segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Universitários criam - bronca digital - 

30/09/2013 - Estudantes desenvolvem software que permite aos cidadãos apontarem os principais problemas de suas cidades


Além de ser um meio de informação, interação social e pesquisa de conteúdo, a internet tornou-se uma ferramenta de protesto e alerta da população. Na era da ‘bronca digital’, tudo pode ser postado e compartilhado, desde buracos nas ruas a relatos de roubo.

Na região, estudantes e ex-alunos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos, criaram um aplicativo de celular e um site, pelos quais o cidadão pode monitorar os problemas de sua cidade.

O Cidadera foi lançado em agosto e já registrou mais de 900 problemas em todo Brasil. Destes, apenas 25 foram resolvidos, segundo o site. Em Ribeirão Preto, as principais reclamações são de buracos no asfalto e pichações.

Mais ideias

O site “Onde Fui Roubado” e o grupo do Facebook “Crimes USP-RP” são outros exemplos de criações que fazem do internauta um cidadão participativo. (Leia mais abaixo).

“Nós fomos motivados por essa onda de protestos. As pessoas têm que tomar alguma atitude e usar o conhecimento que têm para melhorar o país”, afirma um dos idealizadores do Cidadera, o engenheiro físico Victor Stabile, de 25 anos.

Ele afirma que a ideia é tratar um buraco na rua, por exemplo, como um vírus de computador. Através do aplicativo, o cidadão poderá acompanhar a remoção do “bug”.

“Hoje as pessoas não têm visibilidade de tudo que está errado nas cidades e qual o tempo que a prefeitura demora para resolver a reclamação. A opção ‘Protesto’ funciona como o ‘curtir’ do Facebook. Assim é possível saber quais os problemas mais relevantes”, explica o engenheiro.

Novos projetos

Os criadores do aplicativo pretendem oferecer uma plataforma de gestão das reclamações às prefeituras e elaborar uma comparação entre cidades do mesmo porte.

“Queremos estar próximos das prefeituras para que os problemas sejam solucionados. Esperamos que outras cidades tenham essa mesma iniciativa”, diz Victor.

Facebook rastreia crimes na USP

Dois estudantes de Informática Biomédica da USP de Ribeirão Preto criaram o grupo “Crimes USP-RP” no Facebook, para alertar alunos, professores e frequentadores do campus sobre crimes que acontecem na universidade.
“Mostramos os pontos mais perigosos e horários de assalto”, diz um dos criadores do grupo, Augusto Nery, de 20 anos.

Para publicar, a pessoa deve curtir a página e enviar uma mensagem aos criadores com os dados da ocorrência. Depois, as informações são postadas no grupo sem identificar a vítima.

Site disponibiliza dados informais sobre violência

Dois estudantes de Ciências da Computação da Universidade Federal da Bahia criaram um site onde a vítima de um crime pode registrar onde, quando e que tipo de violência sofreu. A página “Onde fui roubado” já tem 19 denúncias em Ribeirão Preto.

“O registro possibilita compartilhar com seus amigos um fato desagradável que aconteceu com você. E o objetivo é que as pessoas possam se prevenir e cobrar atitudes dos órgãos responsáveis, para combater tais acontecimentos”, afirma um dos idealizadores do site, o estudante Fillipe Norton.

No entanto, segundo a Polícia Militar (PM), é com base nos boletins de ocorrência que as ações de polícia investigativa e preventiva podem ser tomadas. A PM orienta às vítimas de crimes que procurem uma delegacia de polícia para realizar o registro formal da ocorrência.

Os dados são colocados em um programa de computador que mapeia os locais onde ocorreram os crimes no estado de São Paulo.

Professores

Projeto Institucional: orientação sexual


Objetivo geral
Contribuir para o desenvolvimento pessoal e a responsabilidade sexual dos alunos.

Objetivos específicos
- Para gestores Formar professores e funcionários e criar uma cultura escolar de atenção a temas de saúde e responsabilidade sexual.
- Para os professores Articular os temas de sexualidade com os conteúdos das disciplinas.
- Para os funcionários Compreender a política de orientação sexual da escola, atuando perante os alunos de forma coerente com a proposta.
- Para os alunos Desenvolver atitudes assertivas em relação ao conhecimento do próprio corpo e ao comportamento sexual.

Tempo estimado
De seis meses a um ano.
Desenvolvimento
1ª etapa Diagnóstico
Organize reuniões com as várias equipes de profissionais da escola - gestores, professores e funcionários. Forme subgrupos de acordo com afinidades profissionais e peça que eles falem sobre como os alunos se referem à sexualidade e elenquem comportamentos preocupantes que possam exigir intervenção. É nesse momento que se constata, por exemplo, que uma turma está desinformada em relação às transformações corporais pelas quais meninos e meninas estão passando ou que existem casos de desrespeito ao gênero e à diversidade sexual. Sistematize esses dados ao fim da reunião, pois eles serão úteis na avaliação do projeto.

2ª etapa Definição de foco
Com base no diagnóstico, estabeleça as prioridades. Como a Orientação Sexual é uma área ampla, defina um tema para desenvolver e assim não correr o risco de falar de muitos assuntos, porém com superficialidade. Defina os objetivos das ações para cada série e as temáticas a ser trabalhadas. Não se esqueça de identificar os profissionais que ficarão responsáveis pelas atividades, o tempo de duração, onde e como elas serão realizadas e os materiais. Veja o exemplo:
6º ano 
Objetivo Conhecer as mudanças da puberdade e aprender a lidar com elas, sensibilizando para o cuidado com o corpo. 
Conteúdo Higiene, mudanças físicas na puberdade e expectativas pessoais e sociais. 
Responsável Professor de Ciências. 
Quando Durante o seu período de aula. 
Material Jogos sobre o corpo humano.

3ª etapa Divulgação
Realize um encontro com a comunidade escolar interna para deixar claros os objetivos sistematizados na fase anterior. Em seguida, o mesmo deverá ser feito com as famílias dos estudantes. Não é necessário um evento exclusivo para isso. O projeto pode ser apresentado durante uma reunião de pais, mas é importante a participação da direção e dos docentes envolvidos. Faça uma apresentação com dados e índices que justifiquem a importância do projeto. Se algum pai se mostrar contrário, chame-o para uma conversa em particular e coloque-se à disposição para tirar dúvidas. Vale mostrar os bons resultados alcançados em outras escolas. Para os alunos, as atividades podem ser comunicadas, de acordo com a rotina da escola, durante a aula do professor responsável.

4ª etapa Preparação das equipes
A formação em Orientação Sexual exige conhecimentos sobre o desenvolvimento da sexualidade na infância e na adolescência, prevenção e vulnerabilidade, além do manejo de grupo e a aplicação de metodologia compatível com o que se busca alcançar. Uma opção é chamar consultores ou instituições especializadas. Outra é usar os cursos oferecidos pela rede de ensino. A Secretaria de Saúde pode complementar com conhecimentos específicos - como a prevenção de DST/AIDS - promovendo palestras com profissionais da área. Nos encontros pedagógicos, abra espaço para a conversa sobre sexualidade. Organize encontros com os funcionários, explique os projetos e defina a função de cada um a fim de que os objetivos sejam alcançados. Solicite que eles discutam, façam sugestões e indiquem como vão colaborar. Os monitores e os profissionais da limpeza e da segurança, por exemplo, podem relatar aos gestores se observarem comportamentos que provoquem constrangimento - como carícias em público, atitudes de discriminação sexual - ou se identificarem cenas de invasão de privacidade, como alunos fotografando partes íntimas de colegas sem consentimento.

5ª etapa Implantação do modelo
Antes de expandir o projeto para toda a escola, comece com apenas algumas turmas. Um piloto sempre ajuda a ajustar o programa desejável à realidade da instituição. O ideal é escolher as classes em que os alunos apresentem dúvidas e demonstrem mais abertura em dialogar sobre o assunto. Durante o piloto, a equipe gestora avaliará a adequação do conteúdo proposto para os alunos, o interesse deles, a desenvoltura do professor, a adequação do tempo e espaço para a realização das atividades e o impacto do trabalho. Para tanto, é imprescindível desenvolver instrumentos de acompanhamento do processo.

6ª etapa Monitoramento e avaliação
Para cada resultado que se espera, é importante ter instrumentos capazes de medi-los. Leia o artigo de José Ricardo Aires, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que apresenta critérios para diferentes objetivos. Se o propósito é diminuir o número de gravidez na adolescência, é preciso, no início do projeto, levantar os índices e acompanhar a evolução ao longo do ano. A escola pode também fazer uma parceria com o posto de saúde mais próximo e combinar o envio anual de um relatório sobre o número de alunos que passaram a usufruir dos serviços disponíveis - sinal de que eles estão se preocupando com a saúde. Periodicamente, verifique se professores e funcionários estão envolvidos no processo. Promova encontros regulares com os responsáveis pelas atividades para discutir os avanços e rever os procedimentos planejados e a necessidade de suporte técnico. 

Coordenador

Diagnósticos duvidosos de TDAH

Antes de atribuir o fracasso do aluno ao Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), é preciso uma investigação cuidadosa


Na última década, o diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tomou conta das escolas brasileiras. O aluno com baixo rendimento - que demonstra dificuldades em se concentrar e seguir instruções, necessita de um tempo maior para finalizar as tarefas e apresenta inadequação comportamental e impulsividade - é encaminhado para um psiquiatra ou um neurologista. Após a realização de testes que confirmam o TDAH, o médico receita estimulantes à base de metilfenidato - conhecidos comercialmente como Ritalina ou Concerta -, capazes de melhorar a concentração. Às vezes, um acompanhamento psicoterápico complementar também é indicado. 

Entretanto, antes de aceitar o discurso médico na escola, precisamos encará-lo com um olhar crítico. No meio científico, há controvérsias sobre o TDAH. Não se sabe ao certo se as causas do transtorno são orgânicas ou sofrem influência do meio. Além disso, alguns especialistas colocam em xeque a precisão do diagnóstico argumentando não ser possível estabelecer limites objetivos entre o TDAH, outras desordens de comportamento e o comportamento normal. 

Uma coisa, porém, é consenso: existe um excesso de diagnósticos médicos e de prescrição de estimulantes. Uma pesquisa feita em escolas públicas de Campinas, a 93 quilômetros de São Paulo, revelou que muitas crianças diagnosticadas com TDAH tinham, na realidade, problemas de visão. Ao começar a usar óculos, 57% delas melhoraram a concentração e 51,1% passaram a concluir tarefas que antes não conseguiam terminar. Outro estudo, conduzido pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), analisou 31 produções científicas sobre o metilfenidato. Todas davam parecer favorável à droga. Contudo, 87% das publicações apresentaram conflito de interesse, pois haviam sido realizadas em coautoria com laboratórios de medicamentos ou financiadas pela indústria farmacêutica. 

O filósofo e professor francês Michel Foucault (1926-1984) alertou sobre o processo de medicalização da sociedade. Para ele, o diagnóstico deve ser questionado quando a natureza social dos fenômenos é omitida. Observemos, por exemplo, a rotina da infância hoje. Há crianças que passam mais de oito horas por dia no computador e se entediam rapidamente diante de brinquedos que em outros tempos as convidavam a pensar, interagir, fantasiar e criar. Será que o excesso de estímulos eletrônicos não contribui para a falta de concentração? 

Não é possível compreender o comportamento humano sem levar em conta a cultura. Antes de atribuir o baixo rendimento escolar a um problema clínico e transferir aos médicos a responsabilidade pela aprendizagem, deve-se fazer uma cuidadosa investigação pedagógica: observar as situações em que o aluno se comporta de modo inadequado e aquelas em que ele responde positivamente, identificar as variáveis que influenciam no desempenho - como a adequação dos materiais didáticos, a estrutura do espaço físico, o nível de ruído, a motivação da equipe e a gestão da aula - e refletir sobre como mudar esse cenário. Não somos onipotentes, mas precisamos reconhecer que a ação do professor é determinante no processo de aprendizagem.

Diretor

Espaço para a sensibilidade

Ao incentivar a presença da estética, o gestor alia alegria e fruição a um trabalho sério e dinamiza as relações interpessoais



Há muitos anos, em Belo Horizonte, trabalhei numa escola em que a equipe de direção resolveu substituir os sinais de entrada e saída das aulas por músicas variadas. Ainda me lembro de apertar o passo quando me aproximava da escola e Marcos e Paulo Sérgio Vale já estavam no meio da canção Viola Enluarada ou Milton Nascimento já ia longe na suaTravessia. E também dos meninos e meninas parados na porta da sala aproveitando os últimos versos de A Banda, de Chico Buarque, antes de entrarem para as atividades. 

Anos depois, em Santos, cidade do litoral paulista, fui fazer uma palestra numa escola que estava promovendo uma exposição de trabalhos de familiares dos alunos. Ali estavam fotografias feitas pelo pai de um, arranjos de flores da mãe de outro, esculturas de um avô, bordados delicados de uma tia. A diretora estava orgulhosa da alegria das crianças e dos jovens ao mostrar para os colegas e professores aquelas produções. 

Uma escola de São Paulo, para comemorar o Dia do Índio, em vez de pintar o rosto dos pequenos ou colocar penas na cabeça deles, organizou um encontro com indígenas de uma tribo próxima. Eles contaram fatos de sua história e ensinaram a fazer algumas peças típicas do artesanato deles. Dava gosto ver as meninas se enfeitarem com as tornozeleiras feitas por elas mesmas e os garotos escolherem lascas para fazer um pente. 

A arte pode entrar na escola por muitas portas, diferentes das que já se encontram estabelecidas. Essas, porém, nem sempre estão abertas para o que não é considerado curricular. Por isso, vale pensar na possibilidade de trazer a arte e estimular a sensibilidade não apenas em momentos já previstos - em aulas de disciplinas específicas, em eventos incluídos nos programas, em visitas a museus ou na realização de shows musicais. Abrir um espaço no recreio para que alunos e professores cantem ou toquem, exibir um vídeo curto feito por um grupo, ouvir alguém ler um poema ou uma crônica que estava guardada numa prateleira da biblioteca ou numa gaveta da sala dos professores - tudo isso amplia a vida. Nesse espaço, se estabelece uma conexão profunda entre a ética e a estética como dimensões do trabalho educativo. 

Philippe Meirieu, educador francês, aponta que "a escola não é apenas um lugar de acolhimento ou de passagem" e que "uma sala de aula não é um grupo de pessoas escolhidas em razão de suas afinidades. (...) É um espaço e um tempo estruturados por um projeto específico que alia, ao mesmo tempo e indissociavelmente, a transmissão de conhecimentos e a formação de cidadãos". Por isso, cabem nela - e se conectam - fazeres, saberes, quereres e sentires. 

A presença da sensibilidade no trabalho realizado pelos gestores amplia as possibilidades de dinamizar as relações no contexto escolar, de aliar a seriedade e o rigor à alegria e à fruição. O pensador alemão Ernst Fischer (1899-1972), em seu livro A Necessidade da Arte, faz referência à função que tem a experiência estética para os seres humanos: expressão, comunicação e transcendência. Isso tem a ver com os princípios da ética, com o que torna a vida mais plena, em qualquer lugar em que ela se manifeste. Especialmente no espaço escolar.
Orientação sexual (projeto institucional)

Objetivos - Envolver professores e pais no trabalho de orientação sexual dos estudantes.
- Desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o próprio e o do outro).
- Refletir sobre diferenças de gênero e relacionamentos.
- Dar informações sobre gravidez, métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
- Conscientizar sobre a importância de uma vida sexual responsável.
Conteúdos- Corpo humano
- Diferença de gêneros
- Sexualidade
- Gravidez

Desenvolvimento 1ª etapa
Preparação da escola e da comunidade:

Capacitação da equipeProfessores e funcionários devem estar preparados para lidar com as manifestações da sexualidade de crianças e jovens. Um curso de capacitação sobre os principais temas (como falar e agir com crianças e adolescentes; prazer e limites; gravidez e aborto; DSTs etc.) é o mais indicado. Além disso, os formadores podem ajudar a identificar os conteúdos das diversas disciplinas que contribuem para um trabalho sistemático sobre o tema.

Envolvimento dos paisFaça uma reunião com as famílias para apresentar o programa. Aproveite para falar brevemente sobre as principais manifestações da sexualidade na infância e na adolescência.

Formação permanenteOrganize um grupo de professores para estudar temas ligados à sexualidade e discutir as experiências em sala de aula.


2ª etapa O trabalho em sala de aula exige atenção do professor às atitudes e à curiosidade das crianças, pois são elas que vão dar origem aos debates e às atividades propostos a seguir.

Diferenças de gêneroBaixar a calça e levantar a saia são sinais de curiosidade. O livro Ceci Tem Pipi?, de Heloisa Jahn e Thierry Lenain, explora as diferenças físicas e comportamentais entre meninos e meninas. Pergunte quem tem pipi. E quem não tem? Tem o quê? Diga que a vagina é o “pipi” das meninas. Estimule o debate sobre o que é ser menino e menina, levantando questões como: uma garota pode subir em árvores? Escreva as respostas no quadro e converse com a turma.

O corpo e o prazerÉ normal que os pequenos toquem os genitais para ter prazer e conhecer o próprio corpo. Proponha a descoberta de outras formas de satisfação na escola, como brincar na areia e na terra ou com água. Deixe-os explorar esses elementos no parque e incentive-os a falar sobre o que sentiram e sobre as partes do corpo que dão prazer, inclusive o pênis e a vagina. Diga que é normal tocá-los, mas que essas são partes íntimas e, portanto, não devem ser manipuladas em locais públicos. Finalize lembrando-as das outras maneiras de ter prazer na escola.

Relação sexualCaso uma criança tenha visto uma cena de sexo na TV, certamente comentará com os colegas. O livro A Mamãe Botou um Ovo, de Babette Cole, relaciona sexo, concepção e nascimento. Todos sabem como nasceram? Levante as dúvidas e comente que sexo é coisa de adultos. Mostre bonecos que tenham pênis e vagina e deixe a garotada explorar as diferenças.

GravidezSe alguma professora ou alguém próxima à garotada estiver grávida, certamente a turma ficará curiosa. Fale sobre o desenvolvimento do bebê, desde a concepção até o nascimento (cartazes ajudam muito). Uma música boa para tocar é De Umbigo a Umbiguinho, de Toquinho. Explique o processo físico de evolução, ouça as perguntas e responda-as de forma simples e direta.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Chega de papelada! Conheça um aplicativo para ajudar você a se organizar


Tablet com o aplicativo Evernote. Foto: André Menezes
Você, professor, sabe bem como os papéis dominam boa parte de sua vida. São listas de coisas a fazer, cadernos de planejamento, diários de classe, textos utilizados em sala, anotações de encontros pedagógicos… enfim, uma infinidade de documentos que você precisa carregar para cima e para baixo.
Para facilitar a administração dessa papelada toda, existem – ainda bem! – diversos aplicativos. Um dos melhores disponíveis é o Evernote. Com versões para celulares, tablets e computadores, ele serve como um grande bloco de notas capaz de substituir boa parte dessa pilha de papéis. Abaixo, pensamos em quatro maneiras de organizar sua vida utilizando o app. Aproveitem!

Registre notas como quiser

Além de criar anotações usando o teclado de seu aparelho, é possível fazer notas em áudio, vídeo ou manuscritas. Essas ferramentas podem ser úteis para registrar momentos em sala de aula, em que não dá para ficar digitando na tela dos aparelhos.

Anexe arquivos a suas notas

O aplicativo permite que você anexe documentos a suas anotações. Ao usá-lo para planejar uma aula, por exemplo, você pode anexar os materiais que passará aos alunos. Também é possível guardar e organizar textos que você usa para sua formação pessoal.

Organize melhor seus arquivos e anotações

Você pode agrupar suas notas em cadernos (como “pastas”) e etiquetas. Uma maneira bacana de se organizar é separar as notas por sala em que você leciona e separar os assuntos (Avaliações e Planos de Aula, por exemplo) como categorias. Assim, fica mais fácil encontrar tanto os conteúdos relativos a uma turma quanto aqueles que falam de um tema específico.

Não se esqueça de nada

O aplicativo permite que você crie checklists e associe lembretes a suas notas. Assim, você não esquece nada do que precisa fazer. Na hora de planejar sua semana, crie uma lista com as coisas que pretende informar aos alunos. E use os lembretes para não esquecer datas importantes, como o dia de fechamento do bimestre.

Evernote

O que faz? Administra e armazena notas e documentos
Por que é legal? Ajuda a organizar a vida de quem precisa lidar com muitos papéis
Plataformas Android, iOS, MAC e PC
Preço Gratuito na versão mais simples, com os recursos citados no post. A versão premium custa 10 reais por mês ou 90 reais por ano.
Onde baixar https://evernote.com/intl/pt-br/evernote/
Fusões e Aquisições
Conselho da Abril Educação aprova programa de recompra de ações 
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:20 hs.


O Conselho de Administração da Abril Educação (ABRE11) aprovou o primeiro programa de recompra de ações para permanência em tesouraria para utilização no atendimento ao exercício das opções de compra de ações pelos beneficiários de planos de opção de compra de ações ou outros instrumentos que a companhia tenha aprovado.

Segundo a companhia, serão adquiridas no máximo 7.837.730 ações, que representam 3% do total de ações da empresa, devendo ser observada a proporção necessária para formar units de emissão da Abril Educação.

O prazo do programa será de 365 dias, a contar desta terça-feira (24), data da divulgação desse fato relevante.

A operação será intermediada pelo Banco Itaú Unibanco, Banco Bradesco e HSBC Bank Brasil.

A Abril Educação informou ainda que estabelecerá a oportunidade e a quantidade de ações a serem adquiridas em observância aos limites e ao prazo de vigência estabelecido no programa. 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

USJ é destaque entre as universidades de Santa Catarina 
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:27 hs.
24/09/2013 - No Ranking Universitário da Folha, a instituição aparece em terceiro lugar, atrás apenas da UFSC e da Unisul

O Centro Universitário Municipal de São José - USJ aparece entre as instituições mais bem conceituadas do Brasil no Ranking Universitário da Folha, promovido pelo jornal Folha de São Paulo. Administração de Empresas, Ciências Contábeis e Pedagogia foram os cursos do USJ avaliados no ranking.

Administração de Empresas alcançou o 77º lugar, entre 1.479 cursos de Administração avaliados. Aparece no terceiro lugar no Exame Nacional do Ensino Médio (Enade) e em 156º lugar em docentes com Doutorado. A graduação em Ciências Contábeis está na 64ª posição da lista do ranking de 748 universidades. Está na 36ª colocação do Enade e em 118º lugar em docentes com Doutorado. Já Pedagogia aparece na 181ª colocação, entre 897 instituições que oferecem o mesmo curso. Está na 205ª posição no Enade, e é o 242º em docentes com Doutorado.

Entre as universidades catarinenses, o USJ se destaca no terceiro lugar, atrás apenas da UFSC e da Unisul (16ª e 56ª na classificação geral, respectivamente). Conforme a pesquisa, as regiões Sul e Sudeste concentram 19 das 25 melhores universidades do país.

O cálculo foi feito com base nas notas recebidas nas duas pesquisas feitas pelo Datafolha para o RUF, com avaliadores do MEC e com empregadores. Foram 192 universidades avaliadas em todas as regiões do país. A análise partiu de cinco indicadores de qualidade, subdivididos em 16 subindicadores que geram rankings independentes. A avaliação contempla as 30 carreiras com maior número de estudantes matriculados em 2011 (último dado disponível no instituto de pesquisa do MEC, o Inep).

Para a reitora do USJ, Jaqueline Zarbato, o ranking comprova a qualidade do ensino promovido na instituição, que conta com um quadro de professores qualificados e oferece ao mercado profissionais que somam ao crescimento da cidade. “A classificação ultrapassou várias instituições públicas do Estado de Santa Catarina e do Brasil. Isso representa a consolidação e a importância do USJ e de seus cursos nas áreas de Administração, Ciências Contábeis, Pedagogia, Ciências da Religião. Formamos profissionais que contribuem de forma efetiva para o desenvolvimento social, econômico, educacional de São Josɔ, observa a reitora.

FONTE: Prefeitura de São José

Garimpo na internet: três sites que você precisa conhecer e compartilhar


Esta semana, temos três sites bacanas para indicar a vocês:
O QUE TEM: Simulado para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
É BACANA PORQUE… É gratuito, permite o login de alunos e de educadores, que podem acompanhar o desempenho da sua turma. Após responder às questões das quatro áreas incluídas no exame, o estudante recebe sugestões de conteúdos e aulas online para resolver seus pontos fracos e melhorar seu resultado.
O QUE TEM: Construção colaborativa de poesias
É BACANA PORQUE… Os poetas José Santos e Sérgio Vaz, criador do sarau da Cooperifa, lançam um verso inicial e ao curtir a página você tem direito de contribuir com o texto coletivo. A cada semana, há um tema. Amor foi o primeiro e você já pode ver o resultado lá.
SITE: Porvir
O QUE TEM: Notícias sobre inovações em Educação
É BACANA PORQUE… Reúne ideias inspiradoras e projetos já realizados no Brasil e em outras partes do mundo na área educacional. Tem artigos, entrevistas, indicação de eventos e cursos, cobertura de eventos e lista de notícias da área.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ensino Superior
Piso nacional do professores: estados defendem reajuste menor em 2014 
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:40 hs.
23/09/2013 - Governadores entregaram ao governo federal documento que propõe nova fórmula de cálculo do piso

Governadores de pelos 27 estados se uniram para sugerir uma nova fórmula do cálculo de correção dos salários dos professores da educação básica a partir do ano que vem. Estudos preliminares do governo federal apontam um aumento de 19% em 2014, mais do que o dobro do que os 7,97% concedidos à categoria no início deste ano. O documento, com uma nova sugestão de cálculo, foi entregue ao Executivo na semana retrasada. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, se aplicado já no ano que vem, o índice seria reduzido a 7,7%. Hoje, nenhum docente pode receber menos do que R$ 1.567.

Hoje o cálculo segue a variação do gasto por aluno no Fundeb, que depende do volume de impostos a ele destinados e do número de alunos da rede pública do ensino fundamental. Para os governadores, a solução é reajustar o piso com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE) do ano anterior acrescido de 50% da variação real (descontada a inflação) do fundo.

Há ainda uma proposta defendida pela CNTE, entidade que representa os trabalhadores da educação básica, que ficaria em torno de 10%. Uma mesa de negociação, organizada pelo Ministério da Educação, está tratando do tema com o objetivo de chegar a um consenso sobre uma nova fórmula de reajuste, a ser aprovada pelo Congresso. 

A proposta dos trabalhadores estabelece o INPC mais 50% da variação nominal (sem descontar a inflação) do Fundeb. O argumento é de que o piso dos professores --pouco mais do que o dobro do salário mínimo-- ainda é muito baixo, o que contribui para o apagão dos profissionais na sala de aula.
Fonte: TERRA

Ensino Superior
Cursos restritos também têm caminhos alternativos 
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:35 hs.
23/09/2013 - Escolher o curso universitário é difícil, mas a decisão pode ser ainda pior se a opção desejada não é ofertada na cidade em que se mora. Mas existem formações alternativas para seguir a carreira desejada sem precisar fechar as malas e sair de casa. 

De olho no curso de Engenharia Aeronáutica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a estudante do terceiro ano do ensino médio Fernanda de Pieri, 17 anos, participa de aulas especiais que preparam para os vestibulares de Exatas em provas mais específicas, como é o caso da seleção do ITA.

Mas, mesmo com os pais de Fernanda se preparando para mudar de cidade caso a filha consiga entrar no ITA, a estudante pretende prestar no fim do ano vestibular para Engenharia Mecânica em quatro universidades de Curitiba. ?Já sabia desde o primário que queria fazer alguma Engenharia, tenho afinidade com a área de Exatas?, diz Fernanda. 

Para a psicóloga Rafaela de Faria, do Instituto de Coaching e Orientação Profissional, antes de definir se vai fazer um curso fora, o estudante deve estar ciente de que o caminho até a formatura pode ser mais difícil. O aluno precisa olhar para si e ver se está disposto a encarar todos os obstáculos para alcançar esse objetivo e saber se tem os recursos para encarar a opção ou não, disse Rafaela.

Com a decisão pelo curso feita, é hora de definir onde se pretende estudar. ?É necessário verificar em quais cidades o curso é ofertado, ver o procedimento de ingresso dessas instituições e pesquisar se é necessário fazer algum cursinho específico para a área?, diz Rafaela. 

Ainda para a psicóloga, buscar outras possibilidades para estudar o mesmo tema pode ser uma boa ideia. ?O aluno deve pesquisar muito e, quando o plano A não for possível, deve partir para o plano B?.

Conheça a seguir alguns cursos não ofertados em Curitiba e sugestões de caminhos alternativos para trabalhar na mesma área:

Meteorologia é a ciência que estuda a atmosfera da Terra e seus fenômenos, com o objetivo de entender os processos químicos e físicos que determinam o estado da atmosfera, além de investigar e avaliar as condições atmosféricas. O curso de Meteorologia é ofertado em oito universidades brasileiras (USP, UFAL, UFPB, UFCG, UFRJ, UFPEL, UFSM, UEA), todas fora do Paraná. 

Alternativa

Se a intenção é seguir a área operacional da meteorologia e trabalhar com a previsão do tempo, não existem muitos caminhos alternativos. Mas os interessados em fazer pesquisa acadêmica na área podem fazer a graduação em Física, Matemática ou Engenharia Ambiental antes de partir para um mestrado.

O meteorologista do Simepar, Lizandro Jackobsen (foto acima), teve de se mudar de sua cidade natal para Pelotas para cursar a graduação. ?Nunca é fácil sair de casa quando se é novo. Eu fui morar na Casa do Estudante, que nem sempre é muito bom, principalmente por ter muita gente no mesmo lugar. Eu voltava para a casa dos meus pais para recarregar a energia?, diz. Outra meteorologista do Simepar, Sheila Paz (também na foto), alerta que o curso não é fácil. ?Tem gente que tem uma ideia que vai estudar as nuvens e a chuva no curso. Isso não é verdade. São três semestres de Física e cinco de Cálculo, que fazem o aluno começar pelas Exatas para depois estudar a parte mais técnica?.

Educomunicação

A única graduação do país em Educomunicação é na USP. O curso se baseia na utilização dos meios de comunicação para fins educacionais e, depois da formatura, pode-se atuar em instituições de ensino de diferentes níveis, em ONGs, em empresas e em métodos de educação a distância.

Alternativa

Buscar um curso de graduação que pode ser na área de Comunicação, Pedagogia, ou relacionado à Licenciatura, por exemplo. Depois disso, o aluno pode se especializar em cursos de extensão e pós-graduação. Em Curitiba, a FAE Centro Universitário oferece pós-graduação em Educomunicação. A coordenadora do curso, Regina Luque, confirma que não há necessidade que o aluno tenha a graduação na área para exercer a profissão. ?Na pós-graduação, temos alunos de diferentes cursos das humanidades e de licenciaturas?, afirma. 

Engenharia Biomédica

A área de Engenharia Biomédica possui duas vertentes principais de atuação profissional: a produção de equipamentos médicos em fábricas e na área hospitalar, na manutenção e compra de materiais, segundo Bertoldo Schneider Júnior, coordenador do mestrado profissional em Engenharia Biomédica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). O curso de graduação é oferecido em universidades como UFPE, em Pernambuco, FUMEC, em Minas Gerais e nas paulistas PUCSP, USP, UFABC, UNIVAP e UFESP. 

Alternativa

Engenharia Aeronáutica (foto)

Curso ofertado no ITA e na USP São Carlos, Engenharia Aeronáutica prepara os alunos para projetar e construir diferentes tipos de aeronaves (como aviões, helicópteros, foguetes e satélites). Os profissionais da área são responsáveis também pelo processo de manutenção, pela realização de reparos e pela inspeção periódica da estrutura e dos equipamentos de controle aéreo, além da construção de aeroportos, planejamento de linhas e gerenciamento de tráfego aéreo.

Alternativa

Cursos técnicos oferecidos pela Universidade Tuiuti (Pilotagem Profissional de Aeronaves e Manutenção de Aeronaves) e pelo Centro Tecnológico do Positivo (Pilotagem Profissional de Aeronaves e Gestão do Transporte Aéreo). Segundo o coordenador do Curso de Manutenção em Aeronaves da Tuiuti, Rodolfo Perdomo, a diferença entre os técnicos e o curso universitário é a natureza: um bacharelado em Engenharia tem pelo menos 3.600 horas, enquanto um técnico tem cerca de 2.400 horas. ?Por isso, fazer um curso técnico aliado a um curso universitário de Engenharia Mecânica pode dar para o aluno uma formação muito parecida ao curso de Engenharia Aeronáutica?, explica Rodolfo.

Física Médica

O curso de Física Médica mistura os estudos de Química, Física e Medicina e o profissional formado atua no desenvolvimento e acompanhamento de tratamentos médicos que exigem o manuseio de equipamentos de radioterapia e de diagnóstico por imagem. Entre as universidades que oferecem o curso estão a UFS, de Sergipe, e a USP, UNESP, e Unicamp em São Paulo.

Alternativa

Mesmo o aluno que se forma em Física Médica precisa seguir para uma residência ou especialização em hospitais que fornecem experiência nessa área, a maioria no Sudeste. ?Assim, um aluno formado em uma graduação de Física ou Química pode seguir para esse mesmo curso e atuar nos hospitais sem problemas?, explica a professora do curso de graduação em Física Médica da Universidade Federal do Sergipe (UFS) Ana Figueiredo Maia, doutora na área. O curso de graduação e a residência levam cerca de sete anos para serem terminados. Depois disso, é indicado que o aluno faça a prova da Associação Brasileira de Física Médica. ?Como nem a profissão de físico nem a de físico médico são regulamentadas, a prova não é obrigatória, mas ela é muito valorizada pelo mercado?, finaliza Ana.
ser interdisciplinar e poder ser cursada por alunos de diferentes áreas (como da Saúde, de Exatas e até de Administração), uma graduação na área de Engenharia ainda é necessária dependendo da atuação profissional desejada. ?Podemos ter alunos de quase qualquer graduação, mas aqueles que desejam ser engenheiros biomédicos precisam de uma graduação em Engenharia, pois a profissão da pessoa é definida pela graduação?, diz Bertoldo.
Fonte: Gazeta do Povo - Curitiba/PR

Explorando portadores de textos com as crianças


Aprender as características dos portadores de texto desde cedo ajuda as crianças a preverem que tipos de conteúdos encontrarão neles
Aprender as características dos portadores de texto desde cedo ajuda as crianças a preverem que tipos de conteúdos encontrarão neles
Um portador de texto é um objeto que carrega um registro escrito, como jornais, revistas e gibis. Na escola, é importante que as crianças aprendam suas características já no ciclo de alfabetização. Assim, quando se depararem com eles nos anos seguintes, serão capazes de prever que tipos de conteúdo encontrarão neles e em qual formato.
Para orientar os professores nesse trabalho, elaborei o projeto “Explorando portadores de textos” para as turmas do 2º e do 3º do Ensino Fundamental. O programa visa à leitura e à exploração dos diferentes materiais recebidos do Programa Ler e Escrever, da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, composto por gibis, diversas revistas e acervos de literatura para cada turma. O objetivo principal é apresentar às crianças, de maneira sistematizada, as características de cada portador: conteúdo, finalidade, destinatário, imagens, entre outros aspectos.
Como eu desenvolvi as atividades com os professores
Nas reuniões de formação, procuro fazer com os professores o mesmo que eles fariam com as crianças em sala de aula. Portanto, proporciono um momento de exploração dos diferentes portadores de textos, pegando alguns exemplos e discutindo suas características.
O objetivo desse exercício é fazê-los refletir a fundo sobre cada meio e também sobre alguns aspectos ligados ao ensino e à aprendizagem dos portadores de textos. Além disso, é importante que eles percebam a importância de a escola proporcionar um olhar diferenciado para as crianças que estão se iniciando no mundo da leitura e do desenvolvimento de trabalhos de oralidade e de leitura.
Depois dessa atividade, os professores se sentem mais seguros e entendem a importância de também se fazer o que propõem às crianças.
E, na sala de aula, como os professores podem realizar o projeto?
Abaixo, listo como é possível abordar os portadores de textos durante as aulas, tomando como exemplo o gibi. Outros portadores podem ser trabalhados da mesma maneira, desde que se leve em consideração suas especificidades.
1- O professor leva para a sala de aula um portador específico, nesse caso o gibi. Cada criança recebe um exemplar, não necessariamente igual ao do colega.
2- As crianças podem manusear o gibi à vontade.
3- O professor começa, então, a explorar o portador. Ele discute com as crianças o que há em comum em todos os gibis:
• A capa: qual é a história (pode ser sobre a Magali, da Turma da Mônica, por exemplo), quem é o escritor, de que editora é, qual é o número da edição, qual é o preço, o que significa o código de barras;
• Contracapa e capa final;
• Propagandas: a quem elas se destinam e por quê;
• Conteúdo: em um gibi há mais de uma história e, no final de cada parte, sempre aparece a palavra “fim” para indicar que ela terminou;
• Atividades: os gibis oferecem atividades que podem ser feitas na parte “passatempo”;
• Cartinhas de crianças leitoras: em um gibi, existe o endereço, o site e o e-mail da editora para o envio de cartinhas.
4- As crianças podem ler o gibi e trocar entre os colegas.
Essa não é, no entanto, a única possibilidade de trabalho com os gibis. Existem muitas outras, como, por exemplos, explorar os tipos de balões usados pelos autores e as onomatopeias presentes no texto. O importante é planejar cada atividade de acordo com o momento de aprendizagem!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013



Brasil supera média da OCDE de ingresso de estudantes 
19/09/2013 - Censo da Educação Superior
Brasil supera média da OCDE de ingresso de estudantesNa graduação brasileira, a proporção de ingressantes para cada dez mil habitantes, na maioria das áreas do conhecimento, é superior à média dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). É o que revelam dados do Censo da Educação Superior, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
De acordo com o Censo, um dos destaques de 2012 foi o número de ingressantes em cursos ligados às áreas de engenharia, produção e construção. No Brasil, havia 18,8 ingressantes para cada dez mil habitantes nesses cursos. Na média de 2010, para os países da OCDE, foram registrados 15,3. "Estamos crescendo e com uma forte expansão. Quando olhamos os dados de ingressantes vemos o resultado do que tem sido feito", destaca o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Na área de educação, o número de ingressantes para cada dez mil brasileiros chegou a 24,5, quase três vezes a média da OCDE, que em 2010 registrou 8,7.
Outras áreas, como saúde e bem-estar social (16,2 ingressos), ciências, matemática e computação (nove ingressos), também superaram a média em relação aos países da OCDE, com 13,4 e 8,4, respectivamente.
O presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, afirma que esses números comprovam o esforço de inclusão que o Brasil tem realizado nos últimos anos. "Em um país com as dimensões e características como o nosso, o maior indicador de qualidade é a inclusão", explica.
Matrículas — Cursos nas áreas de ciências sociais, negócios e direito lideraram em número de matrículas (2.896.863), ingressos (1.175.716) e concluintes (455.662) na educação superior em 2012.
A área de educação veio logo em seguida, com 1.362.235 matrículas, 488.979 ingressantes e 223.392 concluintes. A de saúde e bem-estar foi a terceira em número de matrículas (961.323) e concluintes (161.575). Em quantidade de ingressantes, os cursos das áreas de engenharia, produção e construção, com 373.665 estudantes, foram a terceira maior opção dos brasileiros em 2012.
O curso de administração teve a maior quantidade de matrículas (833.042), de ingressantes (316.641) e de concluintes (134.027) em 2012. Em seguida, vieram direito, com relação a matrículas (737.271) e ingressos (227.770). Pedagogia registrou o segundo maior número de concluintes (112.137).
As sinopses estatísticas, os microdados e o resumo técnico do Censo da Educação Superior de 2012 serão publicados em outubro, na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na internet. Mais informações pelo telefone: (61) 2022-3660 e no endereço eletrônicoimprensa@inep.gov.br.
Assessoria de Comunicação Social do Inep

Fonte: INEP

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Educação inclusiva
Proposta de consenso já está fechada e será levada ao Senado
Sexta-feira, 13 de setembro de 2013 - 18:08

O Ministério da Educação, em conjunto com uma série de entidades e instituições da educação, construiu, nesta semana, uma proposta de consenso sobre a meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE), que trata do direito à educação inclusiva. O documento será apresentado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que neste momento examina o PNE.

Mediador do diálogo entre diferentes posições de entidades e ONGs que atuam na educação, o MEC recebeu, em Brasília, representantes da Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo (Abraça), Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, Mais Diferenças, Centro de Apoio a Mães e Portadores de Eficiência (Campe), Fórum Nacional de Educação Inclusiva, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). O acordo que resultou na nova redação da meta 4 do PNE foi subscrito por esses representantes.

Ao tomar conhecimento do teor do documento durante a semana, as seguintes entidades decidiram apoiar: Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência (Ampid), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Instituto Rodrigo Mendes, Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferenças da Unicamp, Coordenação da Área de Educação Especial e Inclusão (Debas) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Macaé Evaristo, informa que o texto pactuado sobre a meta 4 do PNE diz: “Universalizar, para a população de quatro a 17 anos, com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades-superdotação, o acesso à educação básica, assegurando-lhes o atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, nos termos do artigo 208, inciso III da Constituição Federal e do artigo 24 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008, com status de Emenda Constitucional e promulgada pelo Decreto nº 6949, de 25 de agosto de 2009”.

A redação resultante do acordo, segundo a secretária, significa que todas as crianças e adolescentes têm direito a um sistema educacional inclusivo com duas matrículas – um período na classe regular no sistema público de ensino e outro no atendimento educacional especializado, de forma complementar. Esclarece também que as entidades filantrópicas conveniadas ao poder público continuam recebendo recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) tal como é feito hoje e sem prazo para acabar.

O documento define, ainda, estratégias sobre parcerias do poder público com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos para uma série de atividades: para criar condições de atendimento escolar integral a estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades-superdotação matriculados nas redes públicas; para formação continuada de professores e produção de material didático acessível; para favorecer e ampliar a participação das famílias e da sociedade na construção do sistema educacional inclusivo.

Conquistas – Dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) mostram que a política de educação especial na perspectiva da inclusão ampliou o acesso de pessoas com deficiência nas redes públicas. O censo escolar de 2012 registrou 820.433 crianças e jovens matriculados. Esse número representa crescimento de 143% com relação a 1998. Naquele ano, 337.325 estudantes com deficiências estavam na escola.

A secretária Macaé aborda outra conquista no campo da inclusão. Em 1998, as matrículas de alunos com deficiência se concentravam em 50% dos municípios, em 2012, elas estavam em 90% das cidades. Mas também existe um desafio, segundo Macaé Evaristo: garantir matrícula a 50 mil crianças e adolescentes, com deficiência, em idade escolar, ainda fora da escola. Ela acredita que a nova redação da meta 4 do PNE será um instrumento de inclusão capaz de auxiliar os gestores públicos a vencer esse obstáculo.

Mudanças físicas nas escolas também são importantes quando se fala em inclusão. Hoje, 37 mil escolas estão preparadas com rampas de acesso, portas largas, piso tátil, banheiros acessíveis a cadeirantes. Essas melhorias foram realizadas com recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Escola Acessível; 28 mil escolas receberam equipamentos para salas de recursos multifuncionais destinadas a apoiar a inclusão: computador com voz, lupa eletrônica, impressora braile; a formação de professores compõe o quadro com 78 mil vagas em cursos de aperfeiçoamento e especialização oferecidos em instituições de ensino superior em todo o país.

Ionice Lorenzoni

terça-feira, 17 de setembro de 2013

ARTIGO - IDADE CERTA PARA ALFABETIZAÇÃO

September 11, 2013 às 10:30 am | Direção - Sonia Abreu

A alfabetização fora da idade certa é um problema que nos afeta e que temos tentado combater
Entre os dramas que fazem parte do dia a dia do diretor (e vocês sabem que são muitos!), um deles tira meu sono: a alfabetização “fora” da idade certa (que o Ministério da Educação estabeleceu como 8 anos). Em todo o Brasil, muitos alunos prosseguem nas séries mais avançadas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio sem dominar a leitura e a escrita. É um problemão que nos afeta também aqui em Itapetininga (SP).
Vocês sabem que neste ano surgiu uma novidade nessa área: o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). Nosso município aderiu a esse programa. O pacto, proposto pelo Ministério da Educação (MEC), prevê que todas as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos de idade, no final do 3º ano do Ensino Fundamental, e oferece recursos para que a meta seja alcançada.
Hoje, vou contar um pouco para vocês o que está acontecendo aqui na minha escola.
Adaptações para enquadramento no programa
Para recebermos os recursos, mexemos na grade curricular, introduzindo o portfólio como instrumento avaliativo nas aulas de História, Geografia, Ciências e Artes. Nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática, continuamos realizando as avaliações mensais e bimestrais.
Também tivemos de designar professores interessados em se tornar orientadores de alfabetizadores nos três primeiros anos do Ensino Fundamental. São eles os responsáveis por formar os colegas depois de passar por uma capacitação de 200 horas oferecida por universidades.
Um de nossos docentes se interessou e passou por avaliações e entrevistas sob coordenação da supervisão escolar do município. Depois disso, ele foi aprovado e iniciou a orientação dos outros colegas nesse trabalho. Ele recebe bolsa de estudos no valor de 765 reais por mês por essa atividade, enquanto os alfabetizadores recebem bolsa de 200 reais. Os dois valores são pagos pelo Fundo Nacional do Desenvolvimento de Educação (FNDE).
Formação continuada de alfabetizadores
Como eu disse, os orientadores passam por uma capacitação. Inicialmente, eles têm uma formação, com encontros de acompanhamento para avaliação permanente e monitoramento das ações. Depois, eles realizam atividades de planejamento e também participam de seminários. O curso, baseado no conceito de pró-letramento, é presencial e coordenado pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) e pelo Centro de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
A formação dos professores alfabetizadores é feita pelos orientadores. Eles participam de cursos de 360 horas, distribuídas ao longo de dois anos, das quais fazem parte encontros presenciais, estudos, atividades extra sala e seminários finais. Os encontros são mensais e sempre retomam o que foi visto no anterior. Neles, os professores socializam as atividades planejadas e realizadas nas turmas de alfabetização, promovendo uma discussão de estratégias didáticas
Materiais que recebemos
Do programa, já recebemos materiais no ano passado e também no início deste ano. Mandaram para a gente obras literárias por meio do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), o acervo de livros didáticos do Programa Nacional de Livro Didático (PNLD), voltados para as turmas do 1º, 2º e 3º anos, kit de jogos pedagógicos para apoio na alfabetização das crianças e obras de apoio pedagógico para o professor.
No que o Pnaic tem nos ajudado?
Ainda é cedo para avaliar os resultados… Então, divido com vocês minhas primeiras impressões.
Percebo que já estamos conseguindo resultados significativos. Os professores, por exemplo, têm repensado suas práticas pedagógicas no dia a dia para melhor atender os nossos alunos. Entre si, eles comentam suas atividades e os resultados que foram obtidos com elas. Os alunos também têm mostrado alguns avanços no seu desempenho nas atividades e nas avaliações.
E quem ganha com tudo isso? Toda comunidade escolar – alunos, pais, professores. Estou apostando todas as minhas fichas nesse novo processo, acreditando que, quando buscamos melhorias, passamos a reconstruir os saberes diversos que possuímos e humildade para confrontá-los, analisá-los e aprendê-los novamente.
E você, diretor ou diretora, quais são suas perspectivas em relação ao Pnaic? Seu município aderiu? Sua escola está participando? O que está dando certo e o que precisa melhorar? Deixe seu comentário e vamos juntos debater o assunto!

Sonia Abreu

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

EDUCAÇÃO INFANTIL - CONTOS....

Os cantos de faz de conta na sala de Educação Infantil
September 10, 2013 às 9:15 am | Educação Infantil - Leninha Ruiz

É importante as crianças brincarem diariamente e assumirem diferentes papéis.
Brincar, jogar e fazer de conta é da natureza da criança, é a atividade da infância por excelência. Então, a escola deve estar atenta a essas ações, observando e planejando intencionalmente esses momentos. Por isso, o canto de faz de conta deve ser um espaço em todas as salas, do berçário até a turma de 5 anos!
São muitas as pesquisas sobre o brincar… Já sabemos, por exemplo, que por volta dos quatro meses de idade, o bebê já desenvolve a parte lúdica. Sabemos também que brincar é constituir-se enquanto indivíduo, compreender o funcionamento do meio, interagir e socializar com outras crianças, com adultos e com objetos.
Quando brinca, a criança tem um comportamento que vai além ao de sua faixa etária, porque ela representa um papel. Se ela brinca que é a professora, por exemplo, ela imita suas falas e seu comportamento e chega a orientar os colegas como se fosse de fato a personagem. Assim, ela experimenta agir como um adulto. O mais interessante é que ela está ciente de que aquilo é faz de conta.
Representar os papéis de mamãe, papai, bebê ou herói evoca emoções e sentimentos que ressignificam situações boas ou ruins. Assim, de alguma maneira, a criança pode estar apenas experimentando agir daquela maneira ou tentando entender como e por que algumas situações ocorrem.
O papel da escola
É falsa a ideia de que a brincadeira surge espontaneamente e não precisa de intervenção do professor. Ela precisa sim! Para brincar, a criança precisa de informações, de espaço e materiais para apoiar e/ou direcionar a brincadeira. E é papel do docente organizar a área, disponibilizar os acessórios e reservar um tempo para que os pequenos brinquem.
Abaixo, vou listar algumas ações que o coordenador pode sugerir para os professores para que a hora da brincadeira seja coordenada e significativa.
ORGANIZANDO O ESPAÇO
• Delimitar um canto da sala com estantes ou móveis;
• Nas salas de 1, 2, 3 e 4 anos, é interessante que tenham dois cantos simbólicos, cada um com uma proposta diferente, para que tenham mais de uma opção de escolha;
• Organizar o espaço com vários objetos, materiais ou brinquedos que sugiram um tema;
• Os acessórios podem ser confeccionados pelos educadores, comprados pela escola ou obtido através de campanha com os familiares;
• Não utilizar estereótipos desnecessários, como colocar florezinhas e carinhas na decoração de tudo. Manter as características sociais e culturais dos objetos, como é no mundo real.
A HORA DE BRINCAR
• Prever esse momento na rotina diária das crianças, possibilitando que elas escolham do que vão brincar e com quem;
• O momento de atividades diversificadas é uma ótima opção, pois a escolha do que fazer é das crianças e, com várias propostas concomitantes, elas têm mais alternativas e podem se unir em diferentes grupos.
AS INTERVENÇÕES DO PROFESSOR

• Observar as interações e brincadeiras que acontecem, tanto para conhecer os fazeres de cada criança como para alimentar o espaço com materiais ou propostas;
• Se a criança lhe oferecer a comidinha que preparou no canto da cozinha, vale “experimentar” e comentar o que achou;
• Ajudar as crianças a manter o canto organizado depois da brincadeira. A atitude de arrumar é mais eficaz que a fala;
• Ficar atento se não está na hora de trocar o tema do canto. É preciso que haja alternância de propostas ao longo do ano.
Para inspirá-los, deixo aqui sugestões de cantos que podem ser organizados nas salas: cozinha, lavanderia, mercadinho, churrasqueira, quarto do bebê, pet shop, garagem ou oficina de carros, fazenda, consultório médico, heróis (com bonecos, prédios confeccionados de caixas, painel, blocos de construção), padaria, sorveteria, castelo e muitos outros!

E na sua escola, as crianças têm oportunidade de representar quais papéis? Compartilhe conosco os cantos de faz de conta que vocês já criaram!