sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Gestão Educacional
Ainda pairam dúvidas sobre o FIES 
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 00:13 hs.
13/12/2013 - O Brasil vive um momento ímpar na Educação Superior. Existe o enorme interesse público e privado na melhoria dos índices de acesso às faculdades e universidades do nosso país, seja através do aumento do número de vagas nas instituições públicas mas principalmente, através dos inúmeros programas de inclusão educacional como o ProUni e, principalmente, o FIES. Não há dúvidas de que o financiamento estudantil transformou-se no mecanismo mais importante para a ampliação do acesso ao ensino superior. O grande desafio, neste momento, é incrementar o hábito do crédito consciente para custear os estudos de graduação à cultura do brasileiro, ainda “machucada” com as antigas modalidades de crédito que antes eram praticados neste setor. O panorama mudou, e muito, e muitos estudantes utilizam o FIES como investimento, uma vez que a taxa de juros anual é bem menor do que os rendimentos da poupança, por exemplo.

Fato é que existe um trabalho em execução, coordenado e liderado pelo Governo Federal, que pretende elevar o número de alunos na graduação a 10 milhões ainda nesta década. É perceptível que os números se aproximam cada vez mais desta meta. Desde 2010, mais 1 milhão de universitários assinaram contratos com o Fies. Isto representa apenas cerca de 15% do total de estudantes que frequentam instituições privadas de ensino superior. Em sua maioria, são universitários que, sem este programa do Governo, jamais teriam passado pela portaria de uma Faculdade e não estariam realizando este grande ideal pessoal e profissional.

Se, por um lado, o índice de adesão ao FIES ainda é muito baixo, por outro lado enxerga-se um enorme potencial de crescimento, democratizando ainda mais o acesso ao Ensino Superior. É preciso, antes de tudo, conhecer profundamente o FIES e todos os seus benefícios e curto, médio e longo prazos.

Especialistas garantem que existe um longo caminho a ser percorrido pelo FIES. Muitos acreditam que o Ministério da Educação (MEC), órgão que regulamenta o programa, precisa se espelhar em grandes experiências internacionais e apostar mais alto em ações de divulgação e esclarecimentos sobre o FIES. É consenso entre educadores e gestores financeiros de que o FIES mudou muito a rotina das famílias que acreditaram e aderiram ao programa. Afinal de contas, fazer um curso completo de graduação e começar a pagar as mensalidades depois de formado, com uma carência que varia de 18 a 36 meses, já inserido no mercado de trabalho e com juros de 3,4% ao ano, de fato, é uma oportunidade nunca antes ofertada em nosso País. Além disso, no caso do curso de medicina ou das licenciaturas, o trabalho na rede pública de saúde ou de educação pode abater a dívida. Os demais profissionais formados pelo Fies têm até três vezes o tempo do curso para quitar a dívida (ou seja, para um curso de 4 anos, o beneficiário tem até 12 anos para quitar). Por isso, é fundamental que a população saiba destes benefícios de forma democrática e sem burocracias.

Nos últimos dois anos, o MEC promoveu mudanças nas regras do financiamento que prometem, ao longo dos anos, mudar a realidade dos números do setor. Com o novo Fies, o incremento na quantidade de contratos foi de 45% do total existente até então. Além disso, um dos maiores entraves para os estudantes conseguirem pleitear o financiamento - a falta de um fiador - foi resolvido com a criação do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc), que substitui essa figura. Uma conquista enorme, uma vez que milhares de contratos deixaram de serem firmados devido a ausência desta polêmica figura. Tantas mudanças pretendem estimular o crescimento do setor nos próximos anos. Importante salientar que nossa educação superior é predominantemente privada, ou seja, sete em cada dez universitários brasileiros são formados nas instituições particulares de ensino e o universo de quase cinco milhões de alunos deve crescer muito. Para alcançar a meta definida pelo Plano Nacional de Ed ucação (PNE), de ter 10 milhões de alunos no ensino superior em 2020, o país depende da atuação das instituições particulares de ensino. E a democratização e investimentos no FIES são parte integrante para se conquistar esta ambiciosa meta.

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