sexta-feira, 6 de junho de 2014

  

Como tirar o melhor proveito do fechamento de bimestre

Eduarda Diniz Mayrink analisa documento com professora da escola (Foto: Manuela Novais)
Eduarda Diniz Mayrink analisa documento com professora da escola (Foto: Manuela Novais)
Final de bimestre na escola é um tumulto. A rotina se volta para a aplicação e correção das avaliações, análise dos resultados obtidos pelas crianças e organização de reuniões de pais. Em meio a todas essas atividades, sempre surge a pergunta: como realizar o fechamento do bimestre de forma que os dados obtidos ajudem na melhoria do ensino e da aprendizagem?
Antes de tudo, é importante dizer que o bimestre precisa ser planejado. Assim, é possível antecipar quais serão os conteúdos trabalhados e as ações realizadas. Dessa maneira, quando o período está acabando, podemos rever essa reflexão original e comparar com o que de fato conseguimos fazer.
Levantamento de dados
Para começar o trabalho, organizo com os docentes a avaliação do desempenho dos alunos ao longo do bimestre utilizando alguns instrumentos, que servem de parâmetro para o levantamento de dados:
  • Planilha dos conteúdos abordados durante o bimestre (clique no link para acessar o modelo). Ela servirá de apoio na tabulação das avaliações aplicadas
  • Planilha de análise de produções dos alunos e da evolução da aprendizagem
  • Gráfico de rendimento dos alunos (clique no link para acessar o modelo). Ele é feito com as notas obtidas pelos alunos. Dessa forma, conseguimos montar um panorama geral da turma em cada disciplina
  • Diagnósticos realizados e tabulação dos resultados obtidos.
  • Registros de observação de determinadas atividades realizadas em sala, com o foco em um conteúdo definido. Para acompanhamento, é elaborada uma pauta de análise pré-estabelecida
  • Análise do planejamento de atividades realizadas em sala e do caderno dos alunos
  • Dados reais da turma (frequência dos alunos e do professor, cumprimento do calendário escolar, tempo didático destinado ao conteúdo de acordo com a rotina planejada e a rotina real aplicada em sala)
  • Combinados estabelecidos em reuniões de formação que deveriam ser cumpridos na rotina. Nas reuniões, ao estudarmos um determinado conteúdo, definimos de que forma poderiam ser aplicados de acordo com a necessidade de aprendizagem da turma. A partir disso, fazemos combinados de metas e ações
 Com tudo em mãos, eu e os professores analisamos as informações, procurando identificar como o processo de ensino impactou na aprendizagem das crianças e quais são suas principais dificuldades. Depois de compartilhar nossas análises, pensamos em planos de ação para qualificar nosso trabalho e melhorar o desempenho dos alunos.O que fazer com os dados?
Caso seja identificado que as estratégias de ensino utilizadas não foram bem sucedidas, por exemplo, eu preparo um plano de formação para o professor, para que as práticas sejam melhoradas. Entre as possibilidades estão estudar como determinado conteúdo pode ser trabalhado em sala, quais sequências de atividades devem entrar no planejamento e quais intervenções podem ser realizadas.
Paralelamente, não podemos deixar os responsáveis pelas crianças de fora dessa reflexão. Eles também precisam ficar cientes dos resultados e ser informados sobre quais serão as ações realizadas pela escola para melhorá-los. Para isso, marcamos uma reunião de pais logo após o fechamento.  No bimestre seguinte avalio o desenvolvimento das ações e levantamos novos dados.

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