Tecnologia Educacional |
Empresas transformam softwares de trabalho e livros escolares em jogos Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:29 hs. |
17/12/2013 - Empresas estão transformando os softwares do trabalho em jogos, para melhorar o desempenho dos funcionários. A nova tendência é chamada de gameficação.
Transformar o mundo em game é a última jogada dos programadores do setor de tecnologia. Em uma escola bilíngue de São Paulo, os livros deram lugar aos tablets. Todos os textos viraram aplicativos. No lugar da lição, a professora dá uma missão aos alunos. Como em um jogo, os alunos clicam nas figuras para achar a resposta. “A gente tenta, na verdade, pensar mais na colaboração do que na competição. Porque eles fazem, compartilham e ai eles vão ampliando esse conhecimento na troca”, explica Fabiana Caldas Luz, professora. “Fica mais divertido do que ler livros”, garante Camila Bretas, de nove anos. O termo inglês "Gamification" pode ser traduzido como "joguificação", mas na língua de tecnologia do Brasil virou "gameficação". Os jogos não são só para crianças em idade escolar. Jogar durante o expediente já deixou de ir contra a etiqueta corporativa para virar tendência. Os consultores de mercado acreditam que até o ano que vem, 70% das duas mil maiores companhias globais vão oferecer para funcionários ou clientes pelo menos um aplicativo em game. Esses produtos usam a metodologia dos jogos, são atraentes, viciam e geram recompensas para levar as pessoas a fazer coisas nem sempre divertidas. Esse mercado deve movimentar quase três bilhões de dólares em 2015. “Usar essa técnica dos games é algo natural que as empresas corporativas vão usar para dentro, para reter seus talentos ou para fora, para conquistar os consumidores”, diz Guilherme Camargo, especialista em games e marketing. Alexandre Oliveira trabalhava com gestão de pessoas e passou um ano visitando empresas. “Elas esperam, muitas vezes, seis meses um ano pra dar um retorno sobre como foi a performance dele nesse ciclo. Já não é mais o que os jovens esperam. Eles esperam retorno imediato, muito claro quais são os objetivos na empresa”, explica o CEO da Opushere. Veio a ideia de criar um programa para a gestão de trabalho, com regras claras. Francisco Barguil comprou o aplicativo desenvolvido por Alexandre. Na empresa dele, ganha o jogo quem buscassem conhecimento e passa as informações adiante. “As pessoas, de maneira geral, quando elas têm o seu desempenho medido, de alguma maneira, mesmo que de uma maneira lúdica e divertida, elas tendem a querer corresponder à expectativa. Elas olham do lado para ver como os outros vão indo e se sentem motivadas a caminhar mais”, acredita o dono da Opus Software. Se a geração Y, da qual Alexandre Perugini faz parte, cresceu jogando, é difícil pensar o futuro sem os games no trabalho. “O que eu posso fazer hoje, que possa ganhar alguns pontos? O que eu posso trabalhar mais para evoluir dentro desse joguinho, que acaba virando uma brincadeira, mas que tem um objetivo de desenvolver algo que tem valor para empresa”, diz o engenheiro da Opus Software. |
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terça-feira, 17 de dezembro de 2013
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