terça-feira, 22 de abril de 2014

Vídeos misturam poesia de Shakespeare e cenas do cotidiano

“Ser ou não ser, eis a questão”. Você com certeza já ouviu essa frase, não é mesmo? O trecho em que Hamlet – protagonista da peça de teatro homônima – questiona a si mesmo sobre as escolhas que deve fazer em sua vida comprova o alcance da obra do poeta e dramaturgo Wiliam Shakespeare. Em 26 de abril, sua morte completa 450 anos, mas sua importância e sua arte continuam repercutindo mundo afora.
Inspirado pela atualidade da obra, o diretor teatral americano Ross Williams resolveu misturar arte e tecnologia para criar o The Sonnet Project – New York Shakespeare Exchange. Em 154 diferentes lugares da cidade de Nova York, 154 atores leem 154 diferentes sonetos do poeta. O projeto começou em 2013, mas ainda está no ar, reprisando os vídeos que foram gravados ao longo do ano passado.
A ideia, nas palavras do próprio Ross, é evocar a presença do dramaturgo inglês em lugares e atividades cotidianas, deixando de lado o aspecto icônico que envolve a obra de Shakespeare. “Shakespeare era um artista e, como todos os outros, ele estava tentando encontrar sua própria voz. Para nós, não é bom que ele esteja em um pedestal. Se pudermos desmistificar seu trabalho e conectá-lo com nossa cultura, conseguiremos então atingir o que é central em sua obra, aquilo que ele pode revelar para nós e sobre nós”, comenta o diretor no site do The Sonnet Project.
O projeto é uma boa pedida para trabalhar o tema nas aulas de Língua Estrangeira. Apesar dos poemas estarem escritos em inglês arcaico, os vídeos são curtos e a interpretação dos atores contribui para a compreensão do conteúdo. É possível ainda aproveitar as estruturas gramaticais para indicar a evolução da língua inglesa da época do dramaturgo até os dias de hoje – a presença de pronomes como “Thou” e “Ye”, por exemplo, caíram completamente em desuso, mas evocam a formalidade ainda tão presente no Inglês britânico.


Nenhum comentário:

Postar um comentário