segunda-feira, 30 de março de 2015

Criança e Adolescente: Tia, me dá uma maçã?

Batata frita, salgadinho, hambúrguer e refrigerante. Quer apostar que se você perguntar aos alunos quais os alimentos que eles preferem essas serão as respostas mais comuns? A alimentação inadequada e a pouca atividade física estão fazendo com que a obesidade torne-se uma das doenças mais preocupantes em todo o mundo (leia quadro). O problema traz sérios comprometimentos à saúde e tem reflexos na aprendizagem. Alunos que estão acima do peso recebem apelidos pejorativos, o que afeta seu auto-conceito, prejudica a integração com o grupo e a produção escolar.
 O projeto Peso Saudável — parceria entre a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Força-Tarefa de Controle de Peso e Atividade Física do International Life Science Institute — aponta que 33% dos alunos entre 7 e 10 anos e 30% dos adolescentes até 15 anos apresentam muitos quilos a mais do que o ideal. Indica ainda que a obesidade incide mais em estudantes de escolas privadas (uso da cantina) e em jovens entre 10 e 12 anos (autonomia para decidir o que comer). "Os casos de obesidade infantil aumentam quando a criança entra na escola, onde tem mais acesso a produtos industrializados", explica o nutrólogo Mauro Fisberg, organizador do projeto.
Por outro lado, é na escola que esse quadro pode se reverter. "Lá as crianças se alimentam, fazem exercícios, adquirem conhecimentos e hábitos saudáveis", ressalta Nataniel Viuniski, coordenador do Departamento de Obesidade Infantil da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso). A educação alimentar é conteúdo previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais e é trabalhada como tema transversal ou nas aulas de Ciências. A escola pode ainda reformular suas cantinas e orientar as famílias sobre a melhor maneira de preparar o lanche dos filhos.

Educação alimentar em casa

O trânsito de informações entre a escola e a família é importante para que o processo de reeducação alimentar seja completo. As crianças aprendem e levam as informações para casa.

"Lá, as refeições também mudam", aposta Thaís Cristina Mantovani Santana, nutricionista da rede de ensino do Distrito Federal. Os professores da Escola Classe 1 de Brazlândia, cidade satélite do Distrito Federal, foram a várias palestras de nutrólogos ligados ao projeto A Escola Promovendo Hábitos Alimentares Saudáveis, da Universidade de Brasília, há dois anos. De lá trouxeram idéias e materiais para trabalhar com os alunos: jogos pedagógicos, um CD-ROM com sugestões de atividades, planos de aulas e textos de apoio. A equipe achou fundamental também passar aos pais conceitos de uma alimentação saudável. Convidaram Shirlene Barreira, especialista em nutrição, para alguns encontros que terminam em degustação de pães, chás e outros alimentos feitos com grãos e verduras. "Mesmo famílias de baixa renda podem ter uma alimentação saudável, desde que optem corretamente na hora da compra dos produtos", alerta Shirlene.

Comida e exercícios no currículo
O Centro Educacional Novo Horizonte, de São Paulo, escolheu a alimentação como tema do projeto de leitura depois que um aluno do Jardim 2 (4 anos) foi diagnosticado como diabético. Em conjunto, os professores decidiram os conteúdos a ser estudados em cada faixa etária. Baseadas em pesquisas com os pais, na internet e em livros e revistas, cada turma produziu um livro: os alunos da pré-escola, por exemplo, estudaram as vitaminas presentes nas frutas e criaram uma história em que elas eram os personagens. Os de 4ª série elaboraram um manual com dicas para evitar a obesidade infantil. No final do projeto, durante uma tarde de autógrafos, os pais comentavam as mudanças nos hábitos alimentares dos filhos. A prática de atividades físicas também é fundamental para evitar o problema.

No Colégio Adventista, de Itapecerica da Serra (SP), o professor de Educação Física José David Cavalcante de Aguiar pesa e mede seus alunos uma vez por ano. Detectado o sobrepeso (cerca de 12%), os pais são comunicados e aconselhados a consultar um endocrinologista. Mas a escola procura fazer um trabalho preventivo, ao colocar no currículo aulas de Educação Física três vezes por semana. As atividades prioritárias são as que envolvem todos os alunos — pega-pega, queimada, barra-manteiga e pular corda — e não somente os que têm facilidade para a prática esportiva.

Obesidade é epidemia

A obesidade é a doença nutricional que mais cresce no mundo. Pesquisa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos mostrou que, na última década, as mortes decorrentes de excesso de peso (causa de diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares) aumentaram quatro vezes mais do que as motivadas pelo fumo. Por isso, o sobrepeso vem sendo tratado como epidemia pelos americanos. Dados da Abeso indicam que o número de obesos no país dobrou nos últimos dez anos. Até os anos 1970, havia no Brasil duas pessoas desnutridas para cada obeso. Hoje os dados apontam três indivíduos obesos para cada desnutrido. A pesquisa mostra que 50% das crianças obesas tornam-se adultos com o mesmo problema, podendo chegar a 80% quanto se trata de adolescentes. A obesidade é causada por uma combinação de fatores genéticos, alimentação inadequada, falta de atividades físicas (95% dos casos) e também por problemas emocionais, psicológicos ou outras doenças (5%). Para avaliar se uma criança está ou não com o peso acima do ideal, a melhor maneira é calcular o Índice de Massa Corpórea (IMC): divide-se o peso do aluno por sua altura ao quadrado. Os resultados obtidos devem ser comparados com os valores de referência específicos para a idade e o sexo da criança, conforme a tabela abaixo.  
 
ACIMA DO PESO
OBESO
idademeninosmeninasmeninosmeninas
218.41820.120.1
317.917.619.619.4
417.617.319.319.1
517.417.119.319.2
617.617.319.819.7
717.917.820.620.5
818.418.321.621.6
919.119.122.822.8
1019.819.92424.1
1120.620.725.125.4
1221.221.72626.7
1321.922.626.827.8
1422.623.327.628.6
1523.323.928.329.1
1623.924.428.929.4
1724.524.729.429.7
1825253030
Por uma cantina saudável
As crianças que comem a merenda escolar têm uma alimentação mais balanceada. "Isso porque a maioria das secretarias de educação têm a orientação de nutricionistas", afirma Mauro Fisberg. Algumas ainda complementam a merenda com verduras e legumes cultivados na própria horta, como a Escola Classe 49, de Taguatinga Norte, também no Distrito Federal. Lá os pais ajudam no cultivo de hortaliças, respondem sobrea alimentação da família no diário de classe e recebem textos sobre o valor nutritivo dos alimentos. De vezem quando as próprias crianças participam da elaboração da merenda, como a salada de frutas.

As cantinas e lanchonetes terceirizadas que não recebem orientação da equipe pedagógica contribuem muito para o aumento da obesidade em crianças. O motivo é a oferta de bobagens em suas vitrines. Alguns estados, como Rio de Janeiro e Santa Catarina, proibiram a venda de biscoitos recheados, salgados fritos e outros alimentos pouco nutritivos nas dependências das escolas. "A medida é emergencial. Mas o aconselhável é ensinar a criança a fazer suas escolhas e saber o quanto comer", alerta Nataniel Viuniski.

O Colégio Dante Alighieri, em São Paulo, tem uma cantina considerada exemplar pelos especialistas. Desde 1999 a nutricionista Martha Fonseca Paschoa vem fazendo a substituição dos produtos ali vendidos: salgados fritos foram trocados por assados; os recheios ganharam ingredientes menos calóricos, como queijo branco, peito de peru e vegetais; chocolates e doces, em tamanhos pequenos, vêm perdendo espaço para frutas lavadas e cortadas. Salgadinhos de pacote não há. Sucos naturais e água-de-coco são colocados sobre o balcão, enquanto os refrigerantes ficam escondidos. Além dessas medidas, Martha Fonseca sugere outras que podem ajudar a cantina a se tornar um espaço saudável: inserir saladas no cardápio; colocar nas paredes cartazes com fotos de atletas e de alimentos naturais; reduzir o preço dos produtos saudáveis; fazer sanduíches pequenos, sem maionese ou outro condimento gorduroso; e oferecer iogurtes e bebidas lácteas. O lanche que a escola providencia para os alunos menores é balanceado e tem a aprovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Levando a educação alimentar aos alunos e familiares e tendo atenção aos produtos servidos em suas dependências, a escola estará contribuindo para a diminuição da obesidade infantil e fazendo com que os estudantes fiquem mais dispostos para a aprendizagem.

Melecas na Educação Infantil

Aprenda as receitas de duas melecas para explorar com as crianças na creche e na pré-escola.
A coordenadora pedagógica Judite de Souza Oliveira Santana, do CEI Manoel Bispo/ Grão da Vida, em São Paulo, ensina como fazer a meleca natural de beterraba e a meleca natural de urucum e amido de milho. Ela mostra, ainda, como conduzir a brincadeira com a turma de 2 e 3 anos.



segunda-feira, 16 de março de 2015

ECOPEDAGOGIA - INSCRIÇÕES ABERTAS

Abertas as inscrições para espaços exibidores do Circuito Tela Verde


Interessados em exibir os filmes têm até 24 de abril para se cadastrar

Após a seleção dos vídeos socioambientais da 6ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente – Circuito Tela Verde, chegou a vez de cadastrar as instituições que queiram exibir os filmes. Os interessados devem preencher o formulário de inscrição até o dia 24 de abril no site do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
As instituições receberão um kit composto por um guia que traz orientações e sinopses dos filmes, cartazes e adesivos para identificação dos espaços exibidores e DVD’s contendo os vídeos selecionados. Podem participar: instituições de ensino, organizações não governamentais (ONGs), cineclubes, empresas, espaços educadores tais como salas verdes, coletivos educadores, pontos de cultura, bibliotecas ou associações de bairro, cooperativas, núcleos da sociedade civil organizada, aldeias indígenas, entre outros.
Mesmo que uma instituição tenha participado de edições anteriores, será necessário fazer o cadastro nesta sexta edição. A princípio, todas as inscrições recebidas serão cadastradas como espaços exibidores. As inscrições apenas serão submetidas à seleção, caso haja uma grande demanda e o material a ser distribuído não seja suficiente.
CONTEXTO
Na última edição, mais de 1.300 espaços exibiram os filmes do Circuito Tela Verde. O MMA divulgará, após o encerramento do prazo de inscrições, a lista dos espaços cadastrados. Foram selecionados 21 vídeos com temática socioambiental para a 6ª edição, além de 40 curtas de animação sobre resíduos sólidos, selecionadas pelo edital “Curta Animação 2013”, fruto de parceria entre a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC) e o MMA.
O Circuito Tela Verde tem como objetivo divulgar e estimular atividades de educação ambiental, por meio da linguagem audiovisual, e fomentar a construção de valores culturais comprometidos com a sustentabilidade socioambiental. O material divulgado também pode ser usado em diversos processos educativos. É uma iniciativa do MMA, coordenada e executada pelo Departamento de Educação Ambiental.

Contato para esclarecimento de dúvidas (61) 2028-1207


Fonte: http://www.mma.gov.br/

quinta-feira, 12 de março de 2015

Tutoriais para avançar no uso de oito recursos digitais

TECNOLOGIA

A capa da edição de março de NOVA ESCOLA analisa o potencial didático de algumas ferramentas digitais. Além de planejar a forma de aplicá-las, é importante conhecer bem as funcionalidades básicas de cada uma. Por isso, selecionamos diversos tutoriais dos softwares, sites e aplicativos analisados na reportagem. E aí, vamos lá? ;-)
FacebookA maior rede social do mundo é repleta de recursos que, se bem utilizados, podem contribuir para a troca de informações e as discussões em grupo. A própria reportagem de NOVA ESCOLA traz um tutorial sobre a criação de listas, que você pode ver em abr.ai/listaface. Mas, para quem ainda tem pouca intimidade com o Face ou ainda nem tem um perfil, o portal TechTudo mostra como criar uma conta, enviar fotos e trocar mensagens. E tem, ainda, a própria central de ajuda do Facebook, com tópicos bem explicados.
WordPressO site que descomplicou a criação de blogs e sites na internet tem um potencial de uso considerado alto pelos especialistas ouvidos na matéria. Não acredita que seja tão simples? Pois o canal Partilho, do YouTube, publicou um vídeo que demonstra isso:

E se quiser aprofundar, ainda há outros dois materiais de consulta: O Canal WPque ajuda a explorar as várias possibilidades. A comunidade WordPress traz uma página de suporte bastante completa, que tem fóruns, uma lista de vocábulos típicos da ferramenta  e outros textos de consulta.
InstagramEmbora seu potencial de uso didático seja considerado baixo, vale ficar por dentro das funcionalidades do Instagram, a rede social que já tem mais de 300 milhões de usuários no mundo. O site TechTudo tem um tutorial completinho sobre ela. Para ler, clique aqui.
Twitter140 caracteres, inúmeras possibilidades. Muito útil para trabalhar gêneros como o haicai, o Twitter é fácil de usar e ainda oferece uma eficiente central de ajuda, com um passo a passo para os iniciantes e muito mais. E para ter mais ideias sobre como aproveitar bem o recurso, acesse também o link sugerido na reportagem: abr.ai/usostwitter.
Google MapsVocê sabia que, além de navegar pelas diversas possibilidades de visualização, é possível criar mapas personalizados? A página de suporte do Google Maps ensina como fazer isso! Dá para escolher linhas e formas e marcar lugares. Com isso, você pode atender melhor as necessidades da turma. Clique e conheça o tutorial.
YoutubeAlém de buscar, no imenso repositório, conteúdos que enriqueçam suas aulas, a possibilidade de publicar vídeos cria alternativas interessantes. No próprio YouTube, há vários tutoriais sobre como utilizar a ferramenta. Um deles, que você pode assistir abaixo, demonstra o upload de um vídeo: 

Para explorar outras funcionalidades, o canal Dicas para Youtubers traz outros tutoriais. E há, ainda, a página de suporte do próprio serviço (clique aqui).
Whatsapp O aplicativo que revolucionou a troca de mensagens pelo celular, destronando o SMS, é simples de usar. O site Tecmundo ensina como instalar, configurar e usufruir das principais funcionalidades dele (clique aqui).
Skype Como ressalta a reportagem, o software de chamadas com vídeo da Microsoft é muito útil para as aulas de Língua Estrangeira e atividades sobre o gênero entrevista. O site Softonic, que tem um canal no YouTube, gravou um tutorial que mostra, de maneira simples, como utilizar a ferramenta:

E para quem ainda não tem o Skype instalado e quer conhecer mais os recursos que ele oferece, é só visitar a página do produto, clicando aqui.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Símbolos da Páscoa 2/2



Hoje em dia, sobretudo nos países ocidentais, o símbolo do coelho é, seguramente, um dos mais associados à data da Páscoa, apesar de não estar atrelado ao significado cristão propriamente atribuído a essa data, isto é, a Ressurreição de Cristo. Para compreender os motivos dessa associação e, mais, para compreendermos o porquê de o coelho ter a “função” de “trazer os ovos” – hoje em dia, de chocolates – da Páscoa, precisamos revistar a história.
O coelho é um animal que simboliza fertilidade graças à sua intensa prática reprodutiva. Desde civilizações bem antigas, como a egípcia, a ligação entre coelhos e fertilidade, primavera, nascimento, etc., é estabelecida. Na Europa, os povos germânicos, que habitavam a região norte – atualmente, a Alemanha –, possuíam uma narrativa mítica sobre uma deusa da fertilidade cujo nome era Ostara. O coelho era símbolo do culto a essa deusa, posto que, passado o inverno e tendo início o período da Primavera (estação que simboliza o “renascimento”, a floração, a fertilização), os coelhos eram, com frequência, os primeiros a saírem de suas tocas e começarem a reproduzir-se.
Aos coelhos, símbolos de Ostara, as tradições rituais germânicas associaram a prática de entrega de ovos de aves pintados com tintas para as crianças. Essa prática valia-se do subterfúgio da “caça do coelho”. No momento em que iam caçar os coelhos, as crianças encontravam, escondidos nos campos, os ovos adornados. A cidade de Ostereistedt, na Alemanha, leva esse nome em razão da referência a essa prática.
No período da Idade Média, o culto à Ostara e à estação da Primavera logo passou a ser associado à Ressurreição de Cristo, em face da cristianização dos povos bárbaros. No entanto, a assimilação do mito germânico pelo cristianismo não implicou a abolição total dos ritos a ele associados. A prática da entrega de ovos passou a ser relacionada, portanto, à Páscoa, e não mais à deusa Ostara.
Com a leva de migrações alemãs para o continente americano, essa prática generalizou-se. Os mais antigos registros sobre a lenda alemã do coelho que traz os ovos para as crianças datam de 1678.

Símbolos da Páscoa - 1/2


O sino é um dos símbolos da Páscoa. Seu som festivo anuncia a ressurreição de Jesus.

A páscoa é um evento cristão em comemoração à ressurreição de Cristo, é considerada a maior celebração religiosa. Como Cristo renasceu, acredita-se que todos nós teremos vida eterna.
Na sexta-feira santa, Jesus Cristo foi crucificado e morto por soldados romanos após sofrer fortes espancamentos. O caminho pelo qual Jesus passou carregando sua própria cruz é conhecido como via sacra.
Existem alguns símbolos que marcam a comemoração da páscoa e apresentam um significado específico; os principais são: o cordeiro, o sino, o círio pascal, o girassol, o pão e o vinho e a colomba pascal.

A colomba pascal é um pão no formato de uma pomba que representa a vinda do Espírito Santo sobre os povos cristãos.

O cordeiro foi sacrificado em homenagem à libertação do povo de Deus, os hebreus, pois fugiram do Egito onde eram escravizados. Moisés sacrificou um animal para representar o sacrifício de seu povo durante vários anos. Para os Cristãos, o cordeiro representa Jesus Cristo, crucificado e sacrificado por nossos pecados.
Como muitas igrejas possuem sinos, este também tornou-se um símbolo da páscoa, pois seu som festivo anuncia o ressurgimento de Jesus, sua ressurreição no domingo de páscoa.

O pão e o vinho tornaram-se figuras importantes para a Páscoa.

O círio pascal é uma vela acesa, que significa o renascimento, a luz de Cristo que ilumina nossos caminhos e nossas vidas, tendo Ele ressuscitado das trevas. No círio pascal aparecem os símbolos alfa e ômega, demonstrando que Deus é o princípio e o fim de tudo.
O girassol é a forma de mostrar que a humanidade deve seguir a luz de Deus, assim como essa flor segue a luz do sol; onde quer que o sol esteja a flor está voltada para o seu lado.
O pão e o vinho tornaram-se figuras importantes na páscoa, pois Jesus sabia que passaria por todo aquele sofrimento e que morreria na cruz. Assim, chamou seus discípulos e fez a santa ceia, oferecendo pão e vinho para eles. O evangelho segundo Lucas explica essa passagem: "E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da Nova Aliança [ou Novo Pacto] do meu sangue derramado em favor de vós." (Lucas 22:19-20). 

O girassol é a forma de mostrar que a humanidade deve seguir a luz de Deus, assim como essa flor segue a luz do sol. O girassol também é um dos símbolos da Páscoa.

Esses elementos passaram a ser considerados como o corpo e o sangue de Cristo em busca da vida eterna.A colomba pascal é um pão no formato de uma pomba, criado por um confeiteiro do norte na Itália, representa a vinda do Espírito Santo sobre os povos cristãos, além de ser um símbolo de paz, que representa a paz em Cristo.



terça-feira, 10 de março de 2015

Pacto Nacional pela Alfabetização

Embora o recém-lançado Pacto Nacional pela Alfabetização, do governo federal, venha recebendo mais elogios do que críticas, há ainda os apontam ao menos uma questão que merece discussão: a meta de alfabetizar todas as crianças até os oito ano. Argumentam que as ciranças podem e devem ser alfabetizadas aos seis ou sete anos de idade.

Não é desejável que as crianças sejam alfabetizadas apenas aos oito anos, mas essa é, sem dúvida uma meta realista se for entendida como limite máximo. Ou seja: a partir desse Pacto (e a campanha vem reforçando isso) passa a ser inadimissível ter crianças de oito anos não alfabetizadas. Veja abaixo texto do Todos Pela Educação sobre o plano. 

Pior do que uma meta pouco ambiciosa, mas, repito, realista diante do cenário da Educação público no Brasil, é o usar o conceito (correto) de que cada criança tem seu ritmo para justificar a negligência com que se trata a tarefa da alfabetização nas escolas do país. Cada criança pode ter seu ritmo e, por isso mesmo, existe uma faixa etária relativamente ampla para a alfabetização, mas o esforço deve ser o de garantir esse direito a todas dentro de parâmetros que não prejudiquem a trajetória escolar. Afinal, como se pode imaginar que uma criança de 10 anos, por exemplo, acompanhe as aulas sem estar plenamente alfabetizada?
Veja abaixo texto do Todos Pela Educação sobre o Pacto. 

Entenda como funciona o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa


Alfabetizar todas as crianças brasileiras até os 8 anos de idade ao fim do 3º ano do Ensino Fundamental. É esta a principal meta do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, lançado pelo Ministério da Educação (MEC) na semana passada e que pretende envolver o País num grande esforço educacional para que o objetivo seja cumprido.

O Pacto é um compromisso firmado entre a União e municípios e Estados interessados em aderir (leia mais abaixo). Ao todo, 5.270 municípios e todas as unidades da Federação aderiram. Durante a cerimônia de lançamento, a presidente Dilma Rousseff assinou medida provisória para garantir apoio técnico e financeiro da União aos entes federados. Em breve, o projeto ser tornará lei.

Todos os custos do Pacto ficam a cargo da União. O investimento total será de 2,7 bilhões de reais – 1,1 bilhão no ano que vem e o restante, em 2014. Ao aderir, o ente federado, além de se comprometer, deve atuar em quatro frentes em suas redes de ensino: formação dos professores alfabetizadores; fornecimento de materiais didáticos; avaliação da alfabetização e também gestão e mobilização. O MEC também afirma que vai premiar as escolas com melhores resultados – a verba destinada para isso será de R$ 500 milhões.

Metas
A alfabetização até os 8 anos é a meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita no Senado. O assunto também é a Meta 2 do movimento Todos Pela Educação.

A idade foi estipulada, segundo o ministério, por significar o fim do ciclo de alfabetização, que dura os três primeiros anos do Ensino Fundamental. “A definição do ciclo vem de muito tempo no Brasil – teve início há mais de 20 anos, com as primeiras experiências em São Paulo, quando foi criado o ciclo básico”, afirma Cesar Callegari, secretário de Educação Básica do governo federal. “No estabelecimento do Ensino Fundamental de 9 anos, o Conselho Nacional de Educação fez questão de considerar que o 1º ano não deveria ter a alfabetização como objetivo, já que ela é um processo.”

De acordo com Callegari, o Plano de desenvolvimento da Educação (PDE) e as diretrizes curriculares nacionais do Ensino Fundamental também consideram os três primeiros anos da etapa como o ciclo de alfabetização. Ele também destaca que o programa de formação dos professores alfabetizadores tem um roteiro “claro que não ignora as diferenças entre as crianças”. “Tenho convicção que o pacto será efeito para atingirmos as metas do PNE”, afirma.

Ainda segundo o secretário, o Pacto já tem mais de 5 mil orientadores de estudos inscritos. As universidades começarão a capacitá-los no próximo mês.
Os direitos de aprendizagem para o ciclo de alfabetização, que estabelecem as habilidades e conhecimentos que as crianças devem ter adquirido ao fim da etapa, estão em discussão no MEC e devem chegar ao CNE até o final deste ano (leia mais aqui).

Diagnóstico 
O Brasil tem hoje 8 milhões de crianças de 6, 7 e 8 anos de idade matriculadas em 108 mil escolas distribuídas por todo o território.

De acordo com o ministério, os dados do Censo 2010 revelam que a média nacional de crianças não alfabetizadas aos oito anos no País é de 15,2%. No entanto, os índices variam muito. Por exemplo, enquanto o Paraná tem 4,9%, Alagoas atinge 35%.

Em 2011, mais dados revelaram a importância de se avaliar o nível de alfabetização das crianças. A Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização), uma parceria do Todos Pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro/Ibope, Fundação Cesgranrio e Inep, mostrou que apenas metade das crianças que concluíram o 3º ano (2ª série) aprenderam o que era esperado no período.

Em leitura, a porcentagem exata é de 56,1% e em matemática, de 42,8%. Também houve grande variação entre as regiões brasileiras e entre as redes particular e pública de ensino (clique aqui para ler mais). a avaliação foi aplicada em 6 mil escolas em todas as capitais.

Entenda como funciona o pacto
Quem pode aderir?
Estados e municípios. Todos os estados e os 5.270 municípios já aderiram.

Escolas rurais estão incluídas?
Sim. Todas as escolas de Educação Básica podem participar do pacto.

Quais são os compromissos que os entes federados assumem ao aderir ao pacto?
São, essencialmente, três: alfabetizar todas as crianças em língua portuguesa e em matemática; realizar avaliações anuais universais, aplicadas pelo Inep, junto aos concluintes do 3º ano do Ensino Fundamental e, no caso específico dos estados, apoiar os municípios que tenham aderido.

Qual o papel de cada ente federado?
A União, representada pelo MEC, deve promover, em parceria com universidades, os cursos de formação de professores e orientadores de estudo; conceder bolsas de apoio a eles; oferecer materiais didáticos; aplicar as avaliações e distribuir a Provinha Brasil para aplicação.
Municípios e Estados têm atribuições parecidas. São elas: gerenciar e monitorar a implementação das ações; promover a participação das escolas nas avaliações externas; aplicar a Provinha Brasil; garantir a participação dos professores alfabetizadores nas atividades de formação; indicar orientadores de estudo e custear o deslocamento e a sua hospedagem para os eventos de formação; designar coordenadores para as ações do programa; disponibilizar assistência técnica às escolas e, por fim, promover a articulação do pacto com o Mais Educação, programa de Educação integral do MEC.
Deve-se ressaltar que os Estados devem apoiar os municípios nas ações do pacto.

Quais são as ações estratégicas do pacto?
As ações estão divididas em quatro frentes:
- Formação dos professores alfabetizadores
O curso será presencial, com duração de dois anos – carga horária de 120 horas anuais, de acordo com o Programa Pró-Letramento. Quem comandará os encontros entre os docentes serão os orientadores de estudo. Esses orientadores, que são professores das redes de ensino, terão de fazer um curso específico de 200 horas anuais em universidades públicas que participam do pacto. O MEC recomenda que eles sejam escolhidos entre os tutores do Pró-Letramento.
- Fornecimento de materiais didáticos
São livros didáticos, manuais do professor, obras pedagógicas complementares e acervos de dicionários de língua portuguesa que serão oferecidos por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). As obras de referência de literatura e de pesquisa serão entregues pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE)
Também haverá jogos pedagógicos de apoio à alfabetização; obras de apoio pedagógico aos docentes e tecnologias educacionais de apoio.
O material oferecido será de acordo com a quantidade de turmas de alfabetização na unidade de ensino.
- Avaliação
Serão três medidas nesse âmbito. A avaliação processual, por exemplo, será discutida nos curso de formação. Ela pode ser realizada pelo docente em sala de aula, de forma interna.
Também haverá um sistema informatizado para inserir os resultados da Provinha Brasil de cada criança, o que deve ser feito pelos professores – antes, os resultados ficavam conhecidos apenas dentro da escola.
Por fim, o Inep vai aplicar em todas as turmas de concluintes do 3º ano, uma avaliação externa universal. A ideia é medir o nível de alfabetização ao final do ciclo. A responsabilidade – e, portanto, os custos – é do MEC. As provas começam no ano que vem e os resultados só estarão disponíveis a partir de 2014.
- Gestão e mobilização
O pacto pretende formar um arranjo institucional para ser gerido. São quatro frentes: comitê gestor nacional; coordenação institucional em cada estado; coordenação estadual e coordenação municipal (as duas últimas monitoram e acompanham as ações do programa em suas redes).
O MEC pretende premiar as escolas e docentes com os melhores resultados. O edital será publicado no ano que vem.

Como a sociedade pode participar?
Informando-se sobre o andamento do pacto em sua cidade ou Estado, principalmente. De acordo com o MEC, os municípios e Estados devem divulgar todos os passos das ações do pacto.

terça-feira, 3 de março de 2015

A Moda passou... Mas não é por isso que você não vai jogar fora


Não importa o quanto você corra, a moda sempre está à frente. Mas será que as roupas precisam ser tão descartáveis? Aquela blusa que não serve mais para o seu guarda-roupa pode ser a roupa perfeita para quem precisa.
É isso que o Exército da Salvação faz: dá a ela o melhor destino que poderia ter. Afinal, o que nunca sai de moda é a solidariedade.
Fashion Trash é uma campanha, que lembra às pessoas da responsabilidade de doar o que está parado, que já perdeu o valor para o dono. A peça vai da passarela para o guarda-roupa. E do guarda-roupa para as ruas, pelas mãos de novas pessoas.

Desde já agradecemos.
Att,

Thais Sales
Marketing | www.exercitodoacoes.org.br
Tel: 4003-2299 
E-mail: thais.sales@exercitodoacoes.org.br
Avenida Santa Catarina 1781, São Paulo - SP CEP 04378-300
O Exército de Salvação (The Salvation Army), fundado em 1865, atua no Brasil desde 1922 em nome de Cristo com unidades de atendimento a crianças em situação de risco, projetos educacionais, programas de capacitação profissional, lares para idosos, entre outros. Foi indicado mais de 20 vezes ao Prêmio Nobel da Paz, e é uma das mais respeitadas instituições de caridade do mundo, atuando em 126 países.


2015: O que está por vir

Mais crianças brincando nas ruas. Mais feiras de troca como exercício de consumo colaborativo. Menos crianças obesas ou com sobrepeso e nenhuma publicidade nas escolas são alguns de nossos desejos para esse ano.
 Temos uma visão esperançosa para a chegada do ano novo acreditando que um ciclo se encerra e outro se inicia marcando um movimento coletivo e ritualístico de transformação. Para isso é preciso um olhar mais sensível e em retrospectiva aos acontecimentos do ano anterior para repensar o que passou, planejar e esperar que algumas coisas mudem e para melhor no ano que chega. E já se pode dizer que 2015 começou fervendo – não somente devido às altíssimas temperaturas marcadas nos termômetros de nosso vasto país, mas também às notícias nacionais e internacionais bombásticas estampadas nas manchetes.
O ano que se inicia é de grandes comemorações: o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e o CDC (Código de Defesa do Consumidor) – dois importantes dispositivos legais na defesa de crianças e consumidores – completam 25 anos de existência marcando avanços legais na proteção de crianças frente aos apelos de mercado. E, além dessas datas para salvar na agenda, teremos, também, eventos, igualmente importantes, como as Conferências de Segurança Alimentar e Nutricional e dos Direitos das Crianças e Adolescente para debater questões sérias e urgentes ligadas à saúde e ao desenvolvimento daqueles que merecem nossa proteção especial. Ou seja, ano novo, fôlego novo!
Nossos desejos são de um ano onde o foco na defesa dos direitos de nossas crianças seja efetivo e compartilhado por todos: Família, Sociedade, Mercado e Estado. Desejamos ver os diversos atores de nosso país envolvidos na transformação para a vivência de uma infância mais plena e livre de apelos comerciais. O ano que passou foi, por um lado, simbólico e vitorioso para a defesa dos direitos das crianças no Brasil devido à conquista histórica do dia 4 de Abril de 2014 – data da publicação da Resolução 163 do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos das Crianças e Adolescentes), que esclarece o que é publicidade abusiva direcionada à criança, dando exemplos àqueles que devem aplicar as normas aos casos concretos. Mas, infelizmente, o que observamos, na prática, ao longo do ano passado foi a continuação antiética e ilegal do direcionamento de publicidade a um público indefeso – pela fase peculiar de desenvolvimento na qual se encontra.
Por isso, desejamos que, em 2015, a Resolução seja efetivada pelo mercado e pelo Estado e que a sociedade civil faça sua parte, denunciando as práticas abusivas, para que um novo paradigma na efetivação dos direitos das crianças seja, de fato, alcançado e devidamente comemorado por todos nós. Os direitos de nossas crianças não podem continuar sendo deixados de lado em razão de interesses exclusivamente econômicos. É preciso protegê-las, assegurando a elas verdadeira liberdade de escolha de produtos e serviços e também acesso a uma produção cultural de qualidade, que respeite valores éticos e sociais das crianças e suas famílias.
Esperamos em 2015 que a educação para um consumo consciente e o tema do consumismo infantil entrem de fato na agenda escolar e nas práticas docentes fazendo valer a importância do tema escolhido para a redação do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) no final de 2014 – que foi a publicidade dirigida às crianças. Desejamos que as escolas sejam, cada vez mais, espaços de formação para cidadania e não para um consumo sem reflexão. Para isso, um de nossos maiores desafios é a diminuição da invasão do espaço escolar por marcas anunciando para nossas crianças, como tem acontecido com frequência, e analisado pela ONU e pelo MEC em 2014.
Mas, nossos desejos vão além e vislumbram o início da reversão das taxas de sobrepeso e obesidade infantil que hoje acometem 30% e 15% da população infantil brasileira, respectivamente – segundo últimos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009). E ainda sobre esse tema não podemos esquecer que, no ano passado, as empresas alimentícias assumiram ser parte do problema e propuseram novas medidas mais restritivas de autorregulamentação, que vamos acompanhar e queremos ver acontecer – paralelamente ao cumprimento das normas jurídicas, claro.
Agora, sem dúvida, tudo isso só será alcançado com a reflexão contínua das famílias sobre o problema grave e urgente do consumismo infantil e em como podem ajudar a reverter esse quadro oferecendo alternativas ao consumo. A promoção de uma cultura familiar baseada em valores mais humanos e menos materialistas é essencial, assim como fomentar junto às crianças mais experiências de consumo colaborativo – como a organização e participação em feiras de troca (onde não só as crianças, mas os pais têm a chance de exercitar o desapego e de entender que trocar e doar pode ser mais divertido que comprar). Outra dica importante é a necessidade de reocupação dos espaços públicos, que têm sido invadidos pelo mercado com atividades “supostamente recreativas”, pelas crianças onde possam exercer sua cidadania, além de experimentar e aprender com as delícias citadinas como o encontro com a diversidade.
Renovamos nossas esperanças fazendo o convite não somente à reflexão, mas à ação. Que tal começarmos o ano pensando nos direitos de nossas crianças? Prioridade absoluta em nosso país, elas precisam ser ouvidas em seus direitos, desde seus primeiros dias de vida, e o principal deles é o de ter uma infância plena. Portanto, mobilizar, sensibilizar e articular diferentes atores para promoção da defesa dos direitos de nossas crianças, frente ao consumismo infantil é urgente. A ação conjunta nas frentes da educação e da regulação precisa ganhar força e por isso a importância de vocês, junto conosco, nesse movimento para levar o tema adiante e fazer pressão nos órgãos competentes para que façam valer os direitos de nossas crianças. Sabemos que um ano na vida delas pode marcar toda sua existência.
A agenda desse ano está recheada e por isso não deixem de acompanhar as notícias em nosso site e redes sociais. Sua participação e colaboração são imprescindíveis para a realização de nosso trabalho. Que venham os desafios e conquistas para a efetivação dos direitos das crianças em nosso país!

Créditos: Criança e Consumo/Instituto Alana