segunda-feira, 30 de junho de 2014


Como falar sobre aborto com os alunos?


Ao ser questionado sobre aborto, o educador deve procurar descobrir qual é a real motivação da pergunta
Há algum tempo, uma professora me contou que uma vez havia sido questionada por uma aluna sobre sua opinião em relação ao aborto. No momento ela desconversou, mas depois, preocupada, me procurou para saber como proceder.
Uma pergunta como essa dificilmente ocorre fora de contexto, apenas por curiosidade. Por isso, é muito importante acolher a aluna e buscar descobrir a verdadeira intenção da pergunta. Às vezes, pode haver um problema por trás dessa curiosidade aparentemente despretensiosa, como a gravidez da garota ou de uma amiga que ela esteja tentando ajudar.
Por isso, a orientei a perguntar para a garota “por quê” ela queria ouvir sua opinião. Dessa forma, é possível se aproximar da verdadeira intenção da pergunta e perceber que a resposta mais adequada, não é a posição pessoal sobre o aborto, mas sim, fornecer informações que mostrem os prós e os contras sobre o tema.
Aborto é um assunto extremamente polêmico e cheio de armadilhas. A legislação brasileira o permite somente em casos de estupro, de gravidez com risco à vida da mãe ou se o feto for anencefálico (uma má-formação rara do tubo neural caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana). Em qualquer outra circunstância, a interrupção da gravidez é proibida no país. Mas não podemos fingir que isso não acontece.
Cálculos do Ministério da Saúde revelam que 3,7 milhões de mulheres entre 15 e 49 anos induziram aborto – 7,2% do total de mulheres em idade reprodutiva.  Isso faz do aborto a quarta maior causa de óbito materno no país, vitimando 9,4 de cada 100 mil gestantes, especialmente as de menor poder econômico.
As mulheres decidem interromper a gravidez hoje, decidiram ontem e vão decidir sempre. Mesmo que o custo dessa decisão traga risco de morte. E isso é sério! Contudo, ainda estamos longe de uma solução definitiva para essa questão. Enquanto para os favoráveis à proposta, o aborto é um direito da mulher; os contrários defendem que o feto não é parte do corpo dela, mas sim outro organismo que depende temporariamente do útero da mãe para se desenvolver. Abortar, portanto, seria cometer um crime. E isso nos leva necessariamente para o foco da polêmica: o conceito de vida humana.
Quando começa a vida?
A questão fundamental do aborto está no conceito de vida. E é aí que a coisa complica.
De forma sucinta, podemos dizer que há quatro diferentes interpretações para o fenômeno. Há o grupo que defende que a vida surge no momento da fertilização do óvulo. Outros acreditam que o marco inicial da vida é a implantação do óvulo fecundado no útero, chamada cientificamente de nidação. Um terceiro grupo afirma que a vida se inicia a partir do momento em que o feto começa a ter atividade cerebral. E, por fim, há o grupo baseado na postura filosófica existencialista, segundo a qual só há vida quando a pessoa se põe no mundo e toma consciência de sua existência.
Como se vê, da fecundação ao nascimento, não há um instante biológico privilegiado, com o qual todos concordem. Na maioria dos países em que o aborto é permitido, o prazo limite para a interrupção da gestação é definido pelo conceito da viabilidade, ou seja, o momento a partir do qual o feto, com o auxílio de aparato médico, é capaz de viver fora do útero. Isso geralmente se dá por volta da 24ª semana de gestação.
Promova um debate com a turma
Essa polêmica não é nova, e vale a pena ser debatida em sala de aula. Nosso papel como educadores é incentivar o conhecimento e ajudar os alunos a interpretarem os fatos para poderem formar suas opiniões de acordo com suas visões de mundo. Para isso, sugiro a seguir um breve encaminhamento do assunto com a turma:
1a etapa
Inicie a conversa mostrando que gerar uma vida é da natureza da mulher e do homem, mas ser mãe ou pai pode ser uma escolha. Para isso, o melhor caminho é usar os métodos contraceptivos para prevenir a gravidez. Infelizmente, nem todo mundo tem informação adequada e motivação para se prevenir, ou acesso a métodos contraceptivos, o que  leva muitas mulheres a se depararem com o dilema de interromper ou continuar a gravidez. Problematize o assunto com a turma perguntando: O aborto pode ser uma solução menos penosa entre duas alternativas difíceis? Ou a lei deve permanecer como está?
2ª etapa
Divida os alunos em grupo e peça para pesquisarem os argumentos a favor e contra a legalização do aborto. Depois, peça que cada grupo apresente suas considerações e conclusões. O professor pode sistematizar no quadro os principais argumentos e instigar os alunos a defendê-los ou refutá-los.

sexta-feira, 27 de junho de 2014


Cuidados ao se comunicar com alunos jovens e adultos


Na escola onde trabalho, conta-se uma história já folclórica sobre um professor que tentou elogiar o trabalho de uma estudante, mas não teve muito sucesso. Segundo essa história, a aluna estava enfrentando várias dificuldades para realizar uma atividade e teve que refazê-la várias vezes. Na última vez, o professor lhe disse: “Seu trabalho ficou tão bom que só me resta rasgar elogios!”.
A aluna imediatamente começou a chorar: “Puxa vida, professor, me esforcei tanto para fazer o trabalho e agora você diz que vai rasgar?!”
Obviamente, a aluna não sabia que a expressão “rasgar elogios” era um  reconhecimento do bom trabalho que havia feito. Essa falha de comunicação deixou-a desanimada e fez com que o professor precisasse explicar o significado dessa expressão e reafirmar a qualidade do trabalho dela.
Minha motivação para escrever sobre a forma de nos comunicarmos com os alunos vem de uma situação que vivi recentemente. Após as apresentações de seminários em grupo, planejei uma aula para avaliar o trabalho em conjunto com os alunos. Nessa avaliação, evito apontar erros individuais e abordo problemas que foram recorrentes em todas as apresentações. Peço que os alunos comentem as apresentações, mas evitando apontar falhas específicas dos colegas, referindo-se sempre aos grupos. Minha intenção é evitar expor os estudantes, especialmente os que têm mais dificuldades, pois essa é uma das primeiras atividades do curso. Gosto desse tipo de avaliação porque os alunos mais desenvoltos ficam à vontade para falar do processo que viveram e das dificuldades que enfrentaram, deixando claro para os mais tímidos que os desafios são os mesmos para todos.
Uma das alunas estava extremamente ansiosa durante a devolutiva. A certa altura, ela perguntou: “mas professor, vou ser reprovada por causa dessa apresentação?”. Como achei que a pergunta poderia confundir os alunos sobre o principal objetivo da conversa, respondi: “Não se preocupe, você foi muito bem! Sua apresentação foi ótima!”. O que eu disse era realmente verdade e, com isso, ela se acalmou e pudemos continuar a discussão coletiva.
No entanto, alguns dias depois, outra estudante me procurou para falar sobre essa avaliação. “Professor, há alguns dias você elogiou aquela aluna, mas isso não foi bem encarado pela classe. Vários alunos foram bem na apresentação e você não falou nada. Foi uma postura muito injusta da sua parte”, ela disse.
Fiquei absolutamente surpreso com a conversa. Não achei que um comentário superficial, feito de maneira casual, apenas para acalmar uma aluna e dar continuidade à discussão, pudesse causar tanto desconforto  em outros estudantes. As palavras que a aluna usou me fizeram pensar se de fato eu havia cometido alguma injustiça.
O que  a levou a reclamar tão enfaticamente? Ciúmes da colega que foi elogiada? Necessidade de atenção? Será mesmo que fui injusto? Será que esse foi um sentimento geral da classe ou exclusivo da aluna que reclamou? Confesso que até hoje não sei muito bem o que a motivou.
Quais as lições desse episódio? Para mim, ficou a ideia de que tenho que ter ainda mais cuidado com o que digo aos alunos. Mesmo comentários feitos despretensiosamente podem acabar desgastando as relações em sala de aula e complicando a tarefa como professor.
Sabemos que, em qualquer nível de ensino, o educador pode representar uma autoridade importante, inclusive para tratar de assuntos que vão além dos conteúdos escolares. Não é raro observar alunos que reproduzem falas ou posturas de professores, ou que pedem conselhos aos docentes sobre assuntos extraclasse.
Quando lidamos com jovens e adultos, o cuidado pode ser ainda maior. Alunos da EJA costumam atribuir muito valor aos comentários dos professores e uma palavra mal encaixada pode fazer estragos bem grandes, podendo levar a problemas de relacionamento na sala de aula, abalos na autoestima dos estudantes e até influenciar a desistência da escola.

quinta-feira, 26 de junho de 2014


Uma criança igual às outras


Foto: Shutterstock

A mãe de um aluno da turma de 4 anos marcou uma reunião comigo e com a diretora da escola. Seu filho, apesar de ser novato na instituição, já havia se adaptado à rotina, à professora e aos colegas. Então, nossa hipótese para o motivo da conversa era que ela gostaria de obter mais informações sobre o projeto pedagógico e quais seriam as aprendizagens da turma, já que, desde o início do ano, a família se mostrava muito participativa e atenta às orientações escolares.
A razão da reunião, no entanto, era completamente diferente. A mulher e o marido queriam comunicar à escola que o filho era portador do vírus HIV.
A notícia foi muito inesperada. Eu e a diretora chegamos a nos perguntar como uma criança que estava sempre correndo e brincando ativamente com os colegas no parque poderia ser portadora de um vírus tão grave?
O casal nos disse que, até o momento, não pretendiam compartilhar tal diagnóstico com toda a escola para evitar que a criança fosse tratada de maneira diferente. No entanto, na semana anterior, a mãe havia presenciado uma das professoras cuidando de um ferimento no joelho de uma garotinha da sala de seu filho sem qualquer proteção de luvas, enquanto outras crianças consolavam a colega. A atitude era muito zelosa por parte de todos, porém, não havia nenhum cuidado com relação à prevenção de contato com o sangue.
De fato, eu e a diretora reconhecemos que, muitas vezes, nem nós usávamos luvas ao socorrer as crianças, apesar de a Secretaria da Saúde ter nos orientado a usá-las sempre em qualquer procedimento, como lavar, estancar e socorrer pequenos acidentes que, numa escola de Educação Infantil, acontecem quase diariamente. Em geral, minha prioridade era acalmar os professores e as crianças quando algo acontecia.
Bem, depois do impacto da notícia, a família nos contou a história da criança. O casal havia adotado o menino quando a mãe biológica faleceu em decorrência da Aids, alguns dias depois do parto. Eles sabiam que ele era soropositivo e garantiam o acompanhamento médico constante.
Nessa reunião, resolvemos respeitar a vontade dos pais e não contar para mais ninguém da escola sobre o diagnóstico do menino. O que faríamos seria compartilhar com todos os funcionários e professores que tínhamos um aluno portador do vírus HIV, mas sem identificá-lo. Assim, todos deveriam prestar muita atenção com a proteção durante o tratamento de ferimentos.
O grupo todo recebeu a notícia com respeito e ninguém ficou questionando quem poderia ser a criança. A equipe escolar concordou que esse era um bom alerta, pois, com o passar do tempo, acabamos deixando de lado as orientações que havíamos recebido. Relembramos, então, onde estavam as diversas caixas com luvas descartáveis e deixamos uma em cada sala, em cima do armário de alvenaria, longe do alcance das crianças, mas facilmente acessível por adultos. Além disso, deixamos uma caixa na janela do banheiro, visto que era lá que lavávamos os ferimentos.
A criança portadora de HIV continuou brincando e sendo feliz, sem ter seu estado de saúde exposto para ninguém. Essa ação evitou que, de alguma maneira, ela fosse tratada de maneira diferente, sendo protegida demais ou, por outro lado, fazendo com que alguém ficasse com medo de abraçá-la ou beijá-la, atitudes que não trariam qualquer risco a ninguém.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Como transformar a reunião de pais em um momento formativo para toda a comunidade

A reunião de pais é uma grande oportunidade para estreitar a parceria da escola com as famílias. No encontro, os professores e os gestores têm a chance de conhecer mais de perto a realidade dos alunos e compartilhar o que está sendo desenvolvido pela instituição e quais são os resultados.
Porém, é comum a escola ter dificuldade para garantir a participação dos pais e preparar a pauta da discussão. Essas também eram preocupações das gestoras da EMEF Manoel Gomes dos Santos, em Ferraz de Vasconcelos, São Paulo. Apesar dos responsáveis comparecerem, muitos não tinham tempo para permanecer no local. Além disso, as gestoras sentiam falta de trabalhar temas que fossem além da aprendizagem das crianças.
Na visita, Maura Barbosa, consultora pedagógica de GESTÃO ESCOLAR, fala sobre como antecipar o que será discutido na reunião, convidar os familiares e ir além da sala de aula.
Para saber o resultado desta conversa, assista ao vídeo.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Qual é a função da orientação educacional?


“Não volto mais para aquela sala. Não estou aqui para educar e sim para ensinar!”, diz um professor visivelmente nervoso ao sair da minha sala.
“Vou tirar meu filho dessa escola. Aqui todos o perseguem. A culpa de tudo o que acontece na sala é sempre dele!”, desabafa, com voz alterada, a mãe de um aluno de 7º ano.
“De verdade, Flávia! A professora, além de nos desrespeitar, gritando e não explicando o que a gente pede, escreve errado um monte de palavras. Tem certeza que ela é professora?”, reclamam alguns alunos de 9º ano.
“Fui procurado por uma mãe reclamando que você não alterou o cronograma das avaliações. Disse que o filho estará viajando para a Disney e não estará presente durante as provas. Perguntou-me o que custava mudar as datas?”, relata o diretor/mantenedor da escola.
Esses são apenas alguns exemplos de situações recorrentes na prática do orientador/coordenador pedagógico. Mas, afinal, quem é essa figura na escola? No que consiste sua função? É relevante para a instituição?
Ao recordar as situações acima, e em plena Copa do Mundo, não pude deixar de pensar na analogia com a função do técnico das seleções. O que se espera de um técnico? No mínimo, que tenha experiência suficiente fpara contribuir e enriquecer a performance de cada um dos jogadores, certo? Mas essa é uma conclusão simplista demais!
Assim como a expectativa que se tem de um técnico é que ele tenha clareza de onde quer chegar, ou seja, dos objetivos, espera-se ainda que ele saiba definir como alcançá-los,isto é, que utilize boas estratégias. Pois são essas também as expectativas que envolvem o trabalho do orientador pedagógico. Ter clareza das metas implica considerar todo o contexto: o da equipe docente, das famílias, da gestão e principalmente do aluno, sempre o nosso foco. Para a equipe docente, a orientação pedagógica deve agregar conhecimento, experiência e companheirismo.
conhecimento não é necessariamente sobre o conteúdo a ser trabalhado, mas principalmente sobre as diferentes maneiras de fazê-lo, já que na realidade esses são os maiores desafio para o professor. O conhecimento aqui se refere ao desenvolvimento humano e às implicações pedagógicas implícitas  nesse processo – que definitivamente é uma das deficiências na formação dos educadores.
experiência da orientação deve abranger também um período de docência. Não há nada mais rico para um orientador do que sua experiência como docente, o chão da sala de aula. Há por trás desse requisito a possibilidade da reciprocidade, de se colocar no lugar do outro, além da maior empatia que isso causa aos professores. Não raro ouvimos deles frases do tipo: “Pra ele (a) – orientador – é fácil falar. Nunca entrou numa sala de aula. Não sabe como funciona”. E, de fato, faz toda a diferença você ter acumulado em sua bagagem diversos papéis na Educação. Se analisarmos bem, a experiência de orientação pedagógica começa na docência. O educador que se envolve verdadeiramente com a vida escolar de seus alunos atua, muitas vezes, como seu orientador.
E, finalmente, o companheirismo. Deve haver na figura do orientador uma postura acolhedora às inúmeras angústias vindas dos professores, famílias e alunos. Acolhimento não significa ser conivente, tampouco omisso, mas sim aliviar as dúvidas e anseios por meio do conhecimento sobre o ser humano. Afinal, a legitimação do nosso papel se dá por aquilo que podemos oferecer a mais do que os demais educadores já têm: o refinamento da psicologia do desenvolvimento humano. Estar ao lado e disponível, buscando junto com os envolvidos as soluções e melhores estratégias para os desafios, é, claramente, demonstrar o companheirismo necessário à função.
Quando me recordo da época em que atuava como professora, percebo que não tive em minhas orientadoras a referência para o que hoje é minha prática. Havia sempre uma sensação de que a relação com os professores não passava de questões burocráticas – bilhetes a serem entregues aos alunos, comunicados da direção e planejamentos de festas e eventos. Ou seja, uma função protocolar, repleta de lacunas às necessidades reais da equipe docente. Talvez essa realidade tenha, de certa forma, me inspirado a compor minha função e atuação como orientadora pedagógica, buscando perceber o que há de positivo em cada um contribuir com o que pode ser melhorado. Ser corresponsável tanto pelos êxitos quanto pelas falhas que certamente ocorrem durante nosso trabalho. Incentivar e promover a formação continuada dos educadores e, finalmente, ser uma figura de autoridade (e não autoritária) para as diversas instâncias da escola: professores, famílias, gestores e, principalmente, alunos.

segunda-feira, 23 de junho de 2014


Recesso escolar: o que fazemos nesse período?

Durante as férias, a escola não para. Aproveito para fazer a organização, limpeza e manutenção dos espaços junto com os funcionários. (Foto: Gabriela Portilho)
Durante as férias, a escola não para. A gestora e os funcionários cuidam da despensa e de outras áreas que precisam de limpeza e manutenção. (Foto: Gabriela Portilho)
Por conta da Copa do Mundo no Brasil, este ano tivemos que fazer algumas adaptações no calendário escolar. Por isso, tanto os alunos como os professores já estão desfrutando das férias desde 12 de junho, com previsão de retorno a partir do dia 14 de julho.
Durante esse período, costumamos realizar um check-up nas dependências da escola, sem deixar de lado a parte administrativa, que é o coração de toda instituição.
Inicialmente, costumo me reunir com as funcionárias da limpeza e da cozinha para avaliar o primeiro semestre: o que deu certo e o que não deu? O material recebido foi suficiente? Também abro espaço para que avaliem o trabalho realizado na escola e digam se algum setor deixou algo a desejar, se houve trabalho em equipe e o que podemos melhorar. Após as avaliações, traçamos metas para conseguir oferecer um atendimento de melhor qualidade para os nossos alunos e para os demais membros da comunidade escolar.
Cozinha
Nesse espaço, prestamos muita atenção na forma como a merenda está sendo armazenada. Na despensa, a organização dos alimentos é feita por tipo e data de vencimento dos produtos. Nunca deixamos sobras nas prateleiras. Se há produtos em excesso e que não serão consumidos nas férias, solicitamos o armazenamento no depósito do departamento da merenda escolar.
Com esse espaço organizado, passamos para a lavagem da geladeira e do freezer, que são esterilizados com produtos de limpeza e desligados para a redução do consumo de energia durante o recesso. Uma semana antes de começar as aulas, nós lavamos os equipamentos novamente e os ligamos para receber alimentos. Limpamos também os fogões, azulejos, pisos, mesas, pias, armários, área de serviço e vidros.
Limpeza e manutenção
As funcionárias da limpeza têm inúmeras salas e espaços para limpar, sem contar vidros, carteiras, cadeiras, cortinas, lousas, armários e mesas. Sendo assim, traçamos uma meta para que nada fique de fora. Para isso, destacamos sempre o trabalho em equipe: cada pessoa fica responsável por um setor da escola. Todas as funcionárias utilizam galochas e luvas de borracha durante o trabalho.
Também aproveito esse período para acionar outros setores responsáveis pelas trocas de lâmpadas e consertos na parte elétrica, encanamentos, jardinagem e outros.
Setor administrativo
No setor administrativo, aproveitamos para colocar tudo em ordem: listas de alunos, planilhas do programa Bolsa Família, digitação das notas e frequências dos alunos, arquivos de matrículas, históricos escolares, pastas com documentos internos e externos, resoluções, circulares e memorandos, cobranças e envios de históricos e relatórios de alunos de outras unidades escolares. Durante esse período, também recebemos pais que procuram a escola para pedir transferências, solicitar documentos e realizar novas matrículas.
Ações para o próximo semestre
Depois de organizar toda a escola com as funcionárias, me reuni com os professores para conversar sobre o empenho e a colaboração dos alunos na limpeza dos banheiros e da sala de aula. Ficamos de elaborar durante o período de recesso algo para promover essa ação no semestre que vem.
Também solicitei aos docentes que, na primeira reunião durante as horas de atividade coletiva (HAC) após o regresso, avaliassem o semestre que passou e elaborassem metas e ações para os próximos meses.
Como você pode ver, a escola continua funcionando mesmo sem a presença dos alunos. No entanto, devo destacar que, sem eles, esse espaço fica sem vida e entristecido, porque é a agitação e a energia desses meninos e meninas que nos contagiam de tal maneira que já estamos contando no dedo o tempo para o retorno deles!
E você, diretor ou diretora, já traçou metas para o segundo semestre? Os funcionários participam dos seus afazeres nesse período? Compartilhe conosco a sua experiência.

quarta-feira, 18 de junho de 2014


Você sabe a diferença entre software livre e código aberto?


Oi, pessoal! Sou Felipe Costa, webmaster dos sites de NOVA ESCOLA e GESTÃO ESCOLAR. Na nossa equipe, sou eu que programo o site. Preparei este post para falar sobre software livre e código aberto.
Você já ouviu esses dois termos e ficou sem saber o que isso quer dizer? Vamos esclarecer todas as suas dúvidas sobre o tema!
O software livre tem como objetivo permitir que as pessoas possam usar, estudar, modificar e redistribuir programas de computador ou somente seus códigos fonte (que são como receitas para criar outros programas). A única exigência é que, ao redistribuir o programa, ele permaneça livre para ser novamente alterado por outros usuários.
Outra vantagem é que esses programas não pertencem a uma empresa e podem ser baixados gratuitamente da internet. Já falamos um pouco sobre o tema neste post: Software livre: que bicho é esse?
Segundo a Free Software Foundation (Fundação do Software Livre), o software livre deve garantir quatro tipos de liberdade aos usuários:
1 – Liberdade de executar o programa para qualquer propósito;
2 – Liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para suas necessidades;
3 - Liberdade de redistribuir cópias do programa de modo que você possa ajudar outros usuários;
4 – Liberdade de modificar o programa e distribuir essas alterações, de modo que toda a comunidade se beneficie.
Um dos exemplos de software livre mais conhecido é o sistema operacional Linux. Há também oBrOffice: um pacote de aplicativos onde é possível escrever textos, alterar e criar imagens, organizar pesquisas de dados e produzir um jornal ou apresentações de slides. Ele é um equivalente do famoso pacote Office, que pertence à multinacional Microsoft.
Já o programa em código aberto, ou open source (em inglês), é aquele no qual o usuário pode modificar o código, de acordo com o que deseja usar. Porém, o desenvolvedor original do programa determina as condições de uso e de distribuição. Por exigir mais conhecimentos técnicos, os códigos abertos são geralmente manipulados por programadores.
O conhecido navegador Firefox, por exemplo, tem seu código aberto para modificação e redistribuição. Aliás, você já utilizou o Firefox para acessar seus sites e e-mails? Esse navegador gratuito conta com ótimos recursos, fruto justamente da colaboração de uma comunidade de programadores em todo o mundo. Assista ao vídeo promocional do Mozilla chamado “A web que queremos”.
Para o usuário comum, são poucas as diferenças entre programas de software livre e de código aberto. Mas agora, quando você encontrar programas com a sigla FLOSS (free/libre/open source software, em inglês), que quer dizer software de código livre/aberto, já saberá que é um programa que pode ser baixado gratuitamente e que pode ser aprimorado por programadores do mundo todo.

terça-feira, 17 de junho de 2014


Professora versus tia: qual é o papel da afetividade na Educação Infantil?


Professora Fernanda Nunes oferecendo diversos tipos de frutas aos seus alunos da Creche Nossa Senhora Aparecida, em Florianópolis (Foto: Eduardo Marques)
Há algum tempo, fui procurada pela mãe de um aluno da Educação Infantil que se queixava do fato da professora do filho não ser adequada para a função.
– O que a fez chegar a essa conclusão? – perguntei para a mãe.
E a resposta foi:
– É uma professora muito “seca”. Não demonstra afetividade. Imagine que as crianças nem a tratam por “tia”! Chamam-na pelo nome…
Indaguei se havia mais alguma observação além dessa e a resposta serviu para refletir toda a crença dela sobre o assunto:
- A Educação Infantil tem que ser uma continuação da casa, e chamar a professora de “tia” é uma demonstração de carinho de ambas as partes: professora e criança. Acho que ela não sabe o que é afetividade.
Nesses momentos, em que a família quer demonstrar seu conhecimento sobre a função e o papel da Educação escolar na vida dos filhos, todo cuidado é pouco! Embora muitas vezes nossa vontade seja a de colocar a mãe em seu devido lugar, a situação é bastante delicada para tanta frieza. O que acontece é que todas as demandas das mães são legítimas para elas. Cabe a nós, educadores, acolher os sentimentos de insegurança e dúvida e esclarecer as famílias com o embasamento teórico necessário para tranquilizá-las.
Os pais e responsáveis dos pequeninos acreditam, de fato, que a Educação Infantil deve ser um espaço de continuidade da própria casa, onde as crianças sejam cuidadas, possam conviver com outras crianças e se sentir felizes e seguras. Sendo assim, a figura do adulto responsável por promover e garantir tais condições é realmente próxima da figura de uma “tia”, preferencialmente daquela que mesmo não tendo se casado e tido filhos, adora crianças e, fará de tudo para “adoçar” o mundo de seus alunos. Além de ser um grande e desrespeitoso equívoco quanto ao papel do educador,  essa crença apresenta resquícios de uma concepção de Educação Infantil já superada.
Historicamente, as primeiras instituições educativas para as crianças pequenas surgiram na França, durante a Revolução Industrial.  A necessidade da mão de obra feminina implicava a criação de espaços destinados aos filhos das trabalhadoras. Portanto, essas primeiras instituições eram estritamente de cunho assistencial, ou seja, tinham como objetivo prover as crianças dos cuidados necessários para sua saúde e bem-estar, durante o período em que suas mães estivessem trabalhando. Essa visão assistencialista não demandava dos adultos responsáveis conhecimentos específicos além dos que tinham em relação aos cuidados com os próprios filhos, sobrinhos, netos, etc.
No Brasil, o antigo jardim da infância trazia muito dessa perspectiva do “cuidar”,condecorando as profissionais responsáveis pelos pequenos com o título de “tia”: um termo afetuoso dado para quem se torna responsável pelas crianças na ausência das mães. Não vou aqui enfocar a perspectiva ideológica dessa terminologia que destitui do educador sua identidade, tanto de sujeito como de profissional. Minha reflexão se volta para a confusão que o termo “tia” gera quando é considerado como símbolo de afetividade.
Com os avanços dos estudos na área da Psicologia do Desenvolvimento, a partir da segunda metade do século 20 cria-se uma nova concepção do que é ser criança e, portanto, do papel da Educação Infantil.  No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, clareia a necessidade de superar a visão assistencialista da creche e conceber a criança como sujeito social e possuidor de direitos. Assim, a especificidade da Educação de crianças de 0 a 6 anos tem o binômio cuidar/educar, como dimensões complementares, em que se considera o cuidar um compromisso com o outro, com sua singularidade, com suas necessidades, confiando em suas capacidades. E, é claro, disso depende a construção de um vínculo afetivo entre quem cuida e quem é cuidado.
A afetividade na Educação é indissociável da cognição. Ou seja: ela vai muito além das demonstrações de carinho, do “colinho” dado aos pequenos e dos beijos e abraços apertados… Entendemos a afetividade como uma dimensão da psique humana que alimenta e é alimentada pela cognição. Assim, a criança se sente segura e feliz não porque chama sua professora de “tia”, mas porque o ambiente que lhe é apresentado é, ao mesmo tempo,instigante e acolhedor. A afetividade envolve o autoconhecimento: o que gosto, de que tenho medo, como eu me sinto diante de diversas situações, enfim, quem eu sou. E nesse processo de construção da própria identidade, o nome de cada um está presente como representação de parte da sua própria história. Não é a toa que logo no início do ano, prepara-se quadros com fotos dos pequenos e seus familiares. São momentos importantes para trabalhar com os temas da família e da identidade. E está aí uma ótima oportunidade para a criança perceber que em nenhuma das fotos há a imagem da tia/professora. Só estão as pessoas consideradas da família. A professora não é da família. É uma pessoa que escolheu trabalhar com a Educação e que também tem um nome. Por experiência própria, posso garantir que não há nenhum trauma nisso. Há, sim, a insistência – mais por hábito do que por provocação – por parte da família em perpetuar o simbolismo presente na nomenclatura “tia”. Mas nada que nossos esclarecimentos científicos não possam reverter. Novamente nossa premissa para o trabalho na e da escola é o conhecimento.

segunda-feira, 16 de junho de 2014


Futebol é “coisa de menina”?


Pronto! A copa começou… mesmo com todos os prós e contras, este evento mexe com a população brasileira e promove uma comoção nacional. As crianças são as que mais se envolvem no clima do esporte. Chutar a bola, driblar, fazer embaixadinhas, defender no gol… passa a ser a brincadeira predileta tanto de meninos como de meninas. É certo que os meninos costumam ser maioria na prática do jogo, mas muitas garotas já compartilham o desejo e o prazer em jogar futebol. E aí vem a pergunta que não cala nunca: futebol é brincadeira pras meninas?
Houve uma época em que a resposta era não. O senso comum dizia que futebol era  jogo pra menino, assim como brincar de boneca e de casinha eram “coisas de menina”. Contudo, esse é um mecanismo social que serve para desenvolver e moldar homens e mulheres a seguirem determinados comportamentos, habilidades e traços de personalidade considerados adequados para cada gênero. O papel de gênero não é estabelecido somente pelo fato de se nascer com um determinado sexo. Ele é construído cumulativamente por meio das experiências ao longo da vida, entre elas as brincadeiras.
Para os homens, estavam destinadas as atividades que contribuíssem para o desenvolvimento de sua masculinidade, que em nossa cultura significa serem reconhecidos como provedores, protetores, competitivos, fortes e viris. O futebol é um excelente “treino” para estimular essas características, enquanto a brincadeira de boneca seria perfeita para o que se espera de uma mulher: que sejam zelosas, meigas, sensíveis, frágeis… Essas atribuições psico-socioculturais, aliadas às atitudes envolvidas em brincadeiras infantis, artísticas e esportivas, acabam modelando como são enxergados os comportamentos masculino e o feminino em cada sociedade.
Brincadeiras e sexualidade
Recebemos aqui no blog um bom exemplo para falar sobre esse assunto.  Uma professora nos conta sobre dois meninos que possuem trejeitos femininos, gostam de brincar somente com as meninas, participam das danças e teatros que a escola promove, mas não participam dos esportes ditos masculinos e, por isso, são constantemente perseguidos pelos colegas.
Hoje, a gente sabe que nenhuma brincadeira ou atividade é da natureza dos meninos ou meninas. Ela faz parte da diversão e do desenvolvimento de ambos os sexos, de acordo com a aptidão e a identificação de cada um.
Brincar é fundamental para o desenvolvimento da criança. Por meio da brincadeira, ela treina ações futuras, aprende novos papéis, ensaia os comportamentos esperados para o seu gênero, elaborando as informações que foram transmitidas para ela. E isso pode acontecer, mesmo que essas brincadeiras não sejam exatamente aquelas que se instituiu como adequadas para determinado sexo.
O fato de um garoto preferir a dança ao futebol pode fazer com que ele não desenvolva a competitividade, mas pode fazer com que ele aprenda a lidar com uma garota, além de se tornar um grande parceiro na dança, um namorado atencioso e um homem gentil. A forma como cada um decide se portar como homem ou mulher não é determinante para a orientação sexual. Portanto, não faz sentido associar homossexualidade ou heterossexualidade com obediência aos comportamentos esperados para o gênero.
Como a escola pode lidar com esta situação
No caso que acabo de citar, o professor deve conversar com as crianças para tentar descobrir as razões pelas quais elas se negam a fazer determinadas atividades. O objetivo não é encontrar um jeito de fazer a criança brincar do que não gosta, mas de identificar se há algo por trás dessa rejeição, como não considerar positivo ser daquele gênero.
Geralmente, a criança tende a imitar as atividades realizadas tanto pelo pai e pela mãe como pelo professor. Esse comportamento é uma resposta ao processo de identificação pelo qual toda criança passa: no início, imita as pessoas que têm para ela grande valor afetivo. Depois, ao se perceber do sexo feminino ou masculino, ela passa a repetir comportamentos de pessoas do mesmo gênero.
Por meio dessas vivências, a criança incorpora aspectos de seu cotidiano que vão reforçar ou inibir sua identificação com pessoas do mesmo sexo. Nesse processo, é importante que ela veja características positivas no pai e na mãe. E mais: que o progenitor do mesmo sexo que ela seja valorizado pelo sexo oposto. Portanto, os comentários depreciativos sobre qualquer um – homem ou mulher – devem ser evitados por parte dos adultos e mesmo por outras crianças.
Uma boa forma de encaminhar essa questão é estimular o processo de identificação para que se aceite o próprio sexo, desenvolvendo trabalhos de valorização dos papéis masculino e feminino. Uma sugestão é elaborar atividades em que todas as crianças falem sobre os aspectos positivos de ser menino ou menina, buscando exemplos ilustrativos (recortes de revistas ou fotografias) de homens e mulheres que eles admiram.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Três sites para criar páginas de graça na internet

 | Dica de siteTutorial
Ferramentas gratuitas para criar sites. Blog Tecnologia na Educação. Editoria de arte
Criar um site pode ser muito útil para compartilhar vídeos, imagens e textos com seus alunos ou colegas de escola. Já apresentamos no blog um tutorial em vídeo sobre como usar o Google Sites para construir um ambiente virtual e deixar seus materiais disponíveis para todos.
Nesse post, indicamos mais três sites gratuitos que oferecem esse serviço. Todos são bastante simples e não exigem que você conheça linguagem de programação para criar uma  página bacana.
Confira as dicas e escolha o que melhor atende seus objetivos!
Como funciona: com apenas alguns cliques, você escolhe o modelo e o nome do seu site. A cada etapa, a página orienta o usuário sobre os próximos passos e dá dicas de como incrementar a produção. Todas as instruções são dadas em português. O layout do site se adapta ao tamanho das telas de computadores, tablets e celulares. Além disso, é possível acrescentar caixas para receber comentários do Facebook e botões de compartilhamento.
É bacana porque: o site também oferece dicas para utilizar boas palavras-chave na construção do seu site, permitindo que a página seja facilmente encontrada em páginas de busca, como Google, Bing e Yahoo, o que aumentar o número de acessos.
Como funciona: depois de selecionar seu modelo de layout preferido, é possível criar sua página apenas modificando o exemplo. Ou seja, é possível substituir fotos e textos já disponíveis por suas próprias imagens e arquivos. Há também ferramentas para alterar o design, escolhendo cores e mudando fontes. O site é bem fácil de navegar e os textos estão em português. O layout também se adapta ao tamanho das telas de computadores, tablets e celulares.
É bacana porque: entre as opções de modelo, há layouts para páginas dedicadas a comunidades e à Educação. Na seção App Market, o usuário pode escolher todos os “acessórios” que deseja colocar em suas páginas, como GoogleMaps, comentários do Facebook, campo de busca no próprio site, entre outros.
Como funciona: assim como as dicas anteriores, esse site oferece opções de modelos para que o usuário dê início à criação de sua página. Em comparações com os outros, há menos recursos gratuitos disponíveis. Para inserir o campo de busca ou galeria de imagens, por exemplo, é preciso pagar. As instruções dadas ao usuários estão em português e em inglês.
É bacana porque: o site é bastante intuitivo e fornece sugestões aos usuários de como incrementar sua página. Em um clique, é possível adicionar ícones de redes sociais e criar fóruns de discussão.


Três sites para criar páginas de graça na internet

Ferramentas gratuitas para criar sites. Blog Tecnologia na Educação. Editoria de arte
Criar um site pode ser muito útil para compartilhar vídeos, imagens e textos com seus alunos ou colegas de escola. Já apresentamos no blog um tutorial em vídeo sobre como usar o Google Sites para construir um ambiente virtual e deixar seus materiais disponíveis para todos.
Nesse post, indicamos mais três sites gratuitos que oferecem esse serviço. Todos são bastante simples e não exigem que você conheça linguagem de programação para criar uma  página bacana.
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Como funciona: com apenas alguns cliques, você escolhe o modelo e o nome do seu site. A cada etapa, a página orienta o usuário sobre os próximos passos e dá dicas de como incrementar a produção. Todas as instruções são dadas em português. O layout do site se adapta ao tamanho das telas de computadores, tablets e celulares. Além disso, é possível acrescentar caixas para receber comentários do Facebook e botões de compartilhamento.
É bacana porque: o site também oferece dicas para utilizar boas palavras-chave na construção do seu site, permitindo que a página seja facilmente encontrada em páginas de busca, como Google, Bing e Yahoo, o que aumentar o número de acessos.
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Como funciona: assim como as dicas anteriores, esse site oferece opções de modelos para que o usuário dê início à criação de sua página. Em comparações com os outros, há menos recursos gratuitos disponíveis. Para inserir o campo de busca ou galeria de imagens, por exemplo, é preciso pagar. As instruções dadas ao usuários estão em português e em inglês.
É bacana porque: o site é bastante intuitivo e fornece sugestões aos usuários de como incrementar sua página. Em um clique, é possível adicionar ícones de redes sociais e criar fóruns de discussão.

quinta-feira, 12 de junho de 2014


Estamos perdendo tempo nas reuniões pedagógicas?

Professores se reúnem para discutir planejamento pedagógico na EMEF Profª Hilda Weiss Trench, em Itapetininga (SP). Foto: Gabriela Portilho
Professores se reúnem para discutir planejamento pedagógico na EMEF Profª Hilda Weiss Trench, em Itapetininga (SP)
“As reuniões pedagógicas são perda de tempo”.  Já ouvi essa frase de muitos professores em várias escolas diferentes. Sempre me incomoda perceber que alguns docentes encaram o momento de discutir coletivamente as questões da escola como algo inútil ou perda de tempo, pois é justamente nesse momento que decisões pedagógicas importantes podem ser tomadas. É preciso retomar o papel desses encontros e sua importância para melhorar a prática docente e o trabalho com a equipe gestora.
Sem pretender fazer uma lista exaustiva, podemos dizer que a reunião de professores serve para:
- organizar demandas do cotidiano escolar.
- organizar intervenções interdisciplinares.
- discutir casos de alunos que demandam uma decisão coletiva.
- oportunidade de estudar em conjunto.
No entanto, por vários motivos, muitas reuniões acabam de fato sendo mal utilizadas. Talvez por falta de preparação e de clareza sobre os objetivos do encontro, a conversa acaba sendo improdutiva e nada é resolvido.
Além disso, há “indisciplina” por parte dos  próprios participantes, que se dispersam ou fazem outras coisas durante a reunião (preenchem diário, corrigem provas, conversam paralelamente, usam o celular)… Atitudes que só contribuem para piorar a situação.
Mesmo quando a reunião é bem preparada e conduzida, pode ficar centrada apenas nas questões organizacionais: discutir e informar cronograma, distribuir tarefas relativas a projetos ou aulas, dividir grupos de alunos para os mais variados fins… Demandas que toda escola tem e que precisam ser atendidas!
Porém, quando isso acontece, outros aspectos são deixados de lado, principalmente o estudo conjunto e a reflexão sobre a prática. Isso gera um círculo vicioso porque, se nós professores não vivenciamos reuniões formativas e reflexivas, acabamos nos acostumando com a ideia de que os momentos coletivos servem apenas para organizar tarefas (e, portanto, não servem para estudar…).
Na EJA, isso é especialmente complicado, pois há muita carência de materiais e propostas pedagógicas, o que eleva a importância do trabalho em equipe. Além disso, a singularidade das turmas é muito marcante, o que torna ainda mais importantes os momentos de compartilhar ideias e refletir coletivamente sobre a prática.
Uma das possibilidades é reservar logo no início do ano, durante o planejamento, algumas reuniões cujo foco seja de fato o estudo coletivo. Talvez assim seja possível garantir que esses momentos não sejam completamente tomados pelas demandas de organização.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

As novas gerações de professores e as brincadeiras tradicionais

Alguns professores novatos não conheciam as brincadeiras das crianças. Por isso, organizei uma formação para que eles vivenciassem essas atividades (Foto: Leninha Ruiz)
Alguns professores novatos não conheciam as brincadeiras das crianças. Por isso, organizei uma formação para que eles vivenciassem essas atividades (Foto: Leninha Ruiz)
Brincar é a linguagem da criança e a escola de Educação Infantil é o lugar onde as brincadeiras são aprendidas e têm um momento reservado para acontecer todos os dias. Mas o que acontece quando os professores não sabem brincar?
Nos últimos anos, tenho notado que as brincadeiras tradicionais, como corre cutia, elefantinho colorido, queimada, pula-elástico e até pular corda, não fizeram parte da infância dos professores mais novos. Por isso, eles acabam ficando excluídos desse momento da rotina dos alunos simplesmente porque não sabem como brincar.
Antes de essa geração chegar à escola, essas brincadeiras faziam parte dos planejamentos e nós, coordenadores, precisávamos apenas discutir com os professores a adequação delas ao espaço e à faixa etária de cada turma e a melhor maneira de encaminhar a atividade para assegurar a participação de cerca de 25 ou 30 crianças. Só tínhamos de aprender as regras de outras quando vinham profissionais de outras regiões do país que traziam brincadeiras de suas terras natais, como parede mágica e a raposa e os pintinhos (clique aqui para ver como brinca).
O que eu fiz na escola para reverter essa situação?Outro ponto que eu observei foi que, de uns anos para cá, pelo menos nas grandes cidades, se tornou incomum ter um quintal em casa e ficou perigoso brincar nas ruas, ocupadas pelos carros. Isso, entre outros fatores, fez com que as crianças passassem muito mais tempo na frente da televisão e deixassem de aprender brincadeiras com irmãos, primos e vizinhos.
Durante um tempo, os professores mais experientes tentaram explicar para os novatos como eram as brincadeiras e ensinaram as músicas ou parlendas dos jogos. Na prática, no entanto, eu não via nenhuma das brincadeiras acontecer. Inclusive, percebi que algumas turmas só sabiam brincar nos brinquedos do parque ou ficar correndo de um lado para o outro.
Nessa hora, eu tive que intervir. Para isso, organizei uma formação para que os professores vivenciassem as brincadeiras. Ler e discutir com a equipe docente como se brinca não seria uma boa alternativa nesse caso!
O caminho foi criar oficinas. Combino com os professores que venham para a formação vestidos com roupas confortáveis. Convido também os estagiários da escola para aumentar o número de participantes e dar a chance a eles de aprender. Já aconteceu de apenas quatro professores comparecerem. Nesse caso, chamei a turma de 5 anos para brincar junto.
O resultado foi uma revolução, já que os professores passaram a se divertir vivenciando os jogos e brincadeiras e passaram a assegurar nas rotinas o aprendizado e também a diversão das crianças.

terça-feira, 10 de junho de 2014


Generosidade se aprende e se pratica na escola


Às vésperas do início da Copa do Mundo de Futebol em nosso país, paira no ar uma sensação de aliança verdadeira e visceral entre o povo brasileiro. Algo parecido com um sentimento de irmandade. Assistimos e vivemos situações durante os jogos da nossa seleção em que uma multidão de estranhos se une em afeto: sofremos e comemoramos juntos! Afinal, não há necessidade de conhecer a identidade de cada um. Basta o sentimento comum.
E é justamente nessa semana, em que nossa sensibilidade está à flor da pele, que trazemos para o blog uma campanha de conscientização sobre a Aids. Fora de contexto? Absolutamente não!
Pensando no nosso universo profissional e em nosso maior foco, o aluno, o que a escola, responsável direta pelo trabalho com o conhecimento, pode fazer de fato para combater e erradicar o preconceito em relação aos soropositivos?
Não há dúvidas de que o primeiro passo é garantir espaços permanentes de formação para os professores e demais profissionais da instituição. É por meio do conhecimento que são “derrubados” os mitos que assombram e comprometem os relacionamentos com pessoas contaminadas pelo vírus HIV. Há no grifo anterior a intenção de ressaltar que os espaços de formação sejam realmente permanentes, e não somente organizados pelos calendários de campanhas e datas em que surgem propostas de novos projetos a serem desenvolvidos pela escola. Por quê? Porque é na formação continuada, responsabilidade da equipe de coordenação/orientação pedagógica, que se constrói coletivamente uma proposta de trabalho. Proposta essa que garanta aos alunos qualidade não só em relação ao trabalho com o conhecimento, mas, e principalmente, a prática de valores e virtudes necessárias à convivência. Ou você acredita que somente ter o conhecimento de que não se “pega Aids fazendo trabalho em grupo com um soropositivo” é suficiente para que nossos alunos acolham generosamente aqueles que se sentem inferiores e rejeitados pela vida? Saber é indispensável, mas não suficiente para garantir atitudes generosas, justas e, enfim, morais.
O trabalho contra o preconceito de qualquer natureza implica também o exercício constante da generosidade. A definição de tal virtude difere da justiça porque, na explicação de Yves de La Taille (2006, p.10)“dá-se a outrem, não o que lhe cabe de direito, mas sim o que corresponde a uma necessidade singular”(*). Assim, não basta o professor somente garantir ao aluno soropositivo a sua inclusão e seu direito de trabalho em grupo. É mais do que isso. Trata-se de um esforço permanente que aguce o olhar de professores e alunos para o reconhecimento da generosidade em pequenas atitudes, como o empréstimo voluntário de um material ou a ajuda voluntária em uma tarefa. Muitas vezes, tais atitudes são impedidas pelo professor com a justificativa de que os alunos estão “atrapalhando a aula”. O que acaba, ainda que de maneira não intencional, passando a mensagem de que a ajuda voluntária não é importante, ao contrário, fere regras pré-estabelecidas, como a do silêncio, por exemplo. O trabalho com virtudes deve ultrapassar a postura discursiva e envolver os alunos em práticas com causas sociais. Conhecer, viver e se envolver com a realidade que nem sempre é “cor-de-rosa”. Portanto, a abordagem de questões que envolvam principalmente a visão humanitária deve estar viva no currículo da escola.
Estudos demonstram que a generosidade está presente no início da construção da moralidade. Ou seja: crianças bem pequenas já reconhecem esse valor e apresentam atitudes generosas. Ora, por que então no mundo de hoje atitudes generosas são consideradas como exceções nas relações? Uma das hipóteses que nos parece lógica é a de que como a escola e a família muitas vezes não reconhecem, não incentivam ou não valorizam tal virtude, ela se “enfraquece” e não se torna presente nas relações. Faz sentido? Pois então, é hora de invertermos essa lógica!
Espero que a comoção que sentimos com a execução do Hino Nacional no início de cada jogo da Copa do Mundo nos inspire para um trabalho que ajude nosso aluno a se comover ainda mais com a fragilidade e dor do outro. E que ao se comover, ele sinta a necessidade de ser generoso e que sua generosidade o faça sentir-se bem!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

       

        Como falar sobre Aids com as crianças


Nas próximas semanas, todos os blogs de Nova Escola e Gestão Escolar falarão sobre a prevenção da Aids. Esta iniciativa faz parte da campanha Atitude Abril, lançada em fevereiro para tratar do assunto em diversas publicações (saiba mais aqui). Coube ao Direto ao Ponto iniciar essa rodada de debate sobre o tema com professores e gestores.
Recentemente, durante uma capacitação sobre Educação sexual, uma professora me questionou sobre como falar com crianças sobre Aids, uma vez que seus alunos não têm ideia do que seja uma doença sexualmente transmissível (DST).
De fato, há certos termos e conteúdos que, dependendo da idade, da maturidade cognitiva e do interesse dos alunos, não faz sentido trabalhar com eles. Mas isso não quer dizer que a conversa sobre Aids deva ficar restrita ao trabalho com os adolescentes. A criança pode, desde cedo, incorporar conceitos e atitudes muito valiosos para fazer dela um jovem responsável e bem informado sexualmente.
Por isso, sugiro a seguir alguns conteúdos que podem ser trabalhados com os alunos da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
O que ensinar na Educação Infantil 
Desde a infância devemos fomentar comportamentos e atitudes de prevenção que serão aprendidos e aplicados na adolescência. Como esse período é um momento de exploração e conhecimento do próprio corpo, as conversas com a turminha podem ir nessa direção.
Converse sobre os conceitos de saúde e doença.
  • Ensine que elas têm um corpo e que ele precisa receber alguns cuidados, como boa alimentação, higiene e exercícios físicos, para se manter saudável.
  • Conte que muitas doenças são causadas por vírus e bactérias – “bichinhos invisíveis” muito atrevidos que conseguem entrar em nosso corpo. Pergunte que doenças eles conhecem e se a Aids não aparecer entre elas, cite-a para que eles tomem conhecimento de sua existência.
Fale sobre o contágio de doenças pelo sangue.
  • Nessa faixa etária (de 3 a 6 anos), não faz sentido falar sobre o HIV ou formas de contaminação da Aids, mas é muito importante conversar sobre a transmissão pelo sangue e o quanto é importante não tocar no machucado de um coleguinha que estiver sangrando. Encontrei um vídeo na internet muito interessante para trabalhar essa forma de transmissão e a prevenção do HIV com as crianças. (Veja aqui)
A relação de gênero também pode estar presente nessa conversa.
  • A partir dos 3 anos de idade, a criança começa a tomar consciência de que existe o sexo masculino e o feminino. Esse é um momento importante para introduzir no repertório das crianças condutas positivas para sua vida, que a ajudarão a lidar com sua sexualidade. É uma boa hora para desconstruir estereótipos como: homem não pode chorar e ter medo, ou a mulher deve ser obediente. Isso poderá ter um impacto positivo para o futuro das crianças, diminuindo sua exposição a situações de vulnerabilidade.
O que ensinar no Ensino Fundamental 1Este período abrange a faixa etária dos 7 aos 10 anos, fase em que a criança está ávida por informações e tem maior consciência e autonomia sobre o seu corpo.
É o momento ideal para introduzir as primeiras noções de prevenção.
  • Nessa idade, as crianças têm autonomia para desempenhar algumas tarefas sem precisar muito da ajuda de um adulto. É fundamental trabalhar com eles os cuidados de higiene para cada parte do corpo. Com isso, o professor estará ajudando o aluno a construir a noção de que seu bem-estar físico passa pelos cuidados com seu organismo.
Em um trabalho conjunto com a disciplina de Ciências, as crianças têm condições de aprender que existem vírus e bactérias causadores de doenças e que uma delas é a Aids.
  • O professor pode explicar para os alunos, de acordo com as expectativas de aprendizagem desses anos, o que é a Aids e o que o HIV faz no organismo. Os professores podem adaptar a história criada pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo para ensinar a melhor forma de falar aos pacientes infantis sobre o vírus HIV/AIDS (veja aqui).
  • Para as crianças do 4o ano, essa abordagem pode ser mais direta e dinâmica, com perguntas que verifiquem o que eles sabem sobre Aids. É importante também que, dentro das possibilidades e do contexto adequado para isso, a camisinha seja apresentada para os alunos.  Quanto mais cedo a criança entra em contato com o preservativo, mais rápido ela estabelece intimidade com essa ferramenta imprescindível na prevenção da Aids e outras DSTs.
Também é o momento de mostrar aos pequenos a importância da solidariedade e de quebrar preconceitos.
  • Embora não seja muito comum as crianças saberem quem é ou não portador do HIV, é muito importante que eles entendam que essa pessoa não irá infectá-la, a não ser que se entre em contato com seu sangue. Portanto, eles devem aprender que está tudo bem em brincar e interagir com pessoas que tenham a doença e que não precisam tratá-las de forma diferente.
Existe, na sua escola, um programa para falar de Aids com as crianças? Conte sua experiência nos comentários. Tenho muito interesse em conhecer as experiências de professores e gestores nessa área.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

  

Como tirar o melhor proveito do fechamento de bimestre

Eduarda Diniz Mayrink analisa documento com professora da escola (Foto: Manuela Novais)
Eduarda Diniz Mayrink analisa documento com professora da escola (Foto: Manuela Novais)
Final de bimestre na escola é um tumulto. A rotina se volta para a aplicação e correção das avaliações, análise dos resultados obtidos pelas crianças e organização de reuniões de pais. Em meio a todas essas atividades, sempre surge a pergunta: como realizar o fechamento do bimestre de forma que os dados obtidos ajudem na melhoria do ensino e da aprendizagem?
Antes de tudo, é importante dizer que o bimestre precisa ser planejado. Assim, é possível antecipar quais serão os conteúdos trabalhados e as ações realizadas. Dessa maneira, quando o período está acabando, podemos rever essa reflexão original e comparar com o que de fato conseguimos fazer.
Levantamento de dados
Para começar o trabalho, organizo com os docentes a avaliação do desempenho dos alunos ao longo do bimestre utilizando alguns instrumentos, que servem de parâmetro para o levantamento de dados:
  • Planilha dos conteúdos abordados durante o bimestre (clique no link para acessar o modelo). Ela servirá de apoio na tabulação das avaliações aplicadas
  • Planilha de análise de produções dos alunos e da evolução da aprendizagem
  • Gráfico de rendimento dos alunos (clique no link para acessar o modelo). Ele é feito com as notas obtidas pelos alunos. Dessa forma, conseguimos montar um panorama geral da turma em cada disciplina
  • Diagnósticos realizados e tabulação dos resultados obtidos.
  • Registros de observação de determinadas atividades realizadas em sala, com o foco em um conteúdo definido. Para acompanhamento, é elaborada uma pauta de análise pré-estabelecida
  • Análise do planejamento de atividades realizadas em sala e do caderno dos alunos
  • Dados reais da turma (frequência dos alunos e do professor, cumprimento do calendário escolar, tempo didático destinado ao conteúdo de acordo com a rotina planejada e a rotina real aplicada em sala)
  • Combinados estabelecidos em reuniões de formação que deveriam ser cumpridos na rotina. Nas reuniões, ao estudarmos um determinado conteúdo, definimos de que forma poderiam ser aplicados de acordo com a necessidade de aprendizagem da turma. A partir disso, fazemos combinados de metas e ações
 Com tudo em mãos, eu e os professores analisamos as informações, procurando identificar como o processo de ensino impactou na aprendizagem das crianças e quais são suas principais dificuldades. Depois de compartilhar nossas análises, pensamos em planos de ação para qualificar nosso trabalho e melhorar o desempenho dos alunos.O que fazer com os dados?
Caso seja identificado que as estratégias de ensino utilizadas não foram bem sucedidas, por exemplo, eu preparo um plano de formação para o professor, para que as práticas sejam melhoradas. Entre as possibilidades estão estudar como determinado conteúdo pode ser trabalhado em sala, quais sequências de atividades devem entrar no planejamento e quais intervenções podem ser realizadas.
Paralelamente, não podemos deixar os responsáveis pelas crianças de fora dessa reflexão. Eles também precisam ficar cientes dos resultados e ser informados sobre quais serão as ações realizadas pela escola para melhorá-los. Para isso, marcamos uma reunião de pais logo após o fechamento.  No bimestre seguinte avalio o desenvolvimento das ações e levantamos novos dados.

quinta-feira, 5 de junho de 2014


A importância dos auxiliares de Educação

Foto: Arquivo pessoal
Também chamados de inspetores ou monitores, eles são essenciais para o bom andamento das atividades dentro e fora das salas de aula
Um aluno se machucou? O auxiliar de Educação é chamado para dar assistência e fazer o curativo seguindo as orientações recebidas no curso de primeiros socorros. Uma criança pequena precisa de ajuda no banheiro ou no bebedouro? Eles também ajudam. Um aluno faltou? Os auxiliares são os primeiros a notar. Se alguém chega com mais pressa ou mais aflito, também logo percebem.
Em alguns lugares, esses profissionais são chamados de inspetores ou monitores. O nome tanto faz… O fato é que eles são o nosso braço direito e também o esquerdo!
Quando iniciei minha carreira de educadora na rede municipal de Itapetininga, o professor tinha que dar conta da qualidade da aprendizagem e do atendimento, tudo sozinho. Tinha, por exemplo, que contar com a disponibilidade da servente ou da merendeira para entregar os alunos aos pais na hora da saída. Foi assim até o início da década de 90, quando aconteceu o primeiro concurso público para auxiliares de Educação em nossa cidade. Depois disso, eles chegaram e se tornaram essenciais.
São eles que complementam o trabalho do professor quando necessário colaborando com atividades dentro da sala de aula e fora dela. Oferecem assistência na hora de servir a merenda e no intervalo com propostas recreativas diversificadas, sempre com o cuidado de evitar acidentes e preparam as turmas para o retorno às aulas.
Em nossa escola, no final das aulas, os professores acompanham os alunos até a porta da classe e o auxiliar de Educação assume depois dali, levando a garotada para o portão da escola. Eles entregam os alunos aos pais e, quando necessário, transmitem recados. Também cuidam do bom funcionamento do transporte escolar na hora da entrada e da saída.
Como resultado de todas essas funções, os auxiliares desenvolvem uma relação muito próxima com os alunos e com os pais, tornando-se até confidentes de alguns. Então, quando precisamos saber um pouco mais sobre alguma criança é comum recorrermos ao conhecimento deles.
Semanalmente, um dos nossos auxiliares participa da nossa hora de trabalho coletivo e compartilha os principais temas da semana, discutindo dificuldades e soluções com os professores e gestores. Assim, conseguimos definir o que deve ser prioridade na agenda deles para os dias seguintes.
Aproveito, então, para agradecer a Daniela, a Ivone, a Juliana, a Tânia e o Robson, auxiliares de Educação da EMEF Professora Hilda Weiss Trench, e estendo meus cumprimentos a todos os demais profissionais dessa área. Eu tiro o meu chapéu para todos vocês!

quarta-feira, 4 de junho de 2014


Como criar um GIF animado

Tutorial ensina como fazer um GIF animado
Quer deixar suas aulas mais animadas? hehehe…
Veja nossa dica de como criar uma animação, utilizando um recurso digital bem simples: o GIF animado.
Se você nunca ouviu falar em “gif” ou “guif”, basta saber que ele é apenas mais um dos inúmeros formatos digitais de fotos e ilustrações existentes, assim como JPG (ou JPEG), PNG, EPS etc.
Esse tipo de arquivo, muito difundido entre usuários da internet hoje em dia, pode ser utilizado para apresentar a seus alunos conceitos básicos de animação nas aulas de Arte ou mesmo para ilustrar um conteúdo – de qualquer disciplina –, no qual o movimento ou mudança de imagens ajude a turma a compreender melhor o tema abordado. Veja alguns exemplos encontrados na internet:
Fotografias de Eadweard Muybridge exibidas em sequência no final do século XIX
Cavalo em Movimento – E. Muybridge, 1878
Como funciona um carro, infografia animada de Jake ONeil
Como funciona um carro – Jake ONeil, 2014
Como funciona?
O GIF animado armazena uma série de imagens em um único arquivo, exibindo-as em sequência, de forma automática e em loop (quer dizer, após exibir a última imagem, ele sempre retorna à primeira).
Portanto, para criar uma animação, a primeira coisa que devemos fazer é providenciar uma série de imagens com pequenas diferenças de posição, formato ou cor entre os elementos que compõem a cena. Para isso, podemos usar um programa de edição de imagens (Photoshop, Paint etc) para criar os desenhos ou usar várias fotos com a sequência de um movimento (de pessoas, objetos ou desenhos). Veja abaixo nosso exemplo:
Sequência de imagens para animação
Para animá-las, vamos usar o Gifmake, uma ferramenta online gratuita, mas existem muitos geradores de GIFs animados na web. É muito simples mesmo!
Basta fazer o upload (carregamento) de cada imagem ou arrastá-la, uma por vez, para dentro da área pontilhada indicada pelo site (como mostra a ilustração abaixo). Nessa ferramenta, existe um limite máximo de 10 imagens (ou 15, em uma versão mais “pesada” que você encontra no rodapé do site). Seus arquivos também não podem ultrapassar 1,5 Mb (tamanho em megabytes por foto).
Depois de inserir as imagens no Gifmake, clique no botão Generate Gif  para ver o resultado. Se quiser deixar a animação mais rápida ou mais lenta, basta ajustar a velocidade, deslizando o botão do cursor Delay (atraso), e clicar em Generate Gif novamente para conferir o ajuste. Quando estiver satisfeito, clique em Download GIF para salvar o arquivo no seu computador. Confira todos esses passos no esquema abaixo:
Como fazer um GIF animado no Gifmake
Depois de baixar o GIF, você pode incluir sua animação em apresentações de PowerPoint, usar em blogs ou mesmo vê-la isoladamente, abrindo o arquivo diretamente do seu computador em qualquer navegador como Chrome, FireFox, Explorer etc.
E aí, ficou animado(a)? Então, mãos à obra! Aproveite para conferir estas reportagens e planos de aula relacionados ao tema publicados por NOVA ESCOLA :