Tecnologia Educacional |
Implante dentro da retina poderá tratar doenças oftalmológicas Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:48 hs. |
29/11/2013 - Biodegradável, o mecanismo é inserido na retina do paciente e se dissolve depois de seis meses, não sendo necessário removê-lo
Uma tecnologia que permite a aplicação de medicamentos diretamente na retina para tratar doenças que podem levar à cegueira, já utilizada com sucesso nos Estados Unidos, acaba de ganhar uma versão brasileira. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram criar esse tipo de implante, que, por ser biodegradável, é absorvido pelo organismo após seis meses, tempo suficiente para que o remédio termine de ser administrado. Com isso, o produto não precisa ser retirado, evitando que o paciente passe por um segundo processo cirúrgico. Segundo Rubens Siqueira, oftalmologista do Serviço de Retina e Vítreo do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCFMRP) e um dos envolvidos no projeto, a característica biodegradável do implante é uma melhora feita pela equipe brasileira em relação ao método que serviu de inspiração. “Quando começamos a pesquisa, existia um sistema não biodegradável disponível no mercado dos Estados Unidos para tratamento de inflamação da retina por citomegalovírus em pacientes com Aids. Tivemos, então, a ideia de usar esse sistema na oftalmologia, com a vantagem de ser biodegradável”, destaca. Outras vantagens, segundo o médico, são o tamanho (a prótese brasileira é menor) e a possibilidade de aplicar diferentes tipos de drogas, o que amplia o número de males a serem combatidos. “O implante pode ser usado com diferentes medicamentos, como antibióticos, corticoides e imunossupressores, que serão escolhidos de acordo com o tipo de doença da retina”, explica Siqueira. “Atualmente, estamos usando mais o corticoide, adequado para várias doenças da retina, como uveíte (inflamação no olho), retinopatia diabética (doença da retina causada pelo diabetes) e oclusões vasculares da retina”, acrescenta. No primeiro teste, 10 pacientes receberam, com sucesso, um tratamento com dexametasona, anti-inflamatório oftálmico muito utilizado. |
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sexta-feira, 29 de novembro de 2013
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