quinta-feira, 21 de agosto de 2014


Formação em Música? Sempre preciso estudar muito!


Alunos do professor de música Roberto Schkolnick ouvindo Adoniran Barbosa, na Escola Jacarandá (Foto: Marina Piedade)
Alunos do professor de música Roberto Schkolnick ouvindo Adoniran Barbosa, na Escola Jacarandá (Foto: Marina Piedade)
O professor de escola de Educação Infantil e do primeiro ciclo do Ensino Fundamental é chamado de polivalente. Ou seja, esse profissional precisa conhecer os conteúdos de Língua Portuguesa, de Ciências, de História, de Geografia, de Matemática, de Artes Visuais, de Educação Física, de Movimento e de Música. Mas isso não é só. Além dos conteúdos, ele também precisa conhecer a didática de cada área para poder elaborar boas situações de aprendizagem e ser uma fonte para as crianças.
É claro que, com tanta coisa, sempre tem uma área que temos menos conhecimento e mais dificuldades para compreender. O meu desafio é a Música! Como é difícil quando eu preciso refletir, abordar e ajudar os professores nos planejamentos e encaminhamentos desse eixo. Por mais que eu tente, minha dificuldade é enorme e deixo muito a desejar!
E olha que eu adoro ouvir música quando estou no carro ou em casa. Estou sempre curtindo MPB , bossa nova, rock ou samba de raiz.  Meu marido é envolvido com essa área, meus filhos têm ótimo ouvido e entendem do assunto e, na minha casa, temos até um piano. Além disso, tenho formação em Arte e tive aula de Música na faculdade!
Quando eu atuava em sala de aula, cantava diariamente com as crianças. Eu tinha um amplo repertório infantil e os pequenos gostavam muito. Hoje, penso que outras professoras que me ouviam cantar deviam ficar preocupadas com tamanha desafinação. Ainda bem que as crianças, muito espertas e com muito mais ritmo do que eu, logo assumiam a cantoria. Eu também colocava músicas clássicas orquestradas nos momentos de arte ou de relaxamento para que pudessem apreciar outros estilos, bem diferentes dos que são mais veiculados na TV e no rádio.
Preciso fazer formação nesse eixo. E agora?
Já atuo há algum tempo como formadora de professores, mas, apesar da dificuldade, nunca me furtei a planejar as formações em Música. Sempre pedia ajuda para os professores com mais conhecimento nesse eixo, assumindo tranquilamente toda a minha dificuldade.  Ainda bem que, nos grupos de professores, sempre tem um ou dois que são dessa área e sempre me ajudaram.
Nos últimos anos, também participei de vários cursos e oficinas. Apreciei muito as aulas, mas, visivelmente, eu tinha mais dificuldade que outros colegas.
O último curso que fiz foi com uma profissional muito competente, chamada Gabriela Vasconcelos Abdalla. Ela é uma professora de Música com muita experiência na Educação Infantil. Aprendemos várias brincadeiras utilizando elementos constituintes do som (altura, duração, timbre e intensidade) com canções infantis do nosso folclore. Foi muito bom! É claro que anotei e gravei tudo para depois, junto com as professoras sabidas em Música, poder planejar as formações.
Outro material que vale a pena ter é o livro Música na educação infantil: propostas para a formação integral da criança (204 págs., Ed. Peirópolis tel. 11/3816-0699, 49 reais), da Teca Alencar de Brito. De uma maneira muito convidativa, a autora nos sugere várias atividades de interpretação e criação de canções, jogos que reúnem som, movimento e dança, jogos de improvisação e escuta sonora e musical, entre outros. O livro é repleto de boas orientações didáticas para o trabalho com o som na Educação Infantil, possibilitando a elaboração de sequências e projetos bem bacanas.

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