Os desafios da Educação
inclusiva: foco nas redes de apoio
Para fazer a inclusão de verdade e garantir a
aprendizagem de todos os alunos na escola regular é preciso fortalecer a
formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes,
gestores escolares, famílias e profissionais de saúde que atendem as crianças
com Necessidades Educacionais Especiais
4. Flexibilização e adaptação curricular em favor
da aprendizagem
Benjamin Saidon, aluno
com síndrome de Down da Nova Escola Judaica Bialik Renascença, em São Paulo.
Para estruturar as flexibilizações na
escola inclusiva é preciso que se reflita sobre os possíveis ajustes relativos
à organização didática. Qualquer adaptação não poderá constituir um plano
paralelo, segregado ou excludente. As flexibilizações e/ou adequações da prática
pedagógica deverão estar a serviço de uma única premissa: diferenciar os meios
para igualar os direitos, principalmente o direito à participação, ao convívio.
O desafio, agora, é avançar para uma maior
valorização da diversidade sem ignorar o comum entre os seres humanos. Destacar
muito o que nos diferencia pode conduzir à intolerância, à exclusão ou a
posturas fundamentalistas que limitem o desenvolvimento das pessoas e das
sociedades, ou, que justifiquem, por exemplo, a elaboração de currículos paralelos
para as diferentes culturas, ou para pessoas com necessidades educacionais
especiais. (BLANCO, 2009).
Além disso, para que o projeto inclusivo seja
colocado em ação, há necessidade de uma atitude positiva e disponibilidade do
professor para que ele possa criar uma atmosfera acolhedora na classe. A sala
de aula afirma ou nega o sucesso ou a eficácia da inclusão escolar, mas isso
não quer dizer que a responsabilidade seja só do professor. O professor não
pode estar sozinho, deverá ter uma rede de apoio, na escola e fora
dela, para viabilizar o processo inclusivo.
Para crianças com necessidades educacionais
especiais uma rede contínua de apoio deveria ser providenciada, com variação
desde a ajuda mínima na classe regular até programas adicionais de apoio à
aprendizagem dentro da escola e expandindo, conforme necessário, à provisão de
assistência dada por professores especializados e pessoal de apoio externo.
(Declaração de Salamanca, 1994).
Nenhum comentário:
Postar um comentário