Não basta informar sobre a Aids. É preciso motivar os alunos a se proteger!
A cada dia de 2012, cerca de 2 mil jovens de 10 a 24 anos se infectaram com o vírus da Aids no mundo todo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Estima-se que 5,4 milhões de rapazes e moças dessa faixa etária vivam com a doença. A maioria ainda não descobriu: depois que o HIV infecta uma pessoa, o corpo ainda leva 10 anos para manifestar os primeiros sintomas da síndrome.
Por isso, é muito difícil encontrar um jovem sofrendo com a Aids. E por conta dessa invisibilidade, muitos adolescentes estão se descuidando. Isso fica evidente quando converso com os jovens. A grande maioria me diz que só usa a camisinha caso haja risco de gravidez. “Eu nunca soube de um adolescente que tenha ficado doente de Aids. Mas amigas grávidas… isso eu vejo muito!”, comentam.
A Aids é uma das doenças mais estudadas no mundo. Desde que foi descrita, em 1981, cientistas já sequenciaram o DNA do vírus HIV, descreveram sua atuação no organismo, criaram coquetéis para melhorar a qualidade de vida de doentes e tentaram vacinas contra a infecção. Há até uma vacina brasileira bem próxima de ser testada em humanos.
A Aids ainda não tem cura!
Por isso, precisamos motivar os alunos a se proteger da doença. Eu sei que esta não é uma tarefa fácil. Prevenir-se é um comportamento que deve ser aprendido. E só existem dois caminhos para aprender: o medo ou a admiração/reconhecimento, como disse um dia meu querido professor, o Dr. Cornélio Rosemburg.
Por isso, precisamos motivar os alunos a se proteger da doença. Eu sei que esta não é uma tarefa fácil. Prevenir-se é um comportamento que deve ser aprendido. E só existem dois caminhos para aprender: o medo ou a admiração/reconhecimento, como disse um dia meu querido professor, o Dr. Cornélio Rosemburg.
O HIV não aterroriza mais. Sobrou o reconhecimento. Devemos levar os alunos a reconhecer a importância da prevenção. É esta consciência que irá gerar neles uma motivação pessoal.
A camisinha ainda é o único meio eficaz de proteger as pessoas da Aids. Mas muitos jovens e adultos adorariam que esse item ficasse fora de suas vidas sexuais. Usar preservativo exigemotivação intelectual – ou seja, demanda um pensamento elaborado e convicção suficiente para vencer o impulso de fazer sexo sem camisinha. Já o sexo desprotegido tem motivações mais fáceis e simples: de ordem prazerosa (exige apenas um pensamento simples) einstintiva (relacionada à necessidade de sobreviver). É duro para mim, uma educadora sexual, dizer isso. Mas é assim que trabalho, sem negar os fatos.
Como motivar os alunos a usar camisinha
Você pode trabalhar este tema de maneira a informar e motivar os alunos. Aqui vai uma sugestão de aula, que exige apenas papel, caneta e preservativos.
Comece solicitando que os alunos listem as dificuldades, medos e tabus relacionados ao uso da camisinha. Depois, divida-os em quatro grupos e peça que contem uns para os outros o que escreveram. Em seguida, solicite que os grupos listem as dificuldades mais comuns, ou seja, as que todos os membros disseram ter. Os estudantes devem guardar essa lista para usar mais adiante.
Em seguida, faça o Jogo da Assinatura, uma dinâmica que revela a cadeia de transmissão do HIV. Essa brincadeira, de domínio público, está descrita na página 40 do Manual de Prevenção das DST/HIV/Aids em Comunidades Populares, do Ministério da Saúde, disponível na internet.Depois do jogo, explique a importância da camisinha na proteção à saúde.
Finalize pedindo para os grupos se acomodarem e apresentarem suas listas. Ao final de cada apresentação, dê as informações necessárias para desmistificar os assuntos sobre os quais os alunos têm dúvida. Pode haver dúvidas sobre a resistência da camisinha, sua colocação e os efeitos que o preservativo traz à sensibilidade dos órgãos sexuais. Nesse caso, peça para os alunos colocarem a camisinha em uma mão e fazerem testes para que eles mesmos encontrem as respostas.
Essa aula costumar impactar positivamente os alunos. Eles conseguem perceber os reais riscos de contrair a doença, mesmo que no “faz de conta”. Um comentário comum entre os jovens é: “Eu não sabia que era assim… nunca mais transo sem camisinha!”. A atividade também desfaz alguns preconceitos sobre a resistência do preservativo.
Um convite para o fim de semana
Eu e minha equipe do Instituto Kaplan desenvolvemos uma camisinha gigante inflável para trabalhar a importância do uso do preservativo. A exposição Por dentro da Camisinha estará na Escola Estadual Pimentas VII (Av.: Marginal Sul, 87 , Bairro Pimentas), em Guarulhos (SP), entre os dias 21 e 23 de fevereiro.
Eu e minha equipe do Instituto Kaplan desenvolvemos uma camisinha gigante inflável para trabalhar a importância do uso do preservativo. A exposição Por dentro da Camisinha estará na Escola Estadual Pimentas VII (Av.: Marginal Sul, 87 , Bairro Pimentas), em Guarulhos (SP), entre os dias 21 e 23 de fevereiro.
A exposição está aberta a visitas de escolas a partir do dia 21 de fevereiro, à tarde. Mais informações com a Diretoria de Ensino Guarulhos Sul (Contatos: (11) 2442-2275 / 2276 e (11) 97127-8305; hederval@ig.com.br e guarulhos_sul@yahoo.com.br). O evento é uma iniciativa da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) e do Programa Escola da Família.
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