Professores
Divórcio entre formação e prática
Pesquisadora da América Latina, Denise Vaillant fala dos desafios da região na formação de professores
O diagnóstico da formação nos países da América Latina foi trazido para o Seminário de Secretários Estaduais de Educação pela coordenadora do Programa de Desenvolvimento Profissional Docente na América Latina e Caribe (Preal), Denise Vaillant. "Há um divórcio duro entre formação dos professores e a prática de sala de aula em toda América Latina", sentenciou a especialista.
Ela apontou que os modelos existentes para formação de professores na América Latina estão falidos, tanto na formação universitária quanto a formação média. "E o centro do problema é o professor, ele é o foco tanto do problema como da solução", diz.
Para um projeto de formação adequado, Denise abordou algumas questões que considera cruciais:
- A formação não é isolada, ela está articulada com as condições de trabalho e a gestão da docência. "Se critica muitos os docentes, mas há um divórcio generalizado entre quem forma, contrata e quem avalia os professores", criticou.
- Selecionar bem os professores. "O Brasil, por exemplo, deu um salto enorme em termos de cobertura, mas falta mão de obra qualificada para cobrir essa demanda com qualidade".
- Levar em consideração o contexto social e cultural. "Muitos professores repetem aquilo que tiveram em seu processo educativo. Os padrões mentais e as experiências prévias são fundamentais para compreender a forma como o professor ensina".
- Reformar instituições de ensino e currículos e focar na melhoria das habilidades dos formadores de formadores é imprescindível para uma reforma na formação. "É um momento de colocar a casa em ordem na América Latina e esses são passos iniciais".
Finalizando sua apresentação, Denise resumiu a mensagem em uma frase. "Os sistemas educativos nunca são melhores que os professores que estão nele. Não há receitas prontas, mas ingredientes fundamentais como: contexto de trabalho, formação inicial e continuada, gestão e valorização fazem parte de um sistema educacional que dá certo".
Ela apontou que os modelos existentes para formação de professores na América Latina estão falidos, tanto na formação universitária quanto a formação média. "E o centro do problema é o professor, ele é o foco tanto do problema como da solução", diz.
Para um projeto de formação adequado, Denise abordou algumas questões que considera cruciais:
- A formação não é isolada, ela está articulada com as condições de trabalho e a gestão da docência. "Se critica muitos os docentes, mas há um divórcio generalizado entre quem forma, contrata e quem avalia os professores", criticou.
- Selecionar bem os professores. "O Brasil, por exemplo, deu um salto enorme em termos de cobertura, mas falta mão de obra qualificada para cobrir essa demanda com qualidade".
- Levar em consideração o contexto social e cultural. "Muitos professores repetem aquilo que tiveram em seu processo educativo. Os padrões mentais e as experiências prévias são fundamentais para compreender a forma como o professor ensina".
- Reformar instituições de ensino e currículos e focar na melhoria das habilidades dos formadores de formadores é imprescindível para uma reforma na formação. "É um momento de colocar a casa em ordem na América Latina e esses são passos iniciais".
Finalizando sua apresentação, Denise resumiu a mensagem em uma frase. "Os sistemas educativos nunca são melhores que os professores que estão nele. Não há receitas prontas, mas ingredientes fundamentais como: contexto de trabalho, formação inicial e continuada, gestão e valorização fazem parte de um sistema educacional que dá certo".
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