Gestão Educacional |
Cyberbullying: Como evitar o constrangimento cibernético? |
03/10/2013 - Mais de uma vez, as relações mediadas pela Internet mereceram minha atenção nesta newsletter. A realidade, porém, mostra que o tema ainda requer estudo e debate.
A AVG Technologies, fabricante de softwares de segurança para computadores e dispositivos móveis, divulgou há alguns dias uma pesquisa sobre interação digital que coletou informações com 500 brasileiros. Pelo menos 30% deles relataram já ter sofrido algum tipo de cyberbullying no ambiente de trabalho. Isso quer dizer que já viveram algum tipo de constrangimento por conta de conteúdo divulgado no meio virtual. As calúnias, difamações, injúrias e outras mensagens destinadas a manchar reputações circulam por e-mails, mídias sociais e sistemas de comunicação instantânea. Muitos dos profissionais ouvidos (54%) consideram que as empresas são responsáveis pelo comportamento de seus colaboradores no horário de expediente. No total, 25% dos entrevistados afirmam que as mídias sociais prejudicam a privacidade no ambiente de trabalho. Para 70%, representa constrangimento a recusa de pedidos de amizades de colegas do ambiente profissional. Vale, portanto, reproduzir algumas dicas de ouro para os gestores que pretendem aprimorar o uso das ferramentas de comunicação digital no ambiente de trabalho. 1. Proibir o acesso aos canais digitais constitui-se em grave erro, conforme comprovam pesquisas realizadas em grandes empresas nos EUA e na Europa. Hoje, muitas pessoas fazem das ferramentas cibernéticas substitutas eficientes do telefone. Por ali, o colaborador pode descobrir se a esposa está se recuperando bem da gripe ou se a revisão do veículo já foi concluída. Utilizada de forma racional, a Internet pode abreviar o tempo perdido com problemas do mundo exterior. Pode também eliminar a ansiedade resultante do desconhecimento acerca de um assunto relevante. Nada mais natural que verificar, ainda no horário de trabalho, se já liberaram a avenida depois daquela passeata de estudantes. 2. As empresas precisam se valer de um trabalho educativo permanente para garantir o uso apropriado desses dispositivos de comunicação. Acordos funcionam. Acredite. Pode-se combinar, por exemplo, que os bate-papos sobre futebol estão liberados no horário do almoço e após o expediente. Nas pausas do horário convencional, pode-se admitir, por exemplo, o contato com um médico ou um despachante. 3. Um código de ética interno ajuda a determinar o que as pessoas podem divulgar acerca de seus colegas. Com certeza, é importante que virtudes e expertises sejam propagandeadas. É natural, por exemplo, que o gerente de logística converse com clientes sobre as competências de seu colega do marketing. A maledicência, no entanto, é sempre danosa para os profissionais e para a organização. 4. Nas redes sociais, existem perfis profissionais-institucionais. Neste caso, devem reproduzir as opiniões da empresa sobre os temas em foco, de forma clara e objetiva. Normalmente, a idéia é oferecer atenção especializada sobre algum assunto de interesse de clientes e outros stakeholders. 5. Em perfis pessoais, convém que os colaboradores se abstenham de emitir comentários sobre temas particulares das organizações. Referências a superiores e outros colegas de trabalho devem se pautar pela discrição e pelo bom senso. 6. Nada pior que o policiamento nas redes sociais. Líderes de equipes de trabalho jamais devem monitorar opiniões de comandados acerca de assuntos distintos da atividade profissional. Se o Francisco é um bom colaborador, ético, respeitoso e produtivo, não há razão para vasculhar suas preferências no campo religioso, clubístico, político e afetivo. 7. Os profissionais devem ter cuidado ao enviar solicitações de amizade nas redes sociais. Nem sempre a moça da Contabilidade, tão gentil nas tratativas internas, tem disposição para compartilhar seu espaço no Facebook. Ela pode desejar privacidade neste território e reservá-lo a suas interações com pessoas interessadas em cosmética, alimentação saudável ou dança clássica. Antes de enviar qualquer solicitação, verifique o grau de intimidade com o colega e certifique-se de que suas afinidades justificam a amizade virtual. Carlos Júlio é professor, palestrante, empresário e escritor. Leia mais artigos do Magia da Gestão. Siga @profcarlosjulio no twitter e seja fã no Facebook. |
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quinta-feira, 3 de outubro de 2013
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