do mouse na região desejada na tela. Para acessá-lo basta ter uma webcam conectada ao computador do usuário.
Outro programa disponível é o DOSVOX, que consiste num sistema de leitura de tela com voz digital que permite à pessoa com deficiência visual utilizar o computador. A única exigência para o pleno funcionamento do DOSVOX é ter um computador com saída de som.

















Abaixo você pode conferir três Links de Recursos Gratuitos de Tecnologia Assistiva disponíveis para download:

eViaCamControle do mouse por meio de movimentos da cabeça. O clique do mouse é acionado fixando-se por alguns segundos o ponteiro do mouse na região desejada na tela.Webcam conectada ao computador PC.Windows e Linux
Software aberto GNU/GPL v3.
Head MouseControle do mouse por meio de movimentos da cabeça. É possível configurar diferentes movimentos para o clique do mouse.Webcam conectada ao computador PC.WindowsSoftware gratuito desenvolvido pela Escola Politécnica Superior da Universidade de Lleida, na Espanha.
DOSVOXSistema de leitura de tela com voz digital que permite à pessoa com deficiência visual utilizar o computador.Computador  PC com saída de som. Software gratuito desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ.