quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Gestão Educacional
Trabalho após os 35 anos: as vantagens da experiência 
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 00:05 hs.
05/12/2013 - Como profissionais mais experientes podem se destacar ao disputarem vagas de emprego com candidatos mais jovens?

Até que ponto a idade pode, de fato, afetar as chances na busca de uma oportunidade de trabalho?

A resposta a essa questão não é tão óbvia quanto parece. Vivemos em uma época de escassez de mão de obra qualificada, face à grande demanda por trabalho especializado no mundo todo. Esse cenário tem provocado quebra de paradigmas e preconceitos associados à idade dos candidatos a emprego.

Muitas organizações contratam candidatos sem experiência, em início de carreira, para formá-los segundo suas necessidades. Por outro lado, candidatos mais experientes têm encontrado boas oportunidades em cargos que exijam maior maturidade, como a coordenação de equipes.

Marcelo Veras, especialista em Gestão de Carreiras e Diretor Acadêmico da Inova Business School (escola de negócios do grupo Unità Educacional) é bastante enfático quando afirma que "o dilema que os profissionais mais velhos vivem em relação ao risco de serem substituídos por jovens recém-formados ou com poucos anos de estrada não é um "privilégio" do mundo atual. Isso acontece desde que o mundo é mundo. No mundo animal, esta é uma regra clara. Quando um jovem tem força para desafiar um mais velho, ganha seu lugar e ponto. Felizmente ou infelizmente, essa é a lei da vida".

Marcelo admite que no mundo corporativo essa questão se intensificou à medida em que a geração mais jovem começou a chegar em posições de liderança e a geração anterior se viu ameaçada diariamente por profissionais mais baratos, com mais disposição a se doarem e, em muitos casos, mais flexíveis e preparados para um mundo onde quase todo dia temos que rasgar tudo o que fazemos e partir de uma folha em branco. "Este mundo caótico e em um ritmo alucinado de mudanças tem pegado de surpresa muitos profissionais que ainda acreditam (ingenuamente) que a experiência vale mais do que a juventude. Esta regra tem mudado muito. Não que a experiência tenha perdido seu valor, mas ela não garante mais um padrão de entrega de resultados em um mundo como o atual. Às vezes, a experiência até atrapalha, quando os desafios envolvem inovação e visão de futuro", destaca o especialista.

Os fatos da realidade brasileira comprovam o ponto de vista de Marcelo. Segundo dados de uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), atualmente os jovens têm o dobro chances na conquista de uma posição no mercado de trabalho.

Mas, considerando este cenário, como os profissionais mais velhos podem ampliar suas chances na disputa por uma vaga com candidatos mais jovens?

Cleuza Scandolari Garcia, professora do Centro Universitário Senac na área de Recursos Humanos, acumula uma rica e vasta experiência como executiva de Gestão de Pessoas em empresas nacionais e multinacionais. Segundo ela, os profissionais da "geração X" ( entre 35 e 48 anos) e também os da geração "baby boomers" ( acima dos 49 anos) devem valorizar alguns aspectos importantes na disputa por vagas com pessoas mais jovens:
Seu conhecimento aprofundado e a busca constante de inovação

Sua calma e segurança na tomada de decisões

As conquistas em suas experiências anteriores

A busca pela estabilidade na relação

A dedicação para a realização e entrega dos resultados

A estratégia utilizada para obter maior sustentabilidade dos negócios

Seu pensamento mais racional e menor pressa

Sua maturidade para assumir desafios e resolver problemas

Sua firmeza e predisposição ao definir e assumir a responsabilidade pelo seu plano de carreira

A capacidade de compartilhar seus conhecimentos
Segundo Marcelo Veras, só há uma forma de um profissional se manter competitivo e (parcialmente) blindado em relação ao risco do passar dos anos. "Independente da idade ou tempo de experiência, os profissionais mais velhos precisam se comportar como jovens. Em que sentido? No sentido de ter sede de aprender sempre. No sentido de nunca, mas nunca mesmo, achar que o que se sabe é suficiente ou será suficiente para um elevado padrão de entrega de resultados. Quem não tiver esta visão e dedicar uma parte do seu tempo e da sua energia para se atualizar dormirá todo dia com este fantasma no guarda-roupas. E um dia será acordado por ele...".

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