Saiba como orientar os professores a preparar boas provas.
Com um currículo estruturado e com a ajuda do coordenador pedagógico, o professor é capaz de pensar em estratégias de ensino e, com base nisso, planejar avaliações para diagnosticar a aprendizagem dos alunos. Sabemos que o docente tem vários instrumentos para fazer isso: provas escritas, atividades diagnósticas, observações de atividades, registros dos cadernos, trabalhos, pesquisas, apresentações orais, entre outros. Hoje, gostaria de refletir sobre as provas.
Quando construo minha rotina, já prevejo um momento em que terei que orientar os professores sobre a elaboração das avaliações. Nas nossas reuniões formativas, costumo refletir com a equipe sobre os aspectos necessários para fazer boas provas, que analisem apenas aquilo que foi ensinado. A seguir, listo alguns deles, definidos por mim e pelos educadores da escola em que trabalho:
Currículo e estratégias. A cada início de bimestre, seleciono com os professores os conteúdos que farão parte do currículo das séries e quais serão as estratégias de ensino adotadas. Isso vai permear toda a reflexão sobre as avaliações posteriormente.
Questões. Para construir uma boa prova, é preciso garantir uma conexão entre o que é avaliado e as atividades que o aluno costuma fazer em sala de aula. Portanto, as questões devem abordar apenas aquilo que foi trabalhado em sala de aula, além de ser claras e objetivas, para que os estudantes compreendam o que está sendo pedido.Objetivos. Tabulamos os objetivos definidos para o bimestre numa planilha (clique aqui para ver um exemplo). Ela será utilizada para prever o tempo necessário para a realização da prova e o número de questões para dar conta de avaliar todo o conteúdo ensinado. Além disso, servirá para acompanhar os resultados dos alunos e pensar replanejamentos futuros.
Pontuação. O valor total da prova deve ser distribuído adequadamente por todas as questões, de acordo com o nível de dificuldade, por exemplo.
Análise da prova elaborada pelo docente
Sempre peço para que os professores me entreguem os documentos elaborados com antecedência, para que eu tenha tempo de analisá-los e dar uma devolutiva. Gosto de fazer observações pessoalmente, ponderando sobre as questões junto com eles.
Na maioria das vezes, minhas intervenções focam numa comparação entre a forma que determinado conteúdo foi trabalhado em sala de aula e como ele está sendo cobrado na prova. Com base nas respostas dos docentes e na análise do caderno das crianças (leia mais sobre isso aqui), sei se uma pergunta está adequada ou não àquela turma. Se não estiver, proponho que pensemos em outra alternativa.
Vale lembrar que cabe a cada professor utilizar outros instrumentos de avaliação ao longo de todo o processo de ensino e aprendizagem. Isso permitirá ao profissional considerar o potencial do aluno em vários momentos da rotina escolar e analisar o envolvimento dele nas atividades propostas e nas tarefas de casa. O resultado de tudo isso deve ser somado para compor a média do bimestre.
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