Os alunos vão aprender a pensar negativo
Nada a ver com baixo-astral. Como ensinar os números que antecedem o zero e como fazer cálculo com eles.
Elaine de Macedo usou a reta numérica como um apoio para ensinar os números negativos.
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Até os anos iniciais do Ensino Fundamental, os estudantes lidam com algumas ideias matemáticas, como a de o zero dar início à sequência numérica (e, portanto, ser o menor número) e a da impossibilidade de fazer 100 menos 200. Depois, elas são abandonadas: entre o 6º e o 7º ano, é hora de eles conhecerem os valores menores que zero, à esquerda dele na reta numérica. A turma já sabe um tanto sobre isso: o saldo negativo de gols dos campeonatos de futebol, os lugares em que a temperatura é negativa... Sua tarefa é formalizar esse conhecimento e ampliar os saberes, isto é, ensinar os alunos a trabalhar com os negativos e positivos nas operações.
A turma tem de aprender a lidar com ideias como -3 é maior que -7 e -5 é menor que +3. "O que funcionava para os números naturais, os positivos, não faz mais sentido quando se trata dos negativos", diz Letícia Giordano, formadora do Mathema Formação e Pesquisa. Outro saber a ser adquirido é usar o sinal positivo para indicar os maiores que zero (com o passar do tempo, isso não será necessário: a classe terá ciência de que, se o sinal não aparece, trata-se de um positivo).
Na EM Emérito Nestor Lima, em Parnamirim, região metropolitana de Natal, Elaine de Macedo começa a trabalhar com a classe do 7º ano abordando termômetros e painéis de elevadores, onde os negativos aparecem. "Montamos uma reta numérica na vertical. Os modelos citados indicam, por exemplo, que -1 aparece abaixo do zero, seguido por -2, -3 etc.", ela diz. Outra possibilidade é iniciar o assunto com problemas como: "A empresa onde João trabalha deve a ele 550 reais de salário. No fim do mês, ele recebeu 400 reais. Quanto ainda lhe deve?"
A turma tem de aprender a lidar com ideias como -3 é maior que -7 e -5 é menor que +3. "O que funcionava para os números naturais, os positivos, não faz mais sentido quando se trata dos negativos", diz Letícia Giordano, formadora do Mathema Formação e Pesquisa. Outro saber a ser adquirido é usar o sinal positivo para indicar os maiores que zero (com o passar do tempo, isso não será necessário: a classe terá ciência de que, se o sinal não aparece, trata-se de um positivo).
Na EM Emérito Nestor Lima, em Parnamirim, região metropolitana de Natal, Elaine de Macedo começa a trabalhar com a classe do 7º ano abordando termômetros e painéis de elevadores, onde os negativos aparecem. "Montamos uma reta numérica na vertical. Os modelos citados indicam, por exemplo, que -1 aparece abaixo do zero, seguido por -2, -3 etc.", ela diz. Outra possibilidade é iniciar o assunto com problemas como: "A empresa onde João trabalha deve a ele 550 reais de salário. No fim do mês, ele recebeu 400 reais. Quanto ainda lhe deve?"
A ideia de oposto foi ensinada por Elaine logo depois. Ela falou sobre os números iguais com sinais diferentes (como -10 e +10). Segundo Paulo Jorge Teixeira, docente da Universidade Federal Fluminense (UFF), a classe deve aprender também que os opostos são equidistantes do zero e que, se somados, o resultado é zero. Ele ainda diz ser essencial reforçar a notação matemática: o oposto de -4 é - (-4), ou seja, +4.
Em seguida, Elaine encaminhou comparações. Apresentou dois números positivos: +5 e +9 e, depois, dois negativos: -8 e -16. Ela questionou qual o maior entre os pares. "A solução sobre os positivos foi mais fácil. Para responder sobre os negativos, os jovens analisaram a posição dos números em relação ao zero e aos positivos na reta e concluíram que o que está mais perto do zero, -8, é maior do que o outro, -16." O desafio seguinte foi entre +5 e -10. Não houve dúvidas: "O positivo é sempre o maior", respondeu a classe.
Em seguida, Elaine encaminhou comparações. Apresentou dois números positivos: +5 e +9 e, depois, dois negativos: -8 e -16. Ela questionou qual o maior entre os pares. "A solução sobre os positivos foi mais fácil. Para responder sobre os negativos, os jovens analisaram a posição dos números em relação ao zero e aos positivos na reta e concluíram que o que está mais perto do zero, -8, é maior do que o outro, -16." O desafio seguinte foi entre +5 e -10. Não houve dúvidas: "O positivo é sempre o maior", respondeu a classe.
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