Lance o desafio. Os ambientes vão ficar pequenos para tantas obras que serão criadas
Papel, lápis e giz de cera são presença certa na pré-escola: costumam ser usados em atividades de desenho, importante estímulo ao desenvolvimento da motricidade, além de incentivo à expressividade e à observação de mundo. Mas a atividade pode extrapolar o suporte do papel e fugir do grafite e dos pincéis. Que tal fazer traçados no ar? A ideia parece impossível, porém é mais simples do que se imagina. "O desenho é o registro do percurso de uma linha no espaço", diz a artista plástica Edith Derdyk.
Com essa definição em mente, Flávia Kioko, da EMEI Antônio Gonçalves Dias, em São Paulo, propôs à turma de 5 anos usar o espaço para desenhar. As crianças ficaram curiosas e inicialmente incrédulas com a ideia. Mas, assim que receberam pedaços de linha de tapeçaria vermelha, de cerca de 80 centímetros, começaram a achá-la divertida. A sugestão foi que pegassem as linhas e fizessem e desfizessem desenhos quantas vezes e onde quisessem. "Inicialmente elas exploraram o chão e a carteira tentando reproduzir a experiência do papel e criando obras mais figurativas", conta a docente. Surgiram sóis, cobras, corações, carrinhos e bonecos comuns, mas também aviões que planavam, seguros pela mão de uma das crianças, representados por uma linha reta.
Com essa definição em mente, Flávia Kioko, da EMEI Antônio Gonçalves Dias, em São Paulo, propôs à turma de 5 anos usar o espaço para desenhar. As crianças ficaram curiosas e inicialmente incrédulas com a ideia. Mas, assim que receberam pedaços de linha de tapeçaria vermelha, de cerca de 80 centímetros, começaram a achá-la divertida. A sugestão foi que pegassem as linhas e fizessem e desfizessem desenhos quantas vezes e onde quisessem. "Inicialmente elas exploraram o chão e a carteira tentando reproduzir a experiência do papel e criando obras mais figurativas", conta a docente. Surgiram sóis, cobras, corações, carrinhos e bonecos comuns, mas também aviões que planavam, seguros pela mão de uma das crianças, representados por uma linha reta.
A artista visual e arte-educadora Sheila Ortega diz que o trabalho de Flávia tem relação direta com a arte contemporânea, que foca o processo e não estritamente um resultado final. "A proposta é uma investigação mais livre, que possibilita desestruturar o desenho tido como correto e capturar o mundo genuinamente no gesto infantil." Nesse período do desenvolvimento das crianças, a criatividade, a curiosidade e as descobertas estão latentes e devem ser favorecidas.
Os pequenos logo notaram que as produções poderiam se tornar brincadeiras e investiram no faz de conta. Começaram a se ajudar e mostrar as obras para os colegas. Flávia lembra que houve quem demorasse um pouco para se esmerar nas experimentações. "Alguns me procuravam expondo dificuldades. Eu sempre incentivava dando sugestões e aprovando as tentativas." Essa postura é importante para romper com a ideia de desenho correto e ampliar o repertório das crianças, para quem a experiência vivida deve ser mais importante do que o produto final.
Os pequenos logo notaram que as produções poderiam se tornar brincadeiras e investiram no faz de conta. Começaram a se ajudar e mostrar as obras para os colegas. Flávia lembra que houve quem demorasse um pouco para se esmerar nas experimentações. "Alguns me procuravam expondo dificuldades. Eu sempre incentivava dando sugestões e aprovando as tentativas." Essa postura é importante para romper com a ideia de desenho correto e ampliar o repertório das crianças, para quem a experiência vivida deve ser mais importante do que o produto final.
https://www.youtube.com/watch?v=J3s9X4NV4cs
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