Esse ritmo tão brasileiro ajuda a conhecer instrumentos musicais e as
qualidades do som
Ao escutar um samba, é comum ver as pessoas batendo
palmas ou os pés para acompanhar a marcação. Esse ritmo que conduz o movimento
é o pulso (ou pulsação), constante e coordenado, que dá a base para a música.
Com o objetivo de despertar os ouvidos dos alunos do 5º ano para ele e ampliar
seus saberes sobre as qualidades do som, Tatiana Prado Massura Delfino,
professora de Arte da EMEB Professor Nelson Neves de Souza, em Mogi Mirim, a
160 quilômetros da capital paulista, usou o samba em um trabalho que envolveu a
escuta atenta, a exploração de instrumentos e a produção musical.
Para começar, ela perguntou quem sabia o que era samba. Muitos diziam conhecê-lo, mas não sabiam diferenciar os tipos e faziam confusão com o pagode. Tatiana fez um breve histórico do ritmo e, em seguida, tocou o samba de roda Pelo Telefone, de Ernesto Joaquim Maria dos Santos (1890-1974), e Exaltação à Mangueira, samba-enredo de Aluísio Dias (1911-1991) e Enéas Brittes (em gravação do Monobloco). A docente pediu que os estudantes prestassem atenção no ritmo e também nos instrumentos usados. "Já havia trabalhado com músicas que tinham a marcação em três e quatro tempos. Queria levá-los a observar que o samba é diferente, em dois", explica Tatiana.
Para começar, ela perguntou quem sabia o que era samba. Muitos diziam conhecê-lo, mas não sabiam diferenciar os tipos e faziam confusão com o pagode. Tatiana fez um breve histórico do ritmo e, em seguida, tocou o samba de roda Pelo Telefone, de Ernesto Joaquim Maria dos Santos (1890-1974), e Exaltação à Mangueira, samba-enredo de Aluísio Dias (1911-1991) e Enéas Brittes (em gravação do Monobloco). A docente pediu que os estudantes prestassem atenção no ritmo e também nos instrumentos usados. "Já havia trabalhado com músicas que tinham a marcação em três e quatro tempos. Queria levá-los a observar que o samba é diferente, em dois", explica Tatiana.
Eles constataram que Pelo Telefone era
mais lento do que Exaltação à Mangueira e parecia ser
executado com menos instrumentos. "Mostrei uma estética musical mais
antiga, em que a forma de cantar, produzir e gravar era bem diferente."
Ela conta que os conceitos musicais - como ritmo, timbre, grave e agudo, forte
e fraco - e as informações sobre o gênero foram trabalhados durante a fruição.
"Ter como base a apreciação para ensinar a teoria é importante, pois da
escuta e do fazer musical surgem questões e a busca pelas respostas",
afirma Tiago Madalozzo, professor de Musicalização Infantil e Piano, da Alecrim
Dourado Formação Musical.
Tatiana colocou para tocar, ainda, um samba-rock e um pagode, para que a garotada pudesse observar as diferenças entre os estilos em termos instrumentais. Ela não trabalhou a letra das canções, pois queria que todos se concentrassem na parte instrumental. "Conseguir identificar as variantes rítmicas requer uma atenção maior, mais sensível. Estudar as letras antes poderia desviar a atenção da turma", diz Madalozzo.
Tatiana colocou para tocar, ainda, um samba-rock e um pagode, para que a garotada pudesse observar as diferenças entre os estilos em termos instrumentais. Ela não trabalhou a letra das canções, pois queria que todos se concentrassem na parte instrumental. "Conseguir identificar as variantes rítmicas requer uma atenção maior, mais sensível. Estudar as letras antes poderia desviar a atenção da turma", diz Madalozzo.